sábado, novembro 22, 2014

Para o presidente da APINE a energia solar é o novo paradigma

Em Brasília, final de ano duas coisas se repetem: a cidade fica mais bonita e mais esvaziada. Foi assim que me recebeu na sexta-feira: toda verde pela chegada da temporada das chuvas e vazia pela calmaria no Congresso.  Na Aneel, um dia cheio de debates e informações nos esperava. Aliás, a Agência está de parabéns por ter organizado um seminário interno sobre sustentabilidade no setor elétrico brasileiro. O que nos coube falar foi sobre a inovação e melhoria na eficiência energética  no setor. Algo como: gerar mais com menos, ou usar com mais inteligência e racionalidade a energia que consumimos.

Segue um resumo com informações e curiosidades desse importante evento, onde o Instituto IDEAL dividiu o espaço e a atenção com nada menos que: MDIC, ABRADEE, MME, CNI, MMA, AES Eletropaulo, MRE, Instituto ACENDE, Instituto Akatu, EPE, APINE, CPFL, MT e PGR.

- China e EUA são responsáveis por 40% do total das emissões de gases de efeito estufa do planeta. O Brasil contribui com 3% do total. Das nossas emissões, o transporte é o setor que lidera, seguido da indústria e geração de energia elétrica. No segmento, consumo de energia - 44% do que consumimos é de fonte renovável. No mundo a média é 14%.

- Até 2050 a população brasileira deve chegar a 230 milhões de pessoas (30 milhões a mais). Cada vez mais urbana e consumidora de energia (carros elétricos, climatização nas casas, novos equipamentos domésticos e eletrônicos).  É um cenário que vai exigir mais oferta de energia. Por outro lado, segundo a EPE, nesse horizonte 20% das residências terão aquecimento de água solar e 3% das residências estarão gerando a sua própria energia com sistemas fotovoltaicos. 

- Segundo Luiz Fernando Leone Vieira, presidente da APINE - Associação das Geradoras de Energia Elétrica, os novos leilões confirmam uma maior presença de energia eólica e solar na matriz brasileira, o que de certa forma sinaliza que estamos seguindo uma tendência global. As renováveis tradicionais (hidráulicas) estão se esgotando e as térmicas estão se inviabilizando pelo alto custo de geração. A energia solar vai ser o novo paradigma. A diminuição da capacidade de armazenamento dos reservatórios é uma realidade, enquanto se aumentou a potência instalada em 134%, o potencial de armazenamento de água só cresceu 30%. Ou seja o volume de água no sistema, proporcionalmente a capacidade instalada - vem caindo! Se antes tínhamos água armazenada suficiente para um ano de geração hoje temos para 4 meses. E o que é pior, segundo estudos realizados pelo  INPE - há uma redução considerável e constante nas vazões dos nossos rios. Em outras palavras, cada vez chega menos água nos reservatórios, vide o caso de São Paulo. 
      

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