E por falar em bons exemplos, por coincidência, Nelson Mandela, se ainda estivesse entre nós, estaria fazendo 100 anos (18/7). Nada mal para quem passou 1/3 da sua vida preso. Preso por lutar pelo fim do apartheid, por direitos e oportunidades iguais aos sul-africanos. Com o passar do tempo, diferentes visões se expressam sobre Mandela, seu passado e seu legado. No entanto, seu exemplo de "líder radicalmente democrático e verdadeiramente multirracial" permanece intacto no imaginário das pessoas.
Mandela tinha o DNA de um estadista e a vontade de ser visto como um homem comum. Ficou 27 anos preso por suas posições político-sociais e seu olhar sempre foi o mesmo, doce sem desejo de vingança aos seus algozes. Segundo Clóvis Rossi, um estudioso de Nelson Mandela, ao comentar o livro recém lançado com suas cartas escritas na prisão, Mandela não foi um homem comum. E só se tornou o estadista que encantou o mundo, o último do século 20, depois de libertado.
Em 1993, Mandela e de Klerk ganham o Nobel da Paz. Mandela conheceu o presidente de Klerk ainda não prisão. Juntos construíram as condições para libertar Mandela e transformar a África do Sul numa democracia multirracial. Algo impensável até então. A África era vista como um continente com guerras tribais e ditadores que se perpetuavam no poder.
Aos 71 anos, Mandela deixa a prisão. Eleito presidente da África do Sul, ao contrário de muitos, que buscam se eternizar no poder, Mandela cumpriu seu mandato e foi para casa. Que belo exemplo.
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