quarta-feira, outubro 17, 2018

Mais um pouco sobre o Chile, onde a democracia vem sendo respeitada


Sempre é bom retornar ao Chile e conhecer melhor as razões das mudanças em curso. Um país aberto que consegue se manter estável, mesmo tendo sérios problemas de fronteira com os seus vizinhos. Segundo a nossa embaixada, o que tem facilitado os avanços comerciais é que somos "amigos sem fronteira". O recente acordo firmado entre os dois países ACE - 35, que isenta tributos de importação entre o Chile e o Brasil, tem ajudado bastante os negócios entre os dois países.


A Petrobras que era o maior investimento brasileiro no Chile, em função de sua nova gestão vendeu todos os seus ativos no Chile. Atualmente, o maior investidor brasileiro no Chile é o Banco Itaú. No momento, o principal projeto de integração regional é a ligação Atlântico /Pacífico. Uma rota alternativa, que corta o  Paraguai. A atual rota, é por Mendoza na Argentina. Além de ser bem mais curta, também é mais segura evitando as seguidas interrupções no inverno em função da neve nos Andes.


O Chile, basicamente, se sustenta pelas exportações de cobre, frutas e pescados. Na América Latina é líder nesses três itens. Por uma decisão política, deixou de produzir o que não tinha competência e abriu seu mercado a quase tudo. Esporta o que pode e importa o que precisa. Como a balança comercial é superavitária e a população pequena, 18 milhões de pessoas, o PIB per capita é o segundo maior entre os países latinos. Só perde para o Panamá. 


O Brasil é o terceiro país que mais exporta para o Chile, principalmente petróleo e carros. O comércio no último ano cresceu 20%. Na América Latina, o Chile é o nosso segundo maior parceiro. Só fica atrás da Argentina. 


PS - Amanhã comento mais sobre o Chile, um país que respeita a democracia.  


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