Amazônia ameaçada
O último estudo do Ministério do Meio Ambiente sobre o desmatamento na Amazônia fala por si. Em 2018, uma área equivalente a 20 Ilhas de Santa Catarina foi desmatada. A Amazônia perdeu mais 7000 km² de floresta. Quem é de Florianópolis consegue perceber a devastação que fizeram. A ilha tem mais ou menos 40 km de extensão por 10 km de largura.
Como se fosse uma provocação à Deus, foi em pleno período eleitoral que as moto serras mais roncaram. De agosto a outubro o desmatamento cresceu 48,8%, em relação ao mesmo período do ano passado; o maior aumento do desmate ilegal ocorreu na divisa entre o Acre e o Amazonas.
Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do governo federal. Segundo o Inpe a região mais afetada está na área de influência da BR - 364, e a motivação por essa barbárie ambiental é a pecuária. As informações são oficiais e a denúncia não veio de nenhuma ONG.
Segundo Fabiano Maisonnave, FSP 11/11, em época de eleição o desmatamento aumenta na Amazônia. São políticos prometendo legalização de terras griladas ou flexibilização na fiscalização. Como neste ano, a promessa veio também da campanha do presidente eleito, o processo de derrubada da mata tomou outro ritmo.
Alguns setores que defendem o meio ambiente já mostram preocupação com a "Amazônia ameaçada". A hora de reagir é agora, não depois das árvores derrubadas e do gado pastando. Um grupo de 106 renomados economistas já debateram e expressaram suas preocupações com a preservação do meio ambiente; num documento recentemente encaminhado ao novo presidente.
O documento com 88 páginas, cita como um dos principais pontos de divergência justamente às propostas do novo presidente em relação as questões ambientais e sociais. Para o grupo que assina a carta: " A questão da sustentabilidade tem sido pouco discutida. Ajuste fiscal é urgente, mas também vemos a importância de políticas sociais e de sustentabilidade, que talvez um economista mais liberal possa não ver".
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