domingo, fevereiro 17, 2019

Bolsonaro, Bebianno e Brasilia: um novo BBB

A vontade louca que se abateu no novo governo de se aproximar dos EUA, principalmente através de seguidas manifestações do atual Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, nos leva pensar sobre o que temos em comum. De pronto descartamos futebol e samba. A língua, os costumes e a cultura também. O gosto por armas, guerras e conflitos, nunca nos aproximou. É bem verdade que agora temos por aqui uma certa simpatia por armas. Sem falar de  um certo interesse em se envolver com a crise da Venezuela. Duas bobagens que não se sustentam.


No entanto, nesse país sem rumo, o mais grave e o que mais preocupa é a crescente exposição pública da relação do presidente com seus assessores mais próximos. Algo muito parecido com a postura de Donald Trump, a quem  Bolsonaro gosta de se referenciar. Gosto não se discute, só que a realidade aqui é outra. Enquanto no Congresso Nacional proliferam partidos políticos (mais de 30) e se aprovam emendas constitucionais (PEC) conforme o interesse de alguma bancada (da bala, da lama, do campo...); lá  nos EUA democratas e republicanos  se revezam na luta pelo poder desde 1787, sobre regras estabelecidas na sua primeira e única Constituição.


Diante das condições políticas que temos para governar, todo o cuidado é pouco. O presidente deveria saber que qualquer declaração imprópria  provoca uma crise institucional de graves consequências. O recente episódio envolvendo Bolsonaro, seu filho Carlos e o Secretário-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno - é prova disso.


PS - No final de semana, Brasília está virada num BBB. Quem pode saber o que vai acontecer na segunda-feira é a Globo...  

  

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