segunda-feira, dezembro 09, 2019

Energia solar: as ameaças continuam

A semana que ora inicia deveria ser dedicada a uma análise sobre o que ocorreu em Madri, no encontro do clima. Inicialmente previsto para ocorrer no Brasil, depois no Chile e por fim na Espanha. Só essas mudanças de última hora, já depõem contra o encontro. Enfim, trato disso mais tarde. A matéria de domingo na FSP, por tratar de mais uma ameaça a energia solar no Brasil, ganhou prioridade.(*)

Não satisfeitos em trazer insegurança aos que investiram nos seus telhados a tecnologia que permite gerar a própria energia que consomem, a matéria da Folha trás uma nova preocupação: o alvo agora são as fazendas solares. Que tanto podem ser formadas por consórcios, como por cooperativas. Os investimentos fazem parte do que passou a ser chamado de geração distribuída remota. A diferença é que os painéis fotovoltaicos são instalados num terreno distante do consumo.

Como se pode ver, é um outro modelo. Deixa de ser individual e passa a ser coletivo. Independente do que o futuro vai sinalizar, o que se defende é o acolhimento da energia do sol como uma fonte fundamental para a nossa matriz energética. É disso que não podemos abrir mão.

A incerteza e o atraso combinados, formam o pior dos mundos. O futuro do setor elétrico tem que ser discutido sem se prender a interesses, com um olhar aberto e responsável. Não é o que estamos vivenciando agora. A polarização se estabeleceu e o bombardeio só cresce. A Aneel, ao meu ver, não soube conduzir o processo. Por direito cabe a ela encontrar o melhor caminho.

(*) A matéria é de Arthur Cagliari, Fernanda Brigatti e Alexa Salomão 

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