Que Moro tá de olho no lugar do "chefe", já se sabe. Os dois também sabem o que fizeram para chegar onde chegaram. Só que agora a conversa é outra. "Bobageiras" podem deixar de ser bobagens e se tornarem fatais às pretensões de um e do outro.(*)
Por enquanto, com o apoio da mídia, conseguem encobrir o constrangimento da relação; só que o tempo corre contra eles. Em 2020, o foco são as eleições municipais. Uma nova situação que irá levantar pendências obscuras que assombram a dupla em questão. Os dois, a partir de agora estão na vitrine. Seus inimigos também estão interessados nas eleições de 2022. Na política é assim, mal acaba uma eleição já começa a outra. (**)
Tacla Duran, o advogado envolvido até o pescoço com a Lava Jato, ainda se encontra fugido na Espanha. Sabe muito sobre Moro e manda sinais que quer fazer uma delação. Já do lado de Bolsonaro, a lista é grande: as milícias, seus filhos, intrigas palacianas, os laranjais do PSL, o Queiroz e tantos outros. Se abrirem os armários, os fantasmas vão sair. (***)
(*) Nas redes sociais a expressão "bobageira", usada pelo Moro no programa Roda Viva dessa segunda-feira, bombou. "Bobageira" à parte, Moro se apresentou como uma ameaça real as pretensões políticas de quem o promoveu.
(**) Moro e Bosonaro não estarão sozinhos, em 2022. Uma eleição difícil, que irá para o segundo turno. As pesquisas mostram que o contingente de eleitores contra o atual governo, é crescente. Isto significa dizer, que a oposição estará presente no segundo turno.
(***) Em 2018, o bombardeio que sofreu o PT foi decisivo para a eleição de Bolsonaro. O quadro agora é outro. Tem muita gente arrependida e muita cobrança à ser feita. Até 2022, muita água vai rolar.
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