tag:blogger.com,1999:blog-18775868014150545982024-03-15T22:10:13.308-03:00DE OLHO NO FUTUROBlog do Mauro PassosMauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.comBlogger2949125tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-57152209581894597202024-03-13T18:08:00.006-03:002024-03-13T18:13:22.009-03:00Santa Catarina, as mudanças climáticas e seus efeitos <p> </p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk6_qlwvvObw6Pzo6dyOa1n_1xLS3aPgqfX20LukmuUBo350Raebs7zUmZpldJ5sfelefdIOK4mgOJkGipD_gQOR7aPhkqC37kBK-Utb2lLm3XrrlzvLU_QBUULX1Uq7L0yHDmN5HrP3UMGpMLsoezRf8uFvw9NR4WUMfpyHzPUhIdAfR_gy8NMYHeurg/s1599/IMG-20240313-WA0000.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="965" data-original-width="1599" height="386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk6_qlwvvObw6Pzo6dyOa1n_1xLS3aPgqfX20LukmuUBo350Raebs7zUmZpldJ5sfelefdIOK4mgOJkGipD_gQOR7aPhkqC37kBK-Utb2lLm3XrrlzvLU_QBUULX1Uq7L0yHDmN5HrP3UMGpMLsoezRf8uFvw9NR4WUMfpyHzPUhIdAfR_gy8NMYHeurg/w640-h386/IMG-20240313-WA0000.jpg" width="640" /></a></div> J<b>urerê, praia alargada. O aviso é da prefeitura. Só que o mar vem buscar o que é dele </b><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O recente estudo sobre a redução do desmatamento na Mata Atlântica, nos envergonha: Santa Catarina é o estado da Região Sul que menos reduziu seus índices de desmatamento. Na área urbana, uma cidade da importância de Rio do Sul passou por cinco grandes inundações num único ano. Um verdadeiro descaso com as pessoas que convivem com essa tragédia anunciada. No litoral as medidas para combater o aquecimento do mar, não passam de paliativos. A moda agora é engordar as praias (foto acima). Para completar o combo que alimenta os impactos das mudanças climáticas em Santa Catarina, as usinas térmicas a carvão em Capivari de Baixo ganharam uma sobrevida até 2040. (*) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Independentemente de quem votou em quem, a desatenção em curso com as mudanças climáticas, nos apequena como sociedade. Como toda agenda de governo focada em atender demanda de alguns setores, sem ouvir o todo, a de Santa Catarina não é nada transparente. De tal forma que acaba comprometendo ainda mais a imagem de um estado que procura se apresentar como diferenciado. Se enganam, pois são políticas públicas qualificadas e debatidas que podem dar suporte a pujança de um estado. Vide o caso de Rio do Sul, c</span><span style="font-size: medium;">omo promover um evento para falar de novos investimentos, empregos verdes, crescimento sustentável, tecnologia de ponta - se a cidade continua refém das chuvas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A boa reflexão, precisa estar sempre presente, não tem hora nem lugar. Ela nos faz pensar e nos permite absorver conhecimento e discernimento. No passado em plena ditadura, tinha uma música do Raul Seixas, Maluco Beleza, que falava em lucidez. Na época, uma ousadia, um jovem se manter lúcido para poder entender o mundo hostil e bruto que o cercava. Seis décadas se passaram, a brutalidade continua presente e a lucidez diuturnamente atacada pelas redes sociais. Não tem futuro sem que a sociedade se alimente da lucidez.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O agravamento das mudanças climáticas mesmo sendo parte da responsabilidade de nós mesmos, as causas e os efeitos se confundem com fenômenos naturais. O enfrentamento também é de nossa responsabilidade. Sem essa reflexão e o convencimento advindo dela, Rio do Sul continuará sujeita a novas enchentes, os mangues não serão preservados e as matas continuarão sendo derrubadas. Essa constatação, que deveria nos incomodar profundamente, são poucos os que se preocupam. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Depois de 17 anos de um trabalho voluntário à frente do Instituto IDEAL, promovendo a energia solar o que era para ser feito, está feito. A energia solar é a fonte de energia que mais cresce no Brasil e no mundo. A caminhada começou em 2007 dando uma palestra para as crianças na Escola Sarapiqua, em Florianópolis. Sempre tivemos nas nossas ações a compreensão que era através dos jovens que devíamos começar. Deu certo, depois vieram: as escolas, universidades, federação das industrias, centros de pesquisa, palestras nos bancos de fomento, nas Embaixadas do Brasil em quase todos os países latinos, nos EUA e em boa parte dos países europeus.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com muito esforço conseguimos levar o Concurso ECO- Lógicas, de pesquisa e desenvolvimento nessa área, para o mundo acadêmico, premiando trabalhos desenvolvidos em mais de uma dezena de países da América Latina, que sempre foi nosso principal foco. No próximo dia 22 de março, está convocada a Assembleia Extraordinária, onde vamos propor aos sócios fundadores do Instituto IDEAL, o fim de um ciclo exitoso que passa agora pelo fechamento das nossas atividades. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Novos desafios como as mudanças climáticas estão batendo na porta. A humanidade vem sentindo com preocupação seus efeitos cada vez mais devastadores. O problema já devidamente identificado, é global. Só que as soluções locais não acontecem. A situação de Rio do Sul, já citada, é vexatória. Santa Catarina precisa agir localmente e rapidamente. Na última semana araucárias foram envenenadas em Chapecó, milhares de outras foram afogadas pelos reservatórios das barragens. A devastação ambiental entorno do anel viário na região metropolitana de Florianópolis, é gigante. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nosso próximo compromisso vai ser um olhar para a proteção ambiental e construir parcerias que agilizem o processo, agregando conhecimento e reconhecida expertise. Não se tem mais o tempo como se teve para introduzir a energia solar na nossa matriz energética. As bruxas estão soltas, os mangues estão ameaçados e podem ser aterrados, as araucárias correm o risco de continuarem sendo envenenadas, os fortes ventos e chuvas intensas podem estar se formando.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com intuito de ganhar tempo estamos em tratativas com a Carbon ZERO, de Carlos Alberto Tavares Ferreira, de São José dos Pinhais, para uma parceria. Já estivemos </span><span style="font-size: medium;">na Comissão de Meio Ambiente e Turismo da ALESC, a convite do presidente da Comissão, o deputado @marquito.sc, para apresentar a capacitação técnica da Carbon ZERO e em que projetos poderíamos contribuir para que políticas públicas avancem na proteção ambiental. Santa Catarina tem aproximadamente 150 mil pequenas propriedades rurais, onde a família poderia agregar renda por proteger a mata que está dentro da sua propriedade. </span></p><p style="text-align: justify;"><b><span>(*) </span><span>Segundo o jornalista Marcelo Leite, um escândalo que ganhou uma página inteira na FSP, de 5/6/2022. Por trás de tudo, o</span></b><b><span> lobby da Associação Brasileira do Carvão Mineral. </span><span> </span><span style="font-size: large;"> </span></b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b><i>PS - Ressaltando: se alguém injeta veneno numa araucária, como ocorreu em Chapecó, para ganhar dinheiro com a madeira das árvores que matou, porque não receber através de crédito de carbono uma determinada renda para proteger os ativos ambientais que tem na sua propriedade. Isso só vai ocorrer através da conscientização do agricultor lá na ponta e de políticas públicas bem debatidas na ALESC. A sociedade agradece. </i></b> </span></p><p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-81560774514276781562024-03-06T19:55:00.000-03:002024-03-06T19:55:45.558-03:00Mudanças climáticas, se há um consenso é que o mar está subindo<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os sinais da natureza estão dados, tanto no hemisfério Norte, como no Sul. Com altas temperaturas e grandes incêndios, frio intenso e fortes chuvas, geleiras derretendo e o nível do mar subindo, as mudanças climáticas e suas consequências estão entre nós. As informações que nos chegam, não encontram respostas com a mesma velocidade e racionalidade. Não se trata só de uma ação tardia às ameaças locais, mas ficamos reféns de desastres ambientais crescentes em intensidade e bem mais frequentes no tempo. (*)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para quem mora numa ilha cercada de praias, mangues, lagoas e dunas, a proteção ambiental das belezas naturais que encontramos em Florianópolis, deveria ser uma obsessão - compromisso de cada cidadão. Ao contrário do que alguns insistem em rotular novas visões de cidade, proteger não significa congelar o desenvolvimento. Os melhores indicadores de urbanismo, mobilidade, meio ambiente e qualidade de vida, se encontram justamente em cidades que se diferenciam da mesmice. (**)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando as gestões se perpetuam através de compromissos obscuros, a primeira coisa que acontece é o fim do diálogo. O poder público passa a se aproximar e dialogar com os interesses do capital privado. A transparência tão desejada pelos munícipes desaparece, e o silêncio vira regra. Os mal feitos são acobertados pela maioria dos vereadores e a cidade deixa de ser a cidade que se quer. Talvez por ter sido duas vezes vereador na capital, a constatação que ora relato - me incomoda profundamente.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quem acompanha o blog de Olho no Futuro, sites de notícias e redes socais, sabe das preocupações que expresso nas publicações. Recentemente a Ilha que todos conhecem e se encantam, está passando por um processo de engordamento das suas praias. Como se trata de um projeto que interfere diretamente no movimento do mar, que como sobe desce, pelo alto custo e pelas modificações que está causando, a iniciativa deveria ser melhor debatida com a sociedade. Os prefeitos podem se achar, mas não são donos das cidades. Muitos quando deixam o cargo, o legado que fica é uma cidade desfigurada.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Já estamos na terceira praia que passa por esse processo de alargamento, sem que se tenha informações detalhadas e oficiais sobre o que está acontecendo. Como um ex-vereador interessado no tema e comprometido com a cidade e seu futuro, todo o sábado passo em Jurerê Internacional para acompanhar a obra (foto abaixo). No último dia 2, uma novidade no cenário, um largo e profundo canal cortando parte da praia já aterrada. Não se sabe se foi água da chuva represada, se é água não tratada despejada de forma criminosa, ou até mesmo uma necessidade da obra. Ao fundo aparece a draga botando areia. O que se busca é informação, que aliás é obrigação de qualquer gestor público. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjhg13Zt1wn1GZZPjGsjKCAQCuK1M3Pr9l8NqD3lTEiPaDpsoNx4nlQ7XNxbv7IXnEMsu70_WetYM-xKV95EQyX6xc1BkVmmFU63cFIDL835137m4Dmq9PjIX0e21ZzQhJ2St3_W2Cu2EObo6q5SOxPEIspJX9v5C5dvCUdzR111GFn3qoNPVbDPBYb7k/s1600/IMG-20240304-WA0046.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1435" data-original-width="1600" height="574" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjhg13Zt1wn1GZZPjGsjKCAQCuK1M3Pr9l8NqD3lTEiPaDpsoNx4nlQ7XNxbv7IXnEMsu70_WetYM-xKV95EQyX6xc1BkVmmFU63cFIDL835137m4Dmq9PjIX0e21ZzQhJ2St3_W2Cu2EObo6q5SOxPEIspJX9v5C5dvCUdzR111GFn3qoNPVbDPBYb7k/w640-h574/IMG-20240304-WA0046.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A um quilômetro dali uma situação inversa chama a atenção de qualquer um. Em Canajurê, onde ficam as marinas, a praia foi totalmente modificada. A movimentação do mar está retirando o aterro que fizeram para alargar a praia de Canasvieiras e botando a areia em Canajurê. Como consequência a praia ficou larga e perdeu profundidade. Só pra exemplificar o estrago as lanchas estão impedidas de atracarem no velho trapiche que está ali a mais de trinta anos. Pelo silêncio que reina entorno do assunto, algo a encobrir deve ter. (foto abaixo) </span> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4_bA2cw_MaCBVNFfEcJq9c249o5KqXHN0fdlBf9ewWw4whlCMG8SAbIUavOfhCQcHokoUVi63sI7dnFlDlecrt-iibFWlJgzZB7dmQC8zv9SdQNpCt44Z-LsMJ3EJiW-N3sxBRHnmCvmEV4cZID8DKlMoPYgZURUXo9f3_FyT5LJTKGqwt8xIKHPa4k4/s1566/IMG-20240304-WA0047.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="842" data-original-width="1566" height="344" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4_bA2cw_MaCBVNFfEcJq9c249o5KqXHN0fdlBf9ewWw4whlCMG8SAbIUavOfhCQcHokoUVi63sI7dnFlDlecrt-iibFWlJgzZB7dmQC8zv9SdQNpCt44Z-LsMJ3EJiW-N3sxBRHnmCvmEV4cZID8DKlMoPYgZURUXo9f3_FyT5LJTKGqwt8xIKHPa4k4/w640-h344/IMG-20240304-WA0047.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p><b>(*) Rio do Sul, cidade polo de uma importante região, passou por cinco enchentes em um ano.</b></p><p><b>(*) As capitais do Texas e do Wisconsin, Austin e Madison, se encontram na lista das melhores cidades para se viver nos EUA. Entre os principais motivos: suas universidades, ambas entre as 100 melhores do mundo, a integração vida acadêmica/comunidade, novos negócios/empregos e urbanismo focado na qualidade de vida das pessoas. Conheço bem as duas.</b> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-61228960311387001342024-02-29T08:35:00.000-03:002024-02-29T08:35:29.244-03:00Rio (10/4/1984) X Av. Paulista (25/2/2024), que retrocesso ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYgoS-JiDBdjfWcOIRaPaYYkoe-OSK7fFQhrf14KAG4TbqoiXycUJEje54o_RTdTBRj_kZ7XbVXl9AO9lyuflCCIBgEi41nOV6T1RjPj6zsobds2S3aXcMVBFr8Sw-NsE9RiZ_UeOveZ1UcX-cmXFA_bs7NYdIyBO1TXOBMQ2l6xFIdN0SYXxJp4Q4Rdw/s1174/IMG-20240226-WA0041.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="591" data-original-width="1174" height="322" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYgoS-JiDBdjfWcOIRaPaYYkoe-OSK7fFQhrf14KAG4TbqoiXycUJEje54o_RTdTBRj_kZ7XbVXl9AO9lyuflCCIBgEi41nOV6T1RjPj6zsobds2S3aXcMVBFr8Sw-NsE9RiZ_UeOveZ1UcX-cmXFA_bs7NYdIyBO1TXOBMQ2l6xFIdN0SYXxJp4Q4Rdw/w640-h322/IMG-20240226-WA0041.jpg" width="640" /></a></div><b> Leonel Brizola e Tancredo Neves discursam pelas DIRETAS no centro do Rio (10/4/1984 )</b><div><b> Vidal da Trindade - Acervo CPDoc FGV</b><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quis o destino que em 1984 fosse com a família estudar no Rio de Janeiro. Em função do que fazia na Eletrosul, fui fazer os créditos do mestrado em planejamento energético na COPPE/UFRJ. Por uma feliz coincidência um ano de muita agitação política. A sociedade estava tomada por um sentimento de liberdade, motivada pela campanha das DIRETAS JÁ. De janeiro a abril daquele ano, o povo estava nas ruas. Grandes nomes da política arrastavam multidões. Segundo informações coletadas, mais de 5 milhões de brasileiros participaram das manifestações. O Rio era o grande palco. (*)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No dia 10 de abril a cidade parou. No final da tarde mais de um milhão de pessoas concentraram na Avenida Presidente Vargas. Queriam ouvir os seus líderes, queriam exercer a cidadania. Naquela época não havia nada que facilitasse a chegada dessa multidão: não tinha caravana de ônibus, lanche para o povo, voucher deslocamento e outros atrativos. Quem estava ali, queria ter o direito de votar para presidente da República. No ar daquele fim de tarde e chegada da noite, se respirava liberdade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O tempo passa, mas as imagens daquele dia 10 não me saem da lembrança. Às vezes me pergunto, como se formou aquela multidão. Quem eram aquelas pessoas, de onde vieram, como ocuparam a Presidente Vargas de ponta a ponta. Não havia celular, o primeiro foi lançado em 1990. Internet, nem pensar. Redes sociais, Whats App, robôs propagadores de notícias falsas, pra época tudo pura ficção. (**)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na Avenida Paulista, domingo, 25, acompanhando os novos tempos da política do maniqueísmo, as manifestações foram em prol da anistia dos condenados que agiram contra a democracia e os Poderes da República. Que tristeza, como regredimos. Os pronunciamentos vazios, sem qualquer conteúdo político ou preocupação com o futuro do país, não passavam de palavras de ordem para animar uma massa convocada para dar uma sobrevida a um mito desgastado e assustado.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com todo o esforço que fizeram, apenas quatro governadores estiveram presentes. Três de olho no lugar do capitão, por ordem alfabética: Caiado, Tarcísio e Zema. Os outros que tiveram acesso a palavra, ou rezaram ou insultaram seus desafetos. Para os que estavam lá, a culpa é do "Xandão" e não adianta explicar. Ninguém quer saber que as provas dos crimes cometidos saíram da boca do fiel escudeiro do capitão Jair, o coronel Cid. Gente amarga incapaz de se dobrar aos fatos, que não se importa de conviver com a mentira. (***)</span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: medium;">(</span>*) </b><b>Na COPPE conheci e fui aluno do professor Luiz Pinguelli Rosa (1942/2022). Físico, professor e pesquisador da UFRJ. Membro da Academia Brasileira de Ciências e ex-presidente da Eletrobrás. De aluno viramos amigos, sempre nos apoiou no Instituto IDEAL. </b><b> </b></p><p style="text-align: justify;"><b>(**) No meio da tarde do dia 10 de abril sai do Fundão mais cedo. A viagem levava uma hora até o centro e o coração batia forte. Quando desci na Candelária a multidão já estava aquecida. A capa do jornal O Globo do dia seguinte era "A cidade faz por Diretas seu maior comício".</b></p><p style="text-align: justify;"><b>(***) Durante a semana algumas polêmicas foram levantadas sobre o número de participantes no ato da Paulista. Não importa o número, o objetivo do encontro foi atingido: ter imagens para mostrar lá fora uma força que o capitão não tem mais. </b></p><p style="text-align: justify;"><b>PS - Em relação ao ato do dia 25 na Paulista, a Universidade de São Paulo, a USP como é conhecida, fez uma pesquisa sobre o perfil das pessoas que estavam na manifestação. Os presentes são da ultra direita, sem vida política/partidária, são brancos, classe média alta, não valorizam a democracia, flertam com a ditadura e não mudam de opinião. Felizmente, segundo a pesquisa, representam uma pequena parcela da sociedade. </b></p><p> </p></div>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-12535034671657004402024-02-23T09:41:00.001-03:002024-02-23T10:03:40.945-03:00Eles sabem o que fizeram - parte III<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG2nOF8RfKz1P7XaUVhoMnVS5pYYM_HIelx1Lr9ZJ9Bogt-ff8H0ySVDSToZOlHPCajLHTLV6eSJghDqVMTqe1bMOV6-lfXw8CjtSEryPake6NkS0201EJiolGaVf1oLfUxnJ7scHWQqwMXFms1PmZQB3Riy9pUbPBaUMY-obY0Ni9VwKogb9bGqounfg/s1600/IMG-20240222-WA0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1400" data-original-width="1600" height="560" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiG2nOF8RfKz1P7XaUVhoMnVS5pYYM_HIelx1Lr9ZJ9Bogt-ff8H0ySVDSToZOlHPCajLHTLV6eSJghDqVMTqe1bMOV6-lfXw8CjtSEryPake6NkS0201EJiolGaVf1oLfUxnJ7scHWQqwMXFms1PmZQB3Riy9pUbPBaUMY-obY0Ni9VwKogb9bGqounfg/w640-h560/IMG-20240222-WA0002.jpg" width="640" /></a></div> <b> Foto: agência Senado </b><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O então ajudante de ordem do capitão Jair, não aguentou a pressão. Ao abrir a boca o coronel Cid deixou o capitão sem ação. Com as informações nas mãos, o cerco se fechou. A Polícia Federal convocou para depor, dia 22/2, o ex-presidente e sua tropa de choque. Pela responsabilidade e repercussão internacional do caso, dificilmente a PF deixou algum fio solto. A sociedade está atenta e aliviada pelo fracasso do golpe. O Brasil respira e quer democracia, agora é fechar a porta do atraso e seguir em frente. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A volta da normalidade pode ser observada na tarde de ontem em Brasília. No mesmo dia que o capitão e seus generais, optaram por ficar em silêncio no inquérito da Policia Federal, sobre o golpe de 8 de janeiro, Flavio Dino que teve um importante papel protegendo a democracia, tomava posse como ministro do Supremo Tribunal Federal.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O fato de que nada do ocorrido balançou o país, é muito positivo. O Brasil tem encarado seus desafios, que não são poucos, com uma grata maturidade que só vem com o tempo. Se o silêncio dos depoentes foi uma estratégia de seus advogados, a leitura a ser feita é que nada tinham a acrescentar nas suas defesas. Em outras palavras, o que está gravado são provas irrefutáveis da gravíssima opção que fizeram: tramaram à luz do dia dentro do Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, contra a própria Democracia. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando o coronel Cid foi preso, já estava traçado o destino do capitão e sua turma. Cid sabia demais, só que a sua aparente fidelidade não aguentou dois meses de prisão. Ao abrir a boca expôs todo o grupo. Ainda sem ter sido julgado, Cid já está pagando a sua pena no isolamento de dias intermináveis e no vazio de suas noites de insônia. O coronel provavelmente se inclui na lista daqueles que o general Braga Neto vem chamando de cagões, são seus pares de farda que gostavam do lugar que ocupavam e das benesses que recebiam. Segundo Braga Neto, quando precisou do apoio deles roeram a corda. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A surpresa do dia 22 ficou por conta de Valdemar da Costa Neto e Anderson Torres, que deixaram os fardados isolados. Ambos resolveram responder as perguntas da PF sinalizando a disposição de colaborar com o inquérito. Provavelmente orientados por seus advogados, o que se espera são novas versões sobre a gravidade do que os golpistas tramavam no Palácio. Eles sabem o que fizeram. </span> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-67940122288297101932024-02-19T11:00:00.044-03:002024-02-19T21:34:59.838-03:00Alargar as praias é uma solução, ou um problema a mais...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgowF24LBCqfb1RU4UNXwcHF0wpn7P682ed81TsQjRg5rEReacjFeBLLExaPM36Zo8s5LXeujeqz-TY_SbKS63pWBz5njHbsbGQ14Xqd2o43ohARcibJhOg0-NmYEdbqnOXRHSSLEuKCgsBPEYow0Q1bVaIC1b1QuW8AbmrY1kHMyZRyZSgRorTNzdYKBk/s1600/IMG-20240218-WA0016.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="912" data-original-width="1600" height="365" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgowF24LBCqfb1RU4UNXwcHF0wpn7P682ed81TsQjRg5rEReacjFeBLLExaPM36Zo8s5LXeujeqz-TY_SbKS63pWBz5njHbsbGQ14Xqd2o43ohARcibJhOg0-NmYEdbqnOXRHSSLEuKCgsBPEYow0Q1bVaIC1b1QuW8AbmrY1kHMyZRyZSgRorTNzdYKBk/w640-h365/IMG-20240218-WA0016.jpg" width="640" /></a></div><b> Praia da Daniela, um domingo de sol, verão de 2024</b><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A foto acima, da praia da Daniela, em Santa Catarina, ajuda a compreender muitas coisas. À esquerda se vê um degrau onde estão os guarda sóis e as pessoas sentadas. Exatamente no degrau foi onde a maré chegou. Quando o mar recuou deixou uma faixa de areia de 30 metros, pronta para as pessoas andarem livremente. A mão do homem só interferiu nesse cenário na hora de fincar o guarda sol. Portanto, qualquer movimentação no sentido de alargar a Daniela vai ser prontamente rechaçada. Ainda bem, se evita que o dinheiro público seja levado embora pela movimentação do mar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em linha reta a poucos quilômetros dali a tradicional praia de Canasvieiras, a primeira a ser alargada, passa por um processo natural de arreste de areia. A praia vizinha dela, Canajurê engordou sem pedir. A revista Natureza e Meio Ambiente/Brasil, da DW, publicou um artigo do jornalista Maurício Frighetto, de 15/11/2023, e posteriormente atualizado em 09/02/2024, sobre "Os prós e contras de alargar as praias de Santa Catarina. Segundo a matéria nos próximos anos os investimentos previstos com o alargamento das praias ultrapassa 200 milhões de reais. (*) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O caso mais debatido no momento é o de Jurerê Internacional, que começou o processo de bombear areia para a praia, justamente no Carnaval. A dessintonia da obra com a realidade turística da cidade, logo chamou a atenção. Até agora ninguém entendeu. Como tem muito interesse por trás do que está acontecendo lá, o que se consegue são informações fragmentadas. Numa entrevista à TV local o responsável da Prefeitura pela obra sinalizou que o tempo de vida útil do aterro de Jurerê é de 10 anos. Um tempo muito curto para uma obra tão cara. (**)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Outro caso que causou grande polêmica na Ilha, foi resgatado pelo jornalista Maurício Friguetto. Em 2010, na Praia da Armação, no sul da Ilha, cerca de 15 residências foram demolidas pela força da ressaca. O prefeito da época, Dario Berger, pressionado pela comunidade, encheu a praia de pedras. O mar já levou a areia vária vezes e as pedras continuam, os banhistas que se danem. (***) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Já em Camboriú, pela dimensão do alargamento, Frighetto detalha melhor o ocorrido. A obra foi finalizada em dezembro de 2021, com custo de R$ 90 milhões. A faixa de areia cresceu cerca de 50 metros. Em junho de 2023, durante uma ressaca - o mar tomou novamente parte da areia em um trecho da praia. Como a especulação imobiliária transformou Camboriú no metro quadrado mais caro do Brasil ninguém gosta de associar os espigões na beira da praia, alguns com 70 andares, com a sombra que se fazia presente no meio de tarde tirando um dos motivos que fazem as pessoas curtirem a praia - o sol.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Já pensando no planeta os estudos reforçam a tendência no mundo e no Brasil que o espaço de praias, dunas e areias vem encolhendo. Portanto, as iniciativas locais citadas no artigo se apresentam fora dessa realidade. Cada vez mais as cenas desagradáveis e assustadoras do mar avançando nos preocupa. Não se controla a fúria do mar com sacos de contenção e paliçadas, lembra Frighetto. Só vejo a verdade como possibilidade de proteção. O gestor público deve alimentar o bom debate para que medidas paliativas e visivelmente voltadas para a lógica do desenvolvimento desordenado e sem limites se estabeleçam, criando o caos urbano como projeto de futuro para Floripa. (****) </span></p><p style="text-align: justify;"><b>(*) No seu artigo Maurício Frighetto reforça os problemas de calado que estão prejudicando o embarque e desembarque das lanchas, nas marinas de Canajurê, e que a Prefeitura de Florianópolis até o momento não respondeu se planeja alguma ação no local.</b></p><p style="text-align: justify;"><b>(**) O que se vê em Jurerê é uma obra de envergadura, sem planejamento. A notícia que o tempo de vida útil é 10 anos, foi uma surpresa. O que vai ser feito depois, só pode ser uma obra bem maior. O crescimento populacional em áreas com forte especulação imobiliária, é exponencial. A praia de Jurerê foi sempre a mesma, em extensão e faixa de areia. O que acontece agora é que todo o mundo foi pra lá.</b></p><p style="text-align: justify;"><b>(***) As casas que foram levadas pela ressaca de 2010, estavam onde não deviam estar. A Prefeitura não fiscaliza e depois ainda paga pelo estrago que o mar fez. No caso em questão, as pedras jogadas na Armação pelo poder público, visivelmente prejudicaram a comunidade. Ninguém fala nada </b></p><p style="text-align: justify;"><b>(****) Florianópolis, é uma cidade com muitas belezas naturais que precisam ser preservadas. Quem a defende, logo é desqualificado. Romper a bolha é um desafio diário. Para quem gosta de escrever, o blog de Olho no Futuro com milhares de comentários é um diário aberto que chega nas redes sociais e sites especializados nos temas energia renovável, urbanismo, mudanças climáticas e meio ambiente. </b></p><p style="text-align: justify;"><b>PS - Nasci em Rio Grande e me criei na Praia do Cassino, a mais extensa e larga do país. Nunca vai precisar ser engordada. Quando estudante de engenharia, no final dos anos 60, participei do primeiro estudo científico do país, conduzido pela UFMG, que utilizou radioisótopos para acompanhar o movimento dos sedimentos do material dragado no Porto de Rio Grande De certa forma esse passado distante ajuda a entender o que se passa no mar, inibindo os que não sabem nada - mas gostam de desqualificar os que pensam diferente. </b></p><p><b> </b></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-68962510280084701592024-02-14T08:56:00.019-03:002024-02-14T09:31:11.711-03:00Eles sabiam o estavam fazendo (parte II) <p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbwcHqO19sRXBEvBPwviYQCb9YgNTZTm1DzhQL_S7aDYagedkn4z9NN_QgCaAD7s8yldqTxtqmBGoe5ICxKV7Vhqm6CaiPrIu2CbP91iMrD3V3tWhutRV_KbYCLN32n7nkxQBBqHXdEJfGJvkTqZkZUVE6YBdEzbrHOeKlIqqUTLoe9aS4wAXsoDANHTg/s1201/IMG-20240211-WA0001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1201" data-original-width="1010" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbwcHqO19sRXBEvBPwviYQCb9YgNTZTm1DzhQL_S7aDYagedkn4z9NN_QgCaAD7s8yldqTxtqmBGoe5ICxKV7Vhqm6CaiPrIu2CbP91iMrD3V3tWhutRV_KbYCLN32n7nkxQBBqHXdEJfGJvkTqZkZUVE6YBdEzbrHOeKlIqqUTLoe9aS4wAXsoDANHTg/w538-h640/IMG-20240211-WA0001.jpg" width="538" /></a></div><br /><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: left;">Diante da repercussão que teve o artigo anterior, "Eles sabiam o que estavam fazendo", volto ao tema. A motivação foi o vídeo de julho de 2022, onde os trapalhões de plantão entregam de bandeja suas inconfessáveis intenções. A foto acima, da Revista Fórum, ilustra com precisão</span><span style="text-align: left;"> o golpe fracassado. O ex-presidente e o seu núcleo militar mais duro, pretendiam fazer o que sempre sonharam: acabar com a democracia impondo, mais uma vez, uma ditadura. Uma maneira doentia de se chegar ao poder, que de tempos em tempos dá sinais de vida nas Forças Armadas da América Latina. O vídeo apreendido pela Polícia Federal é de julho de 2022, portanto bem antes das eleições. Já sabiam que iam perder e os conspiradores traçavam um plano B, para a evitar a realização das eleições. </span></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quem gravou o vídeo e guardou em casa, merece uma condecoração. Alguém que não aguentou a pressão e roeu a corda. Ainda bem, sua delação mudou a história do país. Quando na reunião dos trapalhões o chefe da AGU perguntou se a reunião estava sendo gravada, o "capitão sem noção" e o "general porrada", prontamente disseram que não. Pelo silêncio de todos, os acovardados presentes optaram por se calar. Patéticos, nesse episódio tragicômico o silêncio não foi o dos inocentes. Sem exceção, todos que estavam ali sabiam o que estavam fazendo, conspiravam dentro do Palácio contra a Democracia e os Poderes da República. Um "Gabinete do Ódio" ampliado, com as provas que faltavam. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Como o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, é citado na ilustração acima, cabe um registro: o comportamento do ministro vem surpreendendo muita gente. Sem entrar em aspectos que possam levantar diferentes interpretações da Lei, que são legítimas, sua postura diante da gravidade do quadro é exemplar. Com determinação e sabedoria, na véspera do Carnaval, sem vacilar botou o bloco na rua. O "samba-enredo" tem todo na cabeça, sabe quem é quem nessa história sórdida e não atravessa o samba. Nove meses atrás, sem alarido, prendeu o coronel Cid por causa de um certificado de vacina falso. Era o começo de tudo. Agora está com o vídeo da reunião dos conspiradores na mão. E o capitão sem noção, ficou sem ação. Vai dançar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Inconformado porque ninguém se lembrou dele no Carnaval, o capitão inventou de convocar um ato na Avenida Paulista. Sem grandes detalhes, imagina-se que deva ser contra a volta da democracia, da esperança e da normalidade. Logo ele, um sem noção que se auto condenou no vídeo apreendido onde reconhece seu total despreparo para o cargo de presidente. O mentor do golpe, que agora está comprovado, insiste em se apresentar como vítima. A mágoa que carrega por ser visto por seus pares como um deputado medíocre, é visível e antiga. Por quatro vezes tentou ser presidente da Câmara. Pasmem, na sua última tentativa foram quatro votos. Basta de aleivosias, a hora da verdade chegou! </span></p><p> </p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-80692015301362613512024-02-08T18:38:00.001-03:002024-02-09T16:03:01.569-03:00Eles sabiam o que estavam fazendo ...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMZNxDwwQD3ijU2GZcC_Eiy_f1sh8pFlWjb28kfK2CmsKccCaEle-FBEjA-gylc1FlGdmBgN5pfC2e8P4UYZWqm53tUnRoI7Hzz8SNaNWoeeuervIWpdFLM-paGwpDjjBjyYtUTi_8mHQ3sLoFxLQVAKSZvuEgS05eXwMIFhkMVs6fAFskewGcJlwgH2I/s1600/IMG-20240202-WA0001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1338" data-original-width="1600" height="335" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMZNxDwwQD3ijU2GZcC_Eiy_f1sh8pFlWjb28kfK2CmsKccCaEle-FBEjA-gylc1FlGdmBgN5pfC2e8P4UYZWqm53tUnRoI7Hzz8SNaNWoeeuervIWpdFLM-paGwpDjjBjyYtUTi_8mHQ3sLoFxLQVAKSZvuEgS05eXwMIFhkMVs6fAFskewGcJlwgH2I/w400-h335/IMG-20240202-WA0001.jpg" width="400" /></a></div><p><span face=""Source Sans Pro", Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #888888; font-size: 14.336px; font-weight: 700;"> </span><span face=""Source Sans Pro", Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #888888; font-size: 14.336px;"> <i><b>Matheus Mayer Milanez e Augusto Heleno (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)</b></i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A foto acima do general Heleno, tendo ao lado quem imagino ser seu advogado, fala por si. Todos em volta de Bolsonaro sabiam o que estavam fazendo. Não tem ninguém inocente no bloco dos trapalhões. O golpe que deu errado, nos tirou do destino que tinham traçado, transformar o Brasil na pior das "republiquetas". Em 2018 mantiveram Lula preso para eleger o "sem noção". Depois foi o que se viu, um despreparado presidindo um país complexo como o nosso. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando veio a covid, com dois anos de negação das vacinas, o que se viu foi uma tragédia humana: mais 700 mil brasileiros mortos. Para entender o desatino, num curto espaço de tempo cinco ministros da Saúde foram nomeados, para explicar o inexplicável. Até hoje não se sabe porque tanta falta de amor próprio por um cargo. Ao aceitar o convite sabiam o que estavam fazendo. Aliás, depois da fatídica reunião ministerial de 22 de abril de 2022, quando Salles ganhou seu minuto de fama propondo abrir a porteira para passar a boiada, nenhum membro do governo pode alegar que não sabia o que estavam fazendo.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando vazou o escândalo das joias e dos presentes desviados, o ex-ministro das Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, se escafedeu. Ninguém mais fala nele, um desqualificado que tentou enquadrar um funcionário da Receita, com intuito de burlar a Lei. Esse péssimo exemplo de um almirante e então ministro da República, acabou com qualquer possibilidade de um governo tão medíocre renascer. Todos sabiam muito bem o que almirante Bento estava fazendo. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os sinais de que a casa estava caindo apareciam a todo instante. A cada semana um escândalo. O Gabinete do Ódio, instalado no próprio Palácio, era o escritório onde despachava um vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. O que fazia um vereador do Rio em Brasília, boa coisa não era. No mínimo uma evidente disfunção. Só que agora "Carluxo" como é chamado nos bastidores, está na mira da Polícia Federal. Todos do núcleo de poder sabiam o que ele estava fazendo lá.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Aos poucos as verdades estão aparecendo e os envolvidos no golpe estão sentindo na pele as consequências. Nunca vamos esquecer a gravidade do que houve. Imaginem um avião da FAB, que já serviu para carregar joias e drogas, decolar, sem um motivo aparente, levando um presidente "fujão", ministros e assessores para passar as festas de Fim de Ano na Flórida. Coisa mais estranha. Se o golpe do dia 8 de janeiro de 2023 desse certo, eles voltariam num avião da FAB, cercado pela Esquadrilha da Fumaça, dando rasante nos céus de Brasília. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Só que os "trapalhões", se atrapalharam. O caminhão bomba estacionado em frente ao Aeroporto de Brasília, chamou a atenção de um curioso e o grande ato simbólico do terrorismo da extrema direita tupiniquim, deu ruim. Os homens bomba estão presos e os mandantes torcendo para que não façam delação premiada. Aliás, depois do Mauro Cid e agora do Ronnie Lessa, não falem em delação premiada perto de alguém do núcleo duro do ex-presidente. Só de pensar entram em pânico.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>"Eles sabiam o que estavam fazendo"</b>, pode virar o que a gente quiser: um livro, um documentário, uma mini série ou mesmo um filme. Moro que faz parte dessa trama da nossa recente história, policialesca e ao mesmo tempo política, já teve o seu minuto de fama. O ex-ministro, abandonado pelos seus pares, está prestes a ser cassado - pelo que fez. Que o mundo dá volta, todos nós sabemos. Só que aqui a reviravolta se deu por um sentimento da sociedade que acordou a tempo. Foram apena dois milhões de votos de diferença, alegavam na época os que perderam. Agora, sabendo o que fizeram, fica o nosso mais profundo agradecimento para esses dois milhões de brasileiros - a mais - que nos tiraram do pior destino que uma nação pode ter, a maldade como política de Estado. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Ao longo de ano de 2023, o pressentimento que algo estava por vir logo virou uma certeza. A normalidade do país era o sinal que que as forças democráticas esperavam. Com milhares de provas documentadas, a delação premiada de quem fazia tudo para o "chefe", o coronel Cid, o trabalho exemplar da Polícia Federal, a determinação do ministro Alexandre de Moraes, o visível enfraquecimento do ex-presidente junto as Forças Armadas e a sociedade, estavam sendo monitorados. O presidente Lula pouco se manifestava sobre os malfeitos dos golpista. Sempre alegava que se tratava de um problema da Justiça e da polícia. O presidente estava certo, quando deflagaram a operação "hora da verdade" os foliões já estavam nas ruas se divertindo abrindo alas para o Carnaval passar. Nada é por acaso. </span></p><p> </p><p><br /></p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-10873029090686206372024-01-29T09:00:00.573-03:002024-01-29T09:29:36.109-03:00Brasil, um país verde<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIR_k7CwlLoYvQonA2DCjCXLTwsuEVxFDaFuba8_yyEEJPfvbfryv5-E_RO4R-RvNG0SSVTNiUznKhJD-RVoFpBoSAW1C-Y6cIG-rtamaoH75OsEqhZH34J6YTnRZ_H4CzHpBwFgPAhMjfXwYVaxSvd4Tynaz_rLiE1P3VubrRdKX_HkbQeuegMhUbgKc/s1600/IMG-20240128-WA0000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1349" data-original-width="1600" height="338" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIR_k7CwlLoYvQonA2DCjCXLTwsuEVxFDaFuba8_yyEEJPfvbfryv5-E_RO4R-RvNG0SSVTNiUznKhJD-RVoFpBoSAW1C-Y6cIG-rtamaoH75OsEqhZH34J6YTnRZ_H4CzHpBwFgPAhMjfXwYVaxSvd4Tynaz_rLiE1P3VubrRdKX_HkbQeuegMhUbgKc/w400-h338/IMG-20240128-WA0000.jpg" width="400" /></a></div><br /> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium; text-align: justify;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: medium; text-align: justify;">Sempre que se abraça uma novidade os desafios são imediatos. O conhecimento é uma necessidade, estar convencido e motivado ajuda a vencer obstáculos próprios da inovação. Nada diferente de quando criamos o Instituto IDEAL, em 12 de fevereiro de 2007. Na época as universidades envolvidas com o tema, eram muito poucas. Os professores também. Atualmente a energia solar é a que mais cresce no mundo. No nosso caso ajudamos que ela saísse da academia, vencesse resistências e se tornasse uma fonte de energia confiável e economicamente viável. Atualmente o setor solar fotovoltaico é o que mais cresce no Brasil.</span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O apelo pela sustentabilidade do planeta, tem merecido uma atenção crescente em fóruns mundiais. Todas lideranças globais que dignificam o cargo, demonstram preocupação quanto ao tema. As mudanças climáticas deixaram de ser casos isolados para exigirem do conjunto dos países medidas que minimizem as consequências das grandes tragédias ambientais que se repetem com mais frequência e intensidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Com pouco tempo pela frente, prioridade e pressa caminham juntas. Um ano atrás quis o destino que houvesse uma aproximação natural do Instituto IDEAL com a Carbon ZERO, uma empresa com sede em São José dos Pinhais, consolidada no tema e no mercado. Demandado e motivado por Carlos Alberto Tavares Ferreira, CEO de Carbon ZERO e presidente da Fundação Tavares Ferreira, vem crescendo uma relação de confiança própria de quem sonha os mesmos sonhos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">De imediato, obviamente, veio o interesse de inserir Santa Catarina no mundo das possibilidades e desafios que virão em função das mudanças climáticas e suas consequências. Nunca podemos esquecer que uma cidade como Rio do Sul, sofreu cinco enchentes só no ano passado. O custo dessa desatenção é incalculável. A Carbon ZERO já nos repassou um estudo preliminar que libertaria Rio do Sul das suas crescentes e continuadas enchentes. No retorno dos trabalhos legislativos queremos pautar na Comissão do Meio Ambiente e Turismo da ALESC a apresentação desse trabalho. (*)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Outra realidade nossa são os mangues, historicamente mal cuidados e ameaçados. Florianópolis, por exemplo, é uma das capitais contemplada com uma das maiores reservas de mangue urbano. Uma novidade foi saber que os mangues, se bem preservados, geram crédito de carbono num valor bem acima de uma floresta. Para isso precisa a vontade de cuidar e obter certificações ambientais idôneas e responsáveis. (**)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">No campo se faz urgente mostrar o quanto uma pequena propriedade rural pode se beneficiar da uma legislação moderna em construção, para que o Brasil protagonize uma revolução verde. Através do replantio de árvores absorver via fotossíntese, o CO² que geramos. Só em Santa Catarina são 150 mil propriedades, que poderiam implantar e cuidar de bosques, agregando uma renda a mais na propriedade. Em termos nacionais os números anunciados superam 5 milhões de hectares, é muita terra disponível. (***)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Se o que está na nossa mente é fácil de ser implementado, só o tempo vai dizer. Independente das dificuldades, uma certeza: temos que começar. Não estamos partindo do zero, parcerias estão sendo construídas há mais de um ano. Quem domina o tema e se prepara para ser a grande certificadora brasileira de crédito de carbono, acredita que estamos no caminho certo: quem cuida da natureza tem que ganhar. Fundos nacionais e internacionais já estão convencidos disso. </span></p><p style="text-align: justify;"><span><b>(*) O deputado Marquito, presidente da Comissão do Meio Ambiente e Turismo da ALESC, já tem conhecimento do estudo da Carbon ZERO para Rio do Sul. @marquito.sc</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span><b>(**) Florianópolis é a segunda capital com mais área de mangue no país. A pressão imobiliária nos preocupa. A ideia é reforçar junto a sociedade, a importância de se preservar os mangues. Eles, quando cuidados, geram riqueza.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span><b>(***) O replantio de árvores como solução ambiental para redução do CO², já está na pauta do governo Lula. Quando o Carlos Alberto Tavares Ferreira, da Carbon Zero, nos trouxe o projeto Caminho das Araucárias, subindo as serras do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, era mais um sonho de recuperar o lindo cenário que nos foi tirado. Agora, é um negócio bom para todos. Para a natureza, o eco turismo, os que produzem as mudas, fazem o replantio e cuidam da mata. Uma verdadeira "cadeia do bem". </b></span></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-18165091872905269892024-01-19T11:00:00.511-03:002024-01-19T11:00:16.366-03:00FLORIPA uma cidade à venda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTFBRwWAJN-6bnWzBxXFwb2M4RQSadeNNtRuqWKUt_RsJoYdprRfF_YwvVKuoCKS9psMF6WY_0KQ5nGPcnzruT4QEEpdkJSD7vjSZNAXxGfdVab3ugXzQui_pdywVpSL4SQ7y93BDfKurS-L1dxyCZloedCL8tJNwGSpqWWFdoHNPTjxRhIxd6uAntSqc/s1600/IMG-20240115-WA0008.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="772" data-original-width="1600" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTFBRwWAJN-6bnWzBxXFwb2M4RQSadeNNtRuqWKUt_RsJoYdprRfF_YwvVKuoCKS9psMF6WY_0KQ5nGPcnzruT4QEEpdkJSD7vjSZNAXxGfdVab3ugXzQui_pdywVpSL4SQ7y93BDfKurS-L1dxyCZloedCL8tJNwGSpqWWFdoHNPTjxRhIxd6uAntSqc/w640-h309/IMG-20240115-WA0008.jpg" width="640" /></a></div><p> <b>SC 401, domingo de sol pela manhã. Velocidade média, 10 km/h</b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nas ruas engarrafamentos por todos os lados e a toda hora; nas estradas uma tragédia humana, em direção as praias filas intermináveis. Sempre que alertado, o poder público mostrou de que lado estava. Agora é tarde: as praias não comportam mais ninguém e a cidade agoniza. Tudo consequência da falta de um planejamento urbano racional e responsável. Na Ilha da Magia a saída encontrada pelo caos causado, é a do puxadinho: se tem muita gente nas praias então vamos aterrar as praias. A mais famosa delas, Jurerê Internacional, o alargamento está previsto para antes do Carnaval. Estudos alertam para problemas que poderão acontecer, em razão das profundas modificações ocorridas no mar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O tema, obviamente, divide opiniões, até por isso tem que ser debatido. Por sua relevância, alto custo e pouco conhecimento, precisa ser pautado antes de ser executado. Não é o que estamos vendo, primeiro faz a obra e depois se vê como é que fica. Os exemplos que temos, vem da própria natureza: quando o mar avança e toma de volta a areia que lhe tiraram estamos diante de um processo natural. Enquanto que a extração da areia do mar é feita por uma operação brutalizada de sucção. Pouca importa se o processo traz junto com a areia muita vida marinha, que sob o sol escaldante acaba sucumbindo na praia. Logo depois do aterramento o cheiro é forte e leva uns dias para desaparecer.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em 1972 um jovem engenheiro recém formado passou uma temporada na UFSC e se encantou pela cidade. Florianópolis não tinha a Beira Mar, as duas pontes, o aterro da Baia Sul, subir a Lagoa era uma aventura e o norte da Ilha era quase virgem. As praias mais frequentadas ficavam na parte continental da cidade. Mas em compensação era uma terra abençoada por sua natureza exuberante. Sem ser urbanista, já tive a percepção de que um crescimento acima do normal iria acontecer. A beleza de um lugar atrai gente de todos os lugares, é inevitável. Por isso mesmo todo o cuidado é pouco.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nas últimas quatro décadas, o que se viu foi a cidade crescendo sob a tutela dos investidores e não dos gestores. Foram raros os momentos de lucidez e de responsabilidade urbana, que vereadores e prefeitos olharam para o bem da cidade. O Parque da Luz, por exemplo, é um caso sempre lembrado. A sociedade entendeu a importância da luta para o futuro da cidade e apropriou do local, transformando um antigo cemitério abandonado no mais importante espaço público no centro da capital. Uma conquista de todos que nem o mais - sem noção dos prefeitos - consegue tirar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Afinal, o que nos resta fazer. As eleições municipais estão chegando e se nada for feito vai se confirmar o título do artigo. As urnas legitimarão, <b>FLORIPA uma cidade à venda.</b> A cidade nunca esteve tão suja, os serviços entregues a população deixam a desejar, a Policia Civil já apurou e indiciou cinco servidores do alto escalão por suspeita de corrupção em licenças ambientais. A ideia de Floripa ser jovem e moderna, cheia de oportunidades, não resiste a um olhar mais apurado. A cidade que se quer é outra: humanizada, respeitosa, que dialogue com todos. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>SÓ COMO CURIOSIDADE -</b> Galápagos é um tradicional roteiro turístico internacional. Não se trata de uma Ilha, mas de um arquipélago de origem vulcânica. Distante 1000 km da costa do Equador, só se chega em grandes lanchas oceânicas, navios de passageiros ou de avião. Das várias ilhas existentes, só três são habitadas. O controle sobre as construções, fluxo de pessoas, número de carros, é rigoroso. Não existem prédios com mais de dois andares, nem grandes resorts. Os carros autorizados a circular, não passam de 300. Você pode até trocar de carro, mas tem que levar o seu de volta para o continente. O que está em primeiro lugar é a proteção da natureza, presente em todos os momentos, acolhida por nativos e visitantes. Essa cumplicidade espontânea em defesa do meio ambiente, talvez seja o grande legado de Galápagos para a humanidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>PS - Como o artigo vai para vários sites e redes sociais, o jovem engenheiro sou eu. Duas vezes vereador na capital e uma vez eleito deputado federal. Sempre muito bem votado em Floripa. Não sou candidato a nada, mas aproveito para agradecer os votos que recebi. Sigo na luta. </b> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-68814006850184894462024-01-08T01:45:00.000-03:002024-01-08T01:45:41.556-03:00O documentário sobre o golpe fracassado<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para quem viu o documentário de ontem à noite, dia 7, sobre o ocorrido um ano atrás em Brasília, sem ranço e preconceitos, deve estar se perguntando: e agora. Sem dúvida a sociedade em geral não esperava por tamanha violência. Não faz parte da nossa índole. Alguns podem agora querer diminuir a gravidade do ocorrido, traçando paralelos com enfrentamentos de rua, briga entre torcidas organizadas, arrastão na praia, milicianos queimando ônibus, mas nada se compara a agressividade dos vândalos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.</span></p><p><span style="font-size: medium;">O que aconteceu naquele dia foi assustador. O documentário além de mostrar o ódio dos amotinados, também registra a omissão das autoridades. Sem encontrar resistência a multidão acabou virando um bloco coeso de baderneiros, liberados para quebrar o que viam pela frente. Milhares foram presos, alguns já condenados condenados e outros aguardando julgamento. </span></p><p><span style="font-size: medium;">Um dos ditados populares mais conhecido, "a corda arrebenta no lado mais fraco", não pode acontecer nesse caso. Os que invadiram e quebraram os prédios públicos que representam os Três Poderes da República, são incapazes de pensar e promover um golpe de estado contra a democracia, num país da importância do Brasil. Cumpriram um papel, serviram de bucha de canhão. Quem viu o documentário deve ter se convencido que os mandantes são outros, </span></p><p><span style="font-size: medium;">Ao longo do ano as investigações avançaram, muita gente graúda está sem dormir. O STF nunca esteve tão coeso como agora. O Procurador Geral da República é outro. Os políticos já estão se movimentando para as eleições municipais. As Forças Armadas estão quietas, e, aparentemente, assim ficarão. Portanto, os que armaram o golpe fracassado vão aparecer. </span><span style="font-size: large;">O jogo tá jogado, é só uma questão de tempo. </span></p><p><br /></p><p><br /></p><p>. </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-17518486587621320192024-01-05T09:43:00.000-03:002024-01-05T09:43:27.564-03:00Da insanidade a barbárie. Da barbárie a esperança (8/1)<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">Diante
tudo que se viu na retrospectiva de 2023, dos fatos ocorridos no Brasil, o mais
impactante foi a fúria de uma pequena parcela descontrolada da sociedade,
visivelmente tomada por interesses espúrios, que invadiu a sede dos Três
Poderes da República, em Brasília, no fatídico 8 de janeiro de 2023. Até hoje
existe uma perplexidade entorno do ocorrido, um golpe pensado que se desse
certo acabaria com a democracia, a cidadania e com a Nação. Agora, estaríamos
vivendo num país sem lei tomado pela barbárie. Felizmente, o golpe não vingou,
as apurações estão em curso e a liberdade está entre nós. A lição que ficou é que
precisamos estar atento para que aventureiros de plantão, fardados ou não,
voltem a nos ameaçar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">Propositalmente,
restringi a um parágrafo o mundo dos insanos. Quem participou do desatino coletivo
à luz do dia, em sua maioria não passava de massa de manobra conduzida pelos
mentores do fracassado golpe. Não merecem espaço, só um registro. <o:p></o:p></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">Já as
notícias da semana são gravíssimas, separam a insanidade da barbárie. O diretor-geral
da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou em entrevista à Globo News, que a
PF já vinha investigando os responsáveis “pelo plano que envolvia o homicídio do
ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes”. O próprio Ministro, na quinta-feira, 4, em
entrevista ao jornal O Globo, afirmou que seria preso e enforcado na Praça dos
Três Poderes, em Brasília. Segundo, Alexandre de Moraes, o plano incluía a
participação da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), que monitorava seus
passos. <o:p></o:p></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">O relato
é de um filme de terror, algo impensável para a imensa maioria dos brasileiros,
independente do voto que deram. Quem elaborou esse plano macabro apostava no
pior, a barbárie. Sem ser provocativo, alguém de sã consciência já se imaginou
vivendo, criando seus filhos e netos num país sem futuro, onde um ministro do
STF por defender a democracia e o resultado das urnas é enforcado em praça
pública. Responda pra si mesmo. <o:p></o:p></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">
</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.5pt;">Ao
mesmo tempo que escrevo enojado por tudo que passamos, cresce a esperança em
2024. O pior dos cenários está superado, o golpe não vingou. As investigações
estão em curso e os culpados serão identificados e responsabilizados perante à
lei. Quanto a sociedade, diante dos fatos relatados, uma nova postura coletiva
tem que existir. Sem titubear, com firmeza, unidade e esperança, vamos nos
reinventar e avançar. Não adianta demonizar a política, o BC ou o STF. O que é
preciso é entender melhor quem somos, como agimos e o que buscamos. De preferência olhando para o futuro. Que venha 2024....</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p><br /></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-47212907147248666962023-12-20T12:12:00.000-03:002023-12-20T12:12:12.842-03:00O futuro é verde<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Dia 20 de dezembro numa Ilha escaldante, meu neto que nasceu no meio de uma nevasca em Madison, no Wisconsin, me fez refletir sobre o futuro. A vontade de registrar esse momento da presença de quem eu vi nascer, mas ao mesmo tempo sem querer parecer a mensagem de um avô sentimental, fui em busca de algo com mais conteúdo. A humanidade e seus grandes desafios precisam encontrar o bom caminho para nossos descendentes </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O artigo de Fabio Alperowitch, fundador e CIO da Fama, reconhecido pelo seu engajamento nas questões ambientais, direitos humanos e sustentabilidade foi onde encontrei o que procurava. Publicado recentemente na Revista Época Negócios, a chamada para a leitura dá o tom da conversa e mostra a percepção de mundo do autor. Seu texto flui, começa assim: <i style="font-weight: bold;">"Se faz mal para o planeta não é investimento". </i>Segue abaixo<i style="font-weight: bold;"> </i>na íntegra:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Direto ao Ponto</b></i></span></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1959" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>"A evolução do conceito de investimento no contexto contemporâneo, especialmente em um cenário global cada vez mais consciente das mudanças climáticas e da degradação social, destaca uma realidade inevitável: investimentos prejudiciais ao planeta não são sustentáveis e, portanto, não deveriam ser reconhecidos como investimentos legítimos.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1960" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Esta perspectiva redefine não só ética financeira, mas também sinaliza uma transformação fundamental na essência do investimento econômico.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1961" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Investir com consciência socioambiental deixou de ser uma opção para se tornar uma necessidade. A exploração insustentável de recursos naturais e o aprofundamento das desigualdades sociais constituem uma ameaça social e um risco financeiro considerável. A longo prazo, as consequências do desrespeito aos seres humanos e ao meio ambiente podem resultar em custos enormes, tanto em termos de reparação de danos quanto de perda de capital e oportunidades. Assim, um investimento que ignora as externalidades negativas compromete sua própria base de sucesso futuro.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1962" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>A adoção de critérios ambientais, sociais e de governança nos processos de tomada de decisão de investimentos é um passo crucial nesta direção. Integrar esses critérios na análise permite avaliar empresas não só por seu desempenho financeiro, mas também pelo impacto nos stakeholders e no ecossistema, rompendo com a visão tradicional que frequentemente negligencia tais aspectos em busca da maximização de lucros, independentemente de como tal lucro foi obtido.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1963" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>O ano de 2023 evidenciou casos extremos, iniciando com a descoberta de uma fraude bilionária em uma varejista tradicional, passando pela violação de direitos humanos de centenas de trabalhadores escravizados por vinícolas nacionais e encerrando com uma grande empresa sendo reincidente no rompimento de barragens e afetando a vida de dezenas de milhares de maceioenses. Deveria o dinheiro financiar tais práticas?</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1964" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Contudo, a existência de exemplos extremos mais confunde do que esclarece o que seja investimento responsável e ético. A tendência do investidor é acreditar que se seus investimentos não financiam o que esteja extremamente errado, então são automaticamente éticos – e esse é um conceito equivocado.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1965" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>A esmagadora maioria dos investimentos não financia o controverso, mas o status-quo, que justamente produziu as desigualdades e emergência climática na qual vivemos. Apenas afastar-se do controverso significa normalizar o problemático status-quo.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1966" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Em contraste, os investimentos que promovem uma agenda positiva ainda representam uma pequena fração da indústria. Segundo dados da ANBIMA e da Ande (Aspen Network of Development Entrepreneurs - 2021), os investimentos de impacto correspondem a apenas 0,2% do total dos ativos detidos por investidores, um percentual insignificante.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1967" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Embora haja um debate sobre como integrar melhor as considerações ESG no processo de avaliação de investimento e garantir avaliações rigorosas e confiáveis, grandes detentores de ativos, tais como os fundos de pensão, seguradoras e famílias, devem se comprometer com investimentos éticos, incorporando responsabilidade além da rentabilidade.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1968" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>Além disso, a crescente conscientização pública e regulamentações mais rigorosas estão pressionando muitas indústrias a reconsiderar suas práticas. Investidores que reconhecerem e se adaptarem a essa transição estarão mais bem posicionados para se benefícios a longo prazo, inclusive incrementando seus retornos financeiros.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1969" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>A ideia de que "se faz mal para o planeta, não é investimento" reflete uma compreensão mais profunda e responsável do papel do capital no mundo moderno, sendo uma necessidade econômica pragmática: ignorar questões socioambientais compromete a vida humana, a saúde do planeta e a viabilidade de seus retornos financeiros.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1970" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>O desafio é equilibrar a lucratividade com a preservação da vida e do meio ambiente. Isso exige uma mudança de paradigma e adaptação a um mundo em constante transformação.</b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1971" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><i><b>A interdependência entre economia, sociedade e ecologia é indissociável, e a adoção de práticas de investimento sustentáveis tornou-se um imperativo não apenas moral, mas também estratégico."</b></i><i><b> </b></i></p><p class="ember-view reader-content-blocks__paragraph" id="ember1971" style="--artdeco-reset-typography_getfontsize: 1.6rem; --artdeco-reset-typography_getlineheight: 1.5; background-color: white; border: var(--artdeco-reset-base-border-zero); box-sizing: inherit; color: rgba(0, 0, 0, 0.9); font-family: -apple-system, system-ui, BlinkMacSystemFont, "Segoe UI", Roboto, "Helvetica Neue", "Fira Sans", Ubuntu, Oxygen, "Oxygen Sans", Cantarell, "Droid Sans", "Apple Color Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Emoji", "Segoe UI Symbol", "Lucida Grande", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: var(--font-size-large); line-height: 1.75; margin: 1.6rem 0px; padding: var(--artdeco-reset-base-padding-zero); pointer-events: all; vertical-align: var(--artdeco-reset-base-vertical-align-baseline);"><b>BOAS FESTAS! QUE O TEXTO ACIMA NOS AJUDE A PENSAR E SE POSSÍVEL A NOS REINVENTAR. QUE VENHA 2024.</b><b> </b></p><div><br /></div><p> </p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-8589889640546611442023-12-13T20:51:00.003-03:002023-12-14T09:21:46.733-03:00Milei x Mercadente, que diferença<p style="text-align: justify;">No mesmo dia que Milei falou para os argentinos, assisti uma entrevista do Aloizio Mercadante. O primeiro, presidente eleito da Argentina. Quanto a Mercadante, presidente do BNDES. Em comum, os dois são economistas e latinos. Não sei se tiveram a oportunidade, que tive de compará-los. Sem qualquer preconceito, com espírito desarmado, já com o pensamento em 2024, passei a me preocupar ainda mais com a Argentina e reforçar minha crença no protagonismo global do Brasil e no nosso futuro como nação.</p><p style="text-align: justify;">Que diferença de postura, de conhecimento e na forma de se expressar. Enquanto o primeiro se apresenta como o exterminador do país, sem apresentar uma saída para o futuro; o outro nos enche de esperança ao mostrar que plantar árvores é a mais barata e eficiente forma de capturar o carbono. A meta até 2030 são 6 milhões de hectares replantados.</p><p style="text-align: justify;">A novidade que se apresenta é remunerar quem planta e cuida. Dar opção econômica ao replantio, mostrar que a motoserra está sendo substituída por políticas de Estado, que tornem atrativo plantar, cuidar e preservar. Os instrumentos que darão suporte a esse desafio já estão sendo implementados: a CPR Verde, o PSA - Pagamento por prestação de Serviços Ambientais e o Crédito de Carbono.</p><p style="text-align: justify;">Só em Santa Catarina, segundo dados do Censo Agropecuário, são mais de 183 mil propriedades rurais em uma área de 6 milhões de hectares. Dessas 78% se enquadram na agricultura familiar altamente produtiva que poderiam se beneficiar de um programa de reflorestamento, agregando uma renda a mais para as propriedades.</p><p style="text-align: justify;">As cooperativas estão muito presentes no campo e podem vir a ser excelentes parceiras num projeto de reflorestamento em larga escala. Segundo Mercadante 20 milhões de pessoas estão organizadas em cooperativas. Agora a realidade é outra, cerca de 1000 pequenos municípios brasileiros que já tiveram agência bancária física, não tem mais. O vazio deixado está sendo ocupado pelas cooperativas de crédito que crescem a cada ano. </p><p style="text-align: justify;">Um dos grandes incentivadores e profundo conhecedor do replantio e da proteção das nascentes no campo é Carlos Alberto Tavares Ferreira, presidente da Fundação Tavares Ferreira e CEO da CARBON ZERO. Nossa parceria vem se consolidando e vamos avançar ainda mais em 2024. O mais importante de tudo é se reinventar e sonhar junto. Se o sonho está em sintonia com o que o mundo busca, fica mais fácil virar realidade. </p><p style="text-align: justify;"><b><i>PS - Segundo Mercadante os principais bancos públicos de fomento, como KfW, BRICS, BID e BNDES teriam recursos disponíveis para financiar projetos que contemplem replantio de árvores nativas e programas de preservação de nascentes. Santa Catarina tem toda a condição de acolher um projeto desse tipo que possa ser replicado na América Latina. </i></b></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-20426466034150220852023-12-08T18:29:00.000-03:002023-12-08T18:29:54.495-03:00"Acho que a realidade morreu", José Eduardo Agualusa<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCQo-25-DKgqtnqz5tgeyevNiJmTUxMK_e9o7dyR3zyyu35as7wevgXSt3FxEyOJtNhUFNuiMdzdUCkUSgEfppJHLtfANSpwjubNSnKScPnxlwIj7It0L6vVh3XnszxOIxVIcrQr_J9FNWcKisFe9c9SMf0YUtfYZhF0cMAGTtF-L4hteO3gJonYNqZIA/s980/IMG-20231127-WA0025.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="714" data-original-width="980" height="466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCQo-25-DKgqtnqz5tgeyevNiJmTUxMK_e9o7dyR3zyyu35as7wevgXSt3FxEyOJtNhUFNuiMdzdUCkUSgEfppJHLtfANSpwjubNSnKScPnxlwIj7It0L6vVh3XnszxOIxVIcrQr_J9FNWcKisFe9c9SMf0YUtfYZhF0cMAGTtF-L4hteO3gJonYNqZIA/w640-h466/IMG-20231127-WA0025.jpg" width="640" /></a></div><b> Na Argentina a campanha do dólar e da motoserra deu certo</b><br /><span><span style="font-size: medium;"> </span></span><div><span style="font-size: medium;"><span><b> </b></span><span style="text-align: justify;">O título <b>"Acho que a realidade morreu"</b> é de um comentário publicado recentemente na Rede Linkedlin, uma das maiores do mundo. </span><span style="text-align: justify;">O autor do artigo é o português, José Eduardo Agualusa. Reconhecido jornalista, escritor e filósofo, Agualusa escreve sobre os</span><i style="text-align: justify;"><b> "The Yes Man" </b></i><span style="text-align: justify;">que ficaram famosos criando eventos falsos, nos quais assumem a identidade de políticos, influencers ou executivos de grandes companhias internacionais. </span></span></div><div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Após essa rápida introdução tudo que segue é entre aspas pra preservar a genialidade do autor, que aliás me fez entender o resultado das urnas na Argentina. <i>"A dupla de ativistas ou artivistas, constituída por Jacques Servil e Igor Vamos, tem por objetivo denunciar, de forma satírica todo o tipo de injustiças ou projetos que ameacem a vida e o meio ambiente".</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>"A ação mais recente da dupla Servil e Vamos, ocorreu há poucos dias em Lisboa, durante o evento Web Summit, sobre novas tecnologias, que reuniu na capital portuguesa mais de 70 mil participantes, de 153 países. Um representava o CEO global da Adidas e o outro fazia o papel do presidente de um grande banco internacional".</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><i>"Releio as notícias sobre a intervenção dos <b>The Yes Man </b>no evento, sem saber se rio ou se choro. A sátira expressa uma determinada realidade - ridicularizando-a. Quando o público leva a sátira a sério, ou seja, quando se mostra disponível a aceitar como realidade a ficção mais fantasiosa, é porque a realidade caiu doente".</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">José Eduardo Agualusa encerra seu comentário, assim: <i>"A morte da realidade explicaria muitas coisas que vem sucedendo neste nosso planeta nos últimos meses. Explicaria, por exemplo, a eleição do senhor Javier Milei, na Argentina". </i></span></p><p style="text-align: justify;"><b>PS - Em 2022 Lula foi eleito por várias razões. Boa parte delas do conhecimento da maioria dos eleitores, que assim decidiram o seu voto: no primeiro e no segundo turno. Na Argentina não se esperava que um candidato com a motoserra na mão e a cara estampada numa nota de dólar, pudesse ganhar a eleição (foto acima). A Argentina não tem dólar; mas tem uma imensa dívida em dólar. Até agora não se sabe como Milei vai dolarizar a economia. Na hora do voto, seus eleitores não pensaram nisso. Para eles foi como se a realidade tivesse morrido. </b></p><p> </p></div>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-21171836114101367302023-12-01T18:45:00.001-03:002023-12-01T18:45:50.181-03:00Lula, a COP 28 e o Congresso Nacional<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf19u06WRJ5_MWRqBOOfNaP7H5wJ1X34NipRya9Z2x98RlbPgdXsY2irj_2I6vuC-llk3yJdCmk-yTXye6N4SJMEJ9zw0bNPVR1rxQb9RY0GKHSv9gTpEgl4c2oEjkrY3Nwn9BZVmE3NWym59Z2Oh9q8Oy8G163EtRAQqUMHx2SrEoyifSGskc_zJRoPI/s1600/IMG-20231201-WA0010.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1452" data-original-width="1600" height="581" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf19u06WRJ5_MWRqBOOfNaP7H5wJ1X34NipRya9Z2x98RlbPgdXsY2irj_2I6vuC-llk3yJdCmk-yTXye6N4SJMEJ9zw0bNPVR1rxQb9RY0GKHSv9gTpEgl4c2oEjkrY3Nwn9BZVmE3NWym59Z2Oh9q8Oy8G163EtRAQqUMHx2SrEoyifSGskc_zJRoPI/w640-h581/IMG-20231201-WA0010.jpg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A primeira declaração pública do presidente Lula na COP 28, foi um claro recado. Com cuidado, Lula expressou um sentimento verdadeiro das dificuldades que o mundo vem encontrando para enfrentar uma ameaça que paira sobre a humanidade. Desde quando os países se reúnem para tratar das mudanças climáticas, de efetivo pouco aconteceu. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os interesses entorno do assunto são muitos e estão presentes a mais de um século nas nossas vidas. Não é por acaso que as grandes economias, China e EUA, são as que mais poluem e, por consequência, mais dificuldades colocam nas deliberações dos fóruns internacionais que tratam do tema. Atento a esse jogo, o presidente Lula propôs a criação de um organismo independente para gestão do clima no planeta. De forma a blindar um problema global da política local. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Lula sabe que mesmo sendo uma das principais lideranças das mudanças climáticas no planeta, sua vida no Congresso Nacional não é nada fácil. O presidente da Câmara, Arthur Lira, por exemplo, é um conhecido criador de "jabutis". Já foi assim durante a discussão sobre a Eletrobras e, recentemente, repetiu a dose incluindo "o jabuti das térmicas a carvão". Embora no seu estado, Alagoas, não tenha carvão, ressuscitou a mais poluente das fontes fósseis ainda presente na matriz energética mundial. (*) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O que o presidente Lula anunciou na COP, guardada as devidas proporções, foi o que fez Tabaré Vasquez no seu primeiro mandato como presidente do Uruguai. Sua ideia prosperou graças a um grande acordo com os partidos, que se comprometeram de tratar a questão energética como política de Estado, independente do governo de plantão. O Uruguai é citado em todos os fóruns internacionais como um país que deu certo e que tem a matriz energética mais renovável do planeta. (**)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Sem querer julgar, mas por ter sido deputado federal, membro da Comissão de Energia, do Brasil e no Parlamento do Mercosul, transformar o setor elétrico num criatório de "jabutis" é uma insanidade. Ainda mais se o contrabando legislativo foi aprovado de madrugada, com o plenário esvaziado. Não se trata só de um equívoco energético, é uma desatenção com o país na semana que os olhos do mundo esperam boas novas do nosso governo no COP 28. Sem dúvida foi um tiro no pé, ou, se preferirem, uma facada nas costas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Portanto, o que aconteceu é muito grave e envolve bilhões de interesses. A sociedade precisa cobrar o que aconteceu na fatídica noite de 29/11, quando uma sessão da Câmara Federal, no apagar das luzes, incluiu a recontratação de térmicas a carvão até 2050. A ousadia foi tanta que o Projeto de Lei 11.247/2018, pasmem, tratava do marco legal das eólicas offshore. Olhem só o tamanho do "jabuti", misturaram vento com carvão. (***)</span></p><p><b>(*) Não é comum um político assumir risco por um projeto polêmico, que não vai lhe trazer voto, nem criar emprego na sua região. Ainda mais se pode virar num escândalo. Aí tem.</b></p><p><b>(**) Os três mandatos da Frente Ampla no Uruguai, consolidaram a energia como tema de Estado. Um belo acordo político, conheço bem o que se passou por lá.</b></p><p><b>(***) Só por curiosidade: Arthur Lira sabe quanto vai custar recontratar térmicas a carvão até 2050? Qual o valor do megawatt hora ofertado? Quem vai pagar a conta ambiental, econômica, política e social? Se a Aneel foi consultada sobre o impacto na tarifa?</b> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-59235284073131450242023-11-27T09:00:00.293-03:002023-11-27T10:36:31.252-03:00Rio do Sul/SC, uma cidade refém das chuvas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVMSh6RLuPQgN1RCkkdLi4QvbqPlwLA1d53APLRo8YDCA1lOMI17Beaq3OwuYlTGaNouJlvLXTLo1TaB4aD1i_ZBb_ZRcCEh8aGKzVzQvIyeDXHndrKW56gFojjKghNCHunMgYHCYk0i7W9xcsCJlz3nrBSMcuB8DQ25GN1miX8fQlHCaQBDBheX2UbGI/s800/rio-do-sul-alagada-enchente-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVMSh6RLuPQgN1RCkkdLi4QvbqPlwLA1d53APLRo8YDCA1lOMI17Beaq3OwuYlTGaNouJlvLXTLo1TaB4aD1i_ZBb_ZRcCEh8aGKzVzQvIyeDXHndrKW56gFojjKghNCHunMgYHCYk0i7W9xcsCJlz3nrBSMcuB8DQ25GN1miX8fQlHCaQBDBheX2UbGI/w640-h426/rio-do-sul-alagada-enchente-1.jpg" width="640" /></a></div><p><b> Rio do Sul, 18/11, a quinta enchente do ano. Foto: da prefeitura </b><b> </b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quem mora em Rio do Sul está desesperado. Sem um plano definitivo que proteja a cidade das chuvas, que acontecem cada vez com mais frequência e intensidade, a ameaça de uma nova enchente é real. Só esse ano a cidade passou por cinco grandes cheias. A segunda maior da história de Rio do Sul ocorreu nas primeiras horas do sábado, 18/11. O rio subiu 13,04 m. A maior de todas as enchentes tinha ocorrido em 1983, quando rio Itajaí-Açú atingiu a cota de 13,58 metros. Uma tragédia hídrica que já faz parte da história da cidade. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Rio do Sul, fica no Alto Vale do Itajaí, foi fundada em 1931. Com cerca de 72 mil habitantes é uma cidade próspera, industrializada e polo de uma importante região do nosso estado. Ou seja, não pode ser tirada dali e muito menos continuar sendo ameaçada por novas enchentes. Portanto, sendo bem objetivo, Rio do Sul não pode esperar mais. Seus habitantes, o comércio, a indústria e seu futuro coberto de incertezas, exigem uma pronta resposta. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Como não se pode mudar a cidade de lugar, só há uma maneira de resolver o problema: controlar as grandes vazões do rio. Isso é possível através de um canal extravasor, que limite a vazão do rio a uma determinada cota de tal forma que evite a inundação da cidade. O canal extravasor é uma obra de engenharia com estudos de topografia, geologia e hidrologia. Se bem resolvida, acaba com o problema. Ela serve para desviar do leito do rio os grandes volumes de água que chegam. É um "by-pass".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Até aqui, nada do comentário é novidade: são fatos ocorridos. Na semana passada, Carlos Alberto Tavares Ferreira, CEO da CARBON ZERO, parceira do Instituto IDEAL em Santa Catarina, nos encaminhou um estudo e as fotos da obra realizada no Paraná por sua empresa, semelhante ao que se está sugerindo para Rio do Sul. Com o controle da vazão do rio, a cidade passa a ficar protegida das enchentes. Uma resposta definitiva para a agonia de uma cidade inteira e seus arredores. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Diante da gravidade da situação, de pronto levamos ao conhecimento do deputado Marquito, que preside a Comissão de Turismo e Meio Ambiente, a contribuição de um estudo semelhante para Rio do Sul para apreciação da Comissão. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem sido impecável no atendimento e apoio aos municípios catarinenses, em relação as dificuldades advindas das mudanças climáticas no nosso estado. Portanto, fica o nosso reconhecimento à ALESC e mais uma vez a nossa disposição em ajudar. </span></p><p style="text-align: justify;"><b>PS - No mês passado, a convite do deputado Marquito, @marquito.sc, a CARBON ZERO e o Instituto IDEAL estiveram na Comissão de Turismo e Meio Ambiente apresentando seus projetos na área ambiental para Santa Catarina. O acolhimento foi muito positivo. </b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-67000514172609906592023-11-21T10:59:00.001-03:002023-11-21T11:36:43.457-03:00Os efeitos das mudanças climáticas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkUVJnscPAS8Ya3LdrFNTNv25eLqjs3Tno4Imr4Kf-4E7RZ6UYLg1ZUZb4n-2vIL_XIQG5bVTrLSJ6Ym8Is7aJPja_eHb0hlplGCuo0c8pw_5tcFXyykzUn_ix9Trj_KhLnA0RY21f6yaEnSCviax967FRiYpAXNZ9DkOa7ytJEdBA9ktMWVXkjCqYIWQ/s1280/IMG-20231121-WA0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="1280" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkUVJnscPAS8Ya3LdrFNTNv25eLqjs3Tno4Imr4Kf-4E7RZ6UYLg1ZUZb4n-2vIL_XIQG5bVTrLSJ6Ym8Is7aJPja_eHb0hlplGCuo0c8pw_5tcFXyykzUn_ix9Trj_KhLnA0RY21f6yaEnSCviax967FRiYpAXNZ9DkOa7ytJEdBA9ktMWVXkjCqYIWQ/w640-h480/IMG-20231121-WA0002.jpg" width="640" /></a></div><p> <b>Subestação Nova Santa Rita/RS, alagada devido às enchentes do Rio Caí </b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando se fala em mudanças climáticas, boa parte das pessoas não associa seus efeitos com as tragédias que estamos vivenciando. A foto acima é emblemática, jamais poderia ter acontecido. Qualquer pequeno descuido, o Rio Grande do Sul vai enfrentar o maior apagão da sua história. Pode-se até questionar se ela estava no lugar certo, só que agora não dá para tirar dali. Quando as águas baixarem, o que deve acontecer é a construção de uma barreira de contenção protegendo toda a subestação para evitar a repetição do que aconteceu agora, com riscos incalculáveis para a sociedade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em Santa Catarina, uma cidade importante, polo de uma região, Rio do Sul sofre com as frequentes cheias que tomam conta da cidade. Não é possível submeter sua população a tanta humilhação. Todos sabem que quando vier uma chuva forte o rio vai transbordar e a cidade vai inundar. Se nada for feito a tragédia vai fazer parte da história de vida daquela gente. Como é impossível mover a cidade, só resta construir um canal de fuga a montante de Rio do Sul, que desvie parte da vazão do rio para que novas enchentes não aconteçam.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na semana passada, Carlos Alberto Ferreira, da CARBON ZERO, parceiro do Instituto IDEAL, nos passou o estudo e a obra realizada no Paraná de desvio do Rio Canais. Uma resposta da engenharia e da hidrologia que poderia perfeitamente ser aplicada em Rio do Sul. Prontamente entramos em contato com o presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da ALESC, o deputado Marquito, para agendar uma reunião na Comissão com o objetivo de apresentar um estudo para minimizar o impacto das enchentes em Rio do Sul.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Em Belo Horizonte, onde fui homenageado por duas décadas de dedicação voluntária às energias alternativas e uma América Latina sem Carbono, não fiz referência a esse legado. O tempo que usei foi de preocupação com o futuro. A hora é de repensar para não errar. A maior cidade da América Latina, São Paulo, não pode ficar sem luz porque ventou. Na região Norte, milhares de pessoas correm risco de vida porque não choveu. No Sul, três importantes estados, estão com seus habitantes expostos e a economia refém das adversidades climáticas. De tanto ministérios que temos, o que nos falta é o "Ministério do Repensar". Aliás, estratégico para qualquer país: por questões políticas, sociais, ambientais, econômicas e do conhecimento. Pensar só faz bem.</span></p><p><br /></p><p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-6572034570795063482023-11-12T16:30:00.004-03:002023-11-13T07:23:37.463-03:00O desafio de FLORIPA é eleger o novo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhat-fsiFtMr2EVXq_x2Nrd4SvqJPOyASNXHtyBQ5Lyinjsd6XuZDUXtBDK-A8qt_uOjcAQ-jR7_9eL929j5uFXv0IfxgFSGXsWnfd5yejBGc6CGJ1_sf84_HML9sAoeN5KdLRWC0zHGv1ToZ-X5DOcEw1p0o2sFIgQDkMuN5-W-3uQYhX1AVflA_yG79A/s1600/IMG-20231112-WA0010.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1600" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhat-fsiFtMr2EVXq_x2Nrd4SvqJPOyASNXHtyBQ5Lyinjsd6XuZDUXtBDK-A8qt_uOjcAQ-jR7_9eL929j5uFXv0IfxgFSGXsWnfd5yejBGc6CGJ1_sf84_HML9sAoeN5KdLRWC0zHGv1ToZ-X5DOcEw1p0o2sFIgQDkMuN5-W-3uQYhX1AVflA_yG79A/w640-h640/IMG-20231112-WA0010.jpg" width="640" /></a></div> <div> <b>Jurerê sem glamour, foto de um caminhante (Mauro Passos)</b><p></p></div><div><b>Florianópolis foi amor à primeira vista. Tudo aconteceu no Verão de 1973, quando vim para a UFSC. Se chovia subir a Lagoa da Conceição era uma aventura. A Beira Mar não estava pronta e se ligar com o continente só pela histórica Ponte Hercílio Luz. Em 1977 consegui realizar um sonho de estudante, morar definitivamente aqui. A cidade me deu dois filhos especiais, bons amigos, dois mandatos de vereador, um de deputado federal, além de uma visão de mundo mais apurada. Os comentários que costumo fazer são sempre sobre a gestão da cidade.</b><b> </b></div><div><b><br /></b></div><div><b>Florianópolis é perseguida por uma lógica de apadrinhamento quase que histórica. Seus gestores, independente de suas cores partidárias, quase que não se diferenciam. O DNA é o mesmo. No fundo, padecem de um mesmo destino que os impede de se reinventar. Quando vejo uma cidade jovem, com inúmeras oportunidades, que curte capoeira, surf, skate e se amarra em trilhas e ciclovias, me vem uma certeza: o prefeito tem que estar em sintonia com a cara da cidade. </b></div><div><b><br /></b></div><div><b>O novo, seja ele quem for, tem que se expor, quebrando a lógica do apadrinhamento. A foto que propositalmente publiquei, é uma foto que dói: porque mostra uma realidade que sempre esconderam. A velha história que nos persegue, para atender alguns que se danem os outros. Com a proximidade de verão vem os retoques de sempre. Agora a ordem é engordar a praia. Os Beach Clubes que estão onde não deveriam estar, continuam lá. </b></div><div><b><br /></b></div><div><b>Já tivemos na Armação um caso parecido, tratado como de emergência. Sem grandes estudos, decidiram encher a praia de pedra. A praia, uma das mais bonitas da Ilha, em vez de areia tem pedra, deitar nem pensar. Num outro momento, quando alargaram Canasvieiras, fecharam o rio do Braz. Uma loucura, qualquer criança sabe que o rio corre para o mar.</b></div><div><b><br /></b></div><div><b>Toda a vez que o mar avança, como aconteceu sábado em Laguna, "um tsunami tropical", é um sinal da natureza. O mar vem atrás do que é seu. Em todo o planeta, estudos mais avançados mostram um crescente avanço do mar sobre a faixa litorânea. Algumas pequenas ilhas do Pacífico já desapareceram e cidades importantes estão ameaçadas. </b></div><div><br /></div><div><b>Um olhar mais amigável para a Ilha, observando e cuidando suas limitações naturais, é o que se espera de um novo prefeito. Na semana passada na Comissão do Turismo e Meio Ambiente, na apresentação da CARBON ZERO sobre o potencial natural da Grande Florianópolis, causou uma enorme surpresa saber que na Região Metropolitana nós temos 35 mil hectares de mangue. Isso é de um valor incalculável. Quem é do passado só pensa em aterrar mangues e ocupar dunas. Os interesses são muitos e se perpetuam no tempo, passando a impressão de que é assim mesmo: uma cidade refém de alguns. </b><b>Vamos juntos virar essa página. Floripa precisa do novo. </b></div>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-79236534835176612002023-11-09T09:50:00.000-03:002023-11-09T09:50:53.520-03:00CARBON ZERO e Instituto IDEAL, unidos pela natureza<p><br /></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando há sintonia, tudo fica mais fácil. Com o tempo você percebe na conversa se o projeto que está sendo apresentado vai prosperar ou não. Foi exatamente isso que aconteceu na terça-feira, dia 7, na Comissão de Turismo e Meio Ambiente da ALESC. Presidida pelo deputado Marquito, rapidamente o que se buscava foi consensado. A Comissão entendeu a importância do estudo apresentado pela CARBON ZERO, que tem como objetivo identificar, quantificar e valorar ativos ambientais. Sejam eles, dos municípios, do estado, públicos ou privados.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A quantidade e a qualidade das informações trazidas pela CARBON ZERO, a nova parceira do Instituto IDEAL em Santa Catarina, logo chamou a atenção dos parlamentares. As perguntas que vieram e os encaminhamentos dados pela Comissão atenderam nossas expectativas. No ano que vem vamos construir com o apoio da ALESC um calendário que contemple todas as regiões do estado com a metodologia desenvolvida pela CARBON ZERO, que transforma em moeda corrente quem preserva seus ativos naturais. Os pagamentos são anuais. O que se aplica para nascentes e floretas, são créditos verdes. O que se aplica para os manguezais são créditos azuis. Na Região Metropolitana temos 35 mil hectares de mangue. É muita coisa. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na sequência, aproveitando a estada do CEO da CARBON ZERO, Carlos Alberto Tavares Ferreira, fomos atrás de possibilidades para se instalar os CAPES, Centro de Apoio a Pesquisa e Estudos. Tanto para os manguezais, como para o replantio das araucárias e a preservação das nascentes. Além de Florianópolis, duas outras cidades estão sendo observadas: Palhoça e Santo Amaro da Imperatriz.</span></p><p style="text-align: justify;"><b>PS - À noite recebo do Carlos cópia da recente Resolução do Parlamento do MERCOSUL, que declara a Araucária patrimônio natural e cultural do MERCOSUL. São os bons sinais que nos aproximam e nos unem. </b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"> </span></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-30469007553412668372023-11-06T07:33:00.011-03:002023-11-06T07:44:43.220-03:00De olho nos manguezais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsfJPJrHCjJJXV6JSonSj778kzWD1mgpOyJ71pPlovR9_pjruzkV8FFligmrjhMr9f8PLC4UL7cfbrIJIany_QwupUghxqwFQZ-V0KouY0ATAv-VA7pUv9hQ23kukK6nwZqHv3PZ-GVc88gv8xTibvaJhqoSLjMc1XE0lRJA7qfpYkKRh3GN4oGRlgY4/s712/IMG-20231103-WA0021.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="712" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsfJPJrHCjJJXV6JSonSj778kzWD1mgpOyJ71pPlovR9_pjruzkV8FFligmrjhMr9f8PLC4UL7cfbrIJIany_QwupUghxqwFQZ-V0KouY0ATAv-VA7pUv9hQ23kukK6nwZqHv3PZ-GVc88gv8xTibvaJhqoSLjMc1XE0lRJA7qfpYkKRh3GN4oGRlgY4/w400-h229/IMG-20231103-WA0021.jpg" width="400" /></a></div><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A vida é um piscar de olhos. Quanto antes você perceber isso, melhor. Com o passar do tempo é bom procurar novos desafios, construir parcerias, aprender e se motivar. O importante é não se perder na hora de identificar o que você está procurando. Quando achar, procure dar o melhor de si. Não se preocupe com o seu tempo, muitas vezes o legado que fica é bem maior que uma realização. </span></div></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Já faz um bom tempo que acompanho o trabalho de Carlos Alberto Tavares Ferreira, presidente da Fundação Tavares Ferreira e CEO da Carbon ZERO. Suas iniciativas e projetos tem a ver com o que fazemos, o que naturalmente nos aproximou. O "Caminho das Araucárias", o "Caminho das Águas", a proteção das nascentes e um olhar cuidadoso para os manguezais, abre um leque de oportunidades para realimentar quem quer se reinventar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quando o Carlos Ferreira fala sobre o mangue, a primeira barreira que surge é a do desconhecimento. Presente em boa parte da nossa costa, é o ecossistema com maior concentração de carbono por área. A capacidade dos mangues protegidos armazenar quantidade de carbono expressiva, sempre foi do conhecimento da ciência. Só que o inventário de potencial da natureza costeira, nunca foi levado a sério. Segundo Carlos, estima-se que 8% do potencial global esteja no Brasil. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na semana passada a CARBON ZERO nos brindou com um estudo de levantamento de área de mangue em Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu. Para nossa surpresa são 35 mil hectares de manguezal. O relatório apresentado mostra também que quando comparados a outros biomas vegetados do Brasil, eles armazenam até quatro vezes mais carbono nos primeiros 100 centímetros de solo. Mas essa riqueza é totalmente negligenciada, comenta Carlos: o mangue é visto como um lugar sujo, com muito lixo e forte odor, porque historicamente serviu para o descarte de esgoto de muitas cidades costeiras. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A CARBON ZERO e o Instituto IDEAL, depois de longas conversas, firmaram uma parceria, vamos trabalhar juntos. As tratativas com a UFSC, com a Comissão do Meio Ambiente e Turismo da Assembleia Legislativa, o SEBRAE/SC, o Consórcio CIM da Granfpolis já começaram. No caso dos manguezais, em particular, queremos introduzir um novo olhar: através de políticas de monitoramento regional, com a criação de centros de pesquisa, que a CARBON ZERO tem expertise, aproximar através de palestras e materiais educativos uma relação de preservação, acolhimento e valorização dos mangues. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>Só protege o meio ambiente quem se sente parte dele. </b> </span></p><h2 style="text-align: justify;"><i><b><span style="font-size: small;">PS - Na foto abaixo durante a reunião com o Consórcio dos Municípios da Grande Florianópolis, no último dia 27/10, o CEO da CARBON ZERO, Carlos Ferreira, ao fundo, fez uma bela apresentação para o deputado Marquito, presidente da Comissão do Meio Ambiente e Turismo, sobre o imenso potencial dos mangues. De pronto o deputado @marquito.sc, primeiro à esquerda, abraçou a causa e marcou para o dia 7/11, às 17 horas, uma apresentação na ALESC.</span></b></i></h2><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6uBToGaL9XUzeBN8p3stXZa3Pa3-K_a0MjqRh3vGqs6q5Ugs8oBphuoLxCw7nd8pKHGmXVLmjsfT5UCW5shiPUFcpQvKrMGtffzpYggcEnuawP3XMZESw6zU65k_xbUZeLkdIsaTbRETTfYyPnbdc9QMheTivnLpi9Do9sxgcLUhE66VJlANiISrPEw/s712/IMG-20231103-WA0010.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="712" height="318" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS6uBToGaL9XUzeBN8p3stXZa3Pa3-K_a0MjqRh3vGqs6q5Ugs8oBphuoLxCw7nd8pKHGmXVLmjsfT5UCW5shiPUFcpQvKrMGtffzpYggcEnuawP3XMZESw6zU65k_xbUZeLkdIsaTbRETTfYyPnbdc9QMheTivnLpi9Do9sxgcLUhE66VJlANiISrPEw/w400-h318/IMG-20231103-WA0010.jpg" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"> </span></p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-11871804029712574812023-10-30T07:30:00.425-03:002023-10-30T07:30:00.144-03:00Mudanças climáticas, uma realidade<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGVecRIWapXLO6SwFCoDlmwlBnVgDhaI3FYz_E558-BGlwMsDGJ_8ZslFKvWTEPBAEB9OZXgq0ScBnBGfbipxcPbN9nHXgB8exOcJx92_o0aa-hDyrNitsF5kv0sEv9BCGcewWbDc-Zx0lNRT0aZ8g0BabId2oBH5zqs1TydjjROrCfIRgwjKELrzB9s/s1397/IMG-20231029-WA0006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1397" data-original-width="1093" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGVecRIWapXLO6SwFCoDlmwlBnVgDhaI3FYz_E558-BGlwMsDGJ_8ZslFKvWTEPBAEB9OZXgq0ScBnBGfbipxcPbN9nHXgB8exOcJx92_o0aa-hDyrNitsF5kv0sEv9BCGcewWbDc-Zx0lNRT0aZ8g0BabId2oBH5zqs1TydjjROrCfIRgwjKELrzB9s/w313-h400/IMG-20231029-WA0006.jpg" width="313" /></a></div><b> Santo Amaro da Imperatriz, nascentes preservadas água de qualidade</b><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Quem acompanha a rede Linkedin sabe que 3500 impressões em um dia, é bastante. As visualizações quase sempre dependem do tema e do número de seguidores de quem escreve. No nosso caso em particular, a importância está no tema que abordamos. O último artigo publicado, "O alerta que vem da Amazônia", trata das consequências da seca que deixou 500 mil pessoas sob risco real de vida. Por ser um fenômeno natural, ficou a sensação de uma desatenção com as comunidades ribeirinhas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">A sociedade acompanhou em tempo real a extensão do estrago de uma seca prolongada na região Norte, ou das fortes enchentes no Sul. As duas situações eram de certa forma previstas, mas deixaram um imenso problema social através de uma grave desestruturação econômica no Sul e uma grave fragilidade na logística local no Norte. Se vamos aprender ou não com os recados da natureza, é a pergunta que não quer calar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Nos últimos dias com a presença do Carlos Ferreira, CEO da Carbon ZERO, deu para aprender e conhecer melhor a necessidade de nos prepararmos para o futuro. Independente da região ou bioma, as mudanças do clima estão acontecendo. Tanto assim que tivemos 40 graus no inverno com chuvas torrenciais e secas prolongadas num mesmo momento. O que os estudos apontam é que natureza, cada vez com mais intensidade e frequência, está nos alertando sobre o que vem por aí. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Os encaminhamentos e soluções globais tem se mostrado insuficientes, tanto na guerra entre países como nos Acordos do Clima. Sem desmerecer a importância desses fóruns internacionais, precisamos incorporar protagonismo e desenvolver cuidados sobre o que temos governabilidade: fazer o que podemos e sabemos fazer. Na tragédia das enchentes em Santa Catarina, até no básico falhamos. A operação das comportas das barragens de contenção, que era pra ser um procedimento rotineiro e técnico, virou um vexame. Até agora não se sabe direito se a abertura das comportas foi na hora certa ou não. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Duas coisas que foram trazidas pelo Carlos, da Carbon ZERO, podem e devem de imediato serem acolhidas por aqui. A preservação dos mananciais de água e a identificação dos ativos ambientais nos municípios. Sem água, não há vida. O Caminho das Águas é uma experiência exitosa no Paraná, que busca assegurar água de qualidade para as futuras gerações. Já os ativos ambientais, são riquezas naturais dos municípios que podem gerar recursos para investir no desenvolvimento sustentável das cidades e na proteção dos seus munícipes. As mudanças climáticas estão batendo na porta e vão entrar. O que a gente precisa é se preparar para minimizar seus efeitos. </span></p><p style="text-align: justify;"><b><i><span>PS- Carlos Alberto Tavares Ferreira, presidente da Fundação Tavares Ferreira, foi homenageado recente</span><span>mente pela Câmara Municipal de Curitiba, por ter plantado no último ano 8.640 árvores na cidade. Seu projeto é plantar 100 mil em 10 anos. No mês passado, Carlos foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo, por preservar nascentes de água em áreas de proteção permanente da Fundação Tavares Ferreira. De lá sai uma água de qualidade que abastece sete milhões de pessoas em São Paulo. Uma população equivalente a do estado de Santa Catarina. </span></i></b></p><p> </p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p><p><br /></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-9966883186937490872023-10-23T08:00:00.000-03:002023-10-23T08:00:00.138-03:00O alerta que vem da Amazônia<p><b><span style="font-size: medium; text-align: justify;"></span></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><span style="font-size: medium; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLDu3mdFkTUtDvIGePwt3ca8VHMHMkejRsBoWePgan1ak0M98hOl5UpLBucmUnWEyoliblaX7Y7iOZFY9bT5x1x1AHZag2DiQrIwsRshJC4v8hMH2jCyucYCZ30Sfbm5sIhf6svdV2Vd5Vse1BnBiNLGrKIACrdW0aa6E1OBFZIwa2fLDizh_tUUPl-t0/s1600/WhatsApp%20Image%202023-10-07%20at%2015.20.30.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1547" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLDu3mdFkTUtDvIGePwt3ca8VHMHMkejRsBoWePgan1ak0M98hOl5UpLBucmUnWEyoliblaX7Y7iOZFY9bT5x1x1AHZag2DiQrIwsRshJC4v8hMH2jCyucYCZ30Sfbm5sIhf6svdV2Vd5Vse1BnBiNLGrKIACrdW0aa6E1OBFZIwa2fLDizh_tUUPl-t0/w618-h640/WhatsApp%20Image%202023-10-07%20at%2015.20.30.jpeg" width="618" /></a></span></b></div><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: center;"><b><br />Na Amazônia os rios são as estradas</b></p><span style="font-size: medium; text-align: justify;">As consequências da seca no Norte e as inundações no Sul, tem trazido preocupação e muita incerteza. No ar fica aquela sensação de que "só sei que nada sei". Na última semana de setembro a usina hidroelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, uma das maiores do Brasil, com 50 turbinas e 3.568 MW de potência, foi desligada por falta de água. As outras duas hidroelétricas na mesma bacia, Jirau e Belo Monte, convivem com semelhante problema: muita turbina para pouca água. As três em valores atualizados, custaram bem mais do que 100 bilhões de reais. Mais uma lição que a Amazônia nos dá.</span><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Para quem é do setor e tem liberdade de opinião, nenhuma surpresa. A poucos quilômetros de Manaus, uma outra hidroelétrica, Balbina, nos envergonha. Co</span></span><span style="font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">nstruída pelos militares, é considerada por especialistas como </span><span style="text-align: justify;">"a pior hidroelétrica do mundo": se gastou </span><span style="text-align: justify;">muito para gerar pouco. O reservatório ocupa uma área de 2,3 mil quilômetros quadrados. Para efeito de comparação, são seis vezes a área da Ilha de Santa Catarina, sede da capital e suas quarenta e quatro praias. Com certeza, Balbina não devia estar ali. A imensa área inundada, só confirma a extensão do crime ambiental que fizeram. (*)</span></span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium; text-align: justify;">A retomada do tema tem inúmeras motivações. A primeira é de um procedimento habitual, sempre que o assunto desperta interesse nas pessoas ele volta a ser abordado. Como os textos são curtos, sempre se tem algo à acrescentar. No caso em questão o momento exige muita atenção e reflexão. A Amazônia está sob observação. A pressão para se construir novas usinas, é uma realidade. Os chamados "jabutis do Lira", também. As comunidades isoladas pela seca, precisam de atendimento imediato. A busca pela preservação da maior floresta tropical do Planeta, é antes de tudo um processo civilizatório. (**)</span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-size: medium; text-align: justify;">Os debates estão crescendo dentro da sociedade. O atual governo "fechou a porteira" aberta pelo Salles, que tanto mal causou. A ação em curso contra o desmatamento e o garimpo ilegal tem apresentado bons resultados. As redes de facilidades alimentadas pelo governo passado, estão sendo desbaratadas. A Polícia Federal, o IBAMA, o Ministério Público, com o apoio das Forças Armadas estão agindo com rigor para acabar com grileiros, garimpeiros e traficantes que se sentiam em casa para promover seus crimes.</span><span style="text-align: justify;"> </span><br /><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Por sua vez, a ONU já confirmou Belém (PA), como sede da COP - 30. A conferência do clima será em novembro de 2025. Um lugar próprio para encontrarmos soluções que ainda não encontramos. Uma oportunidade única para o Brasil. A hora de pensarmos nos ribeirinhos, nas áreas de preservação, nas comunidades indígenas, na riqueza da biodiversidade, na segurança dos que vivem e dependem da floresta, dos seus pequenos projetos que geram emprego e distribuem renda; é agora. </span></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p></p></blockquote><p style="text-align: justify;"><i><b>(*) A maior usina solar do Brasil, Janaúba, em Minas Gerais, recentemente inaugurada, tem uma potência de 1,2 GW, podendo atender de energia elétrica hum milhão de residências. A usina conta com 2,2 milhões de módulos fotovoltaicos e o investimento foi de quatro bilhões de reais. Para dar uma ideia de como avançamos, doze anos atrás estive no deserto do Arizona para conhecer uma dos maiores parques fotovoltaico que havia nos EUA, tinha 1/3 da potência instalada de Janaúba.</b></i></p><p style="text-align: justify;"><i><b>(**) Uma rede de gasodutos na Amazônia para atender "os jabutis do Lira", que ninguém sabe quanto vai custar, ou se sabe não diz, é impensável. Propor novas barragens na Amazônia, que custam muito e geram pouco, é insistir no erro. A área equivalente aos reservatórios das hidroelétricas da Amazônia, de forma descentralizada e bem distribuída, daria para gerar com painéis solares toda a energia que o Brasil precisa. Quanto a intermitência, um problema que costuma ser levantado, no futuro a solução virá através de grandes grupos de bateria de última geração. Um caminho natural à ser seguido pela mobilidade elétrica, como pelo hidrogênio verde.</b></i></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">PS - Na Amazônia os rios são as estradas, navegar é preciso. Só que na seca as pessoas não se deslocam, o que é básico para a população ribeirinha não chega. Estima-se que 500 mil pessoas estão nessa situação. Uma tragédia ambiental e humana. Dependendo do nível dos rios as capitais também sofrem as consequências. Toda a logística que envolve a floresta passa, necessariamente, por elas. Em Manaus, maior porto da região, a seca está prejudicando a sua operação. A movimentação de pessoas, turistas, carga e descarga está caótica. Na foto acima, uma imagem de Boa Vista e o desnível do rio Branco que banha a capital de Rondônia. </b><i style="text-align: left;"> </i></p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><p><b><span style="font-size: medium;"> </span></b></p></blockquote><p><b><span style="font-size: medium;"> </span></b></p><p><b> </b></p><p><br /></p></div>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-57577310323469218762023-10-19T17:40:00.001-03:002023-10-19T19:06:36.637-03:00A diplomacia do Brasil voltou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7n4q3ljkwZK0Fgm-uYUe-eyhNO7pXJiKj4vClSAJMPONH0le9FXDc3rNh1HZPQu76qjVSbB0Z-7RIvyxCQJVpj3vNhUsdkqdM5mGr5e8n2DIPezEBveFSTwBWu3CIMHPG4DqacqdZBPZ7nstST3c4wQHehqcmGrvsavZPLiUUBtSB54ESrOukbJrOE8A/s1600/IMG-20231019-WA0003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1083" data-original-width="1600" height="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7n4q3ljkwZK0Fgm-uYUe-eyhNO7pXJiKj4vClSAJMPONH0le9FXDc3rNh1HZPQu76qjVSbB0Z-7RIvyxCQJVpj3vNhUsdkqdM5mGr5e8n2DIPezEBveFSTwBWu3CIMHPG4DqacqdZBPZ7nstST3c4wQHehqcmGrvsavZPLiUUBtSB54ESrOukbJrOE8A/w640-h434/IMG-20231019-WA0003.jpg" width="640" /></a></div><p> <b>Presidência do Brasil no Conselho de Segurança da ONU</b></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Depois de tudo que passamos durante o governo anterior, a diplomacia do Brasil voltou. Para nos testar, duas semanas depois de assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU, fomos surpreendidos por uma nova guerra de grande impacto regional e repercussão internacional. Sem alarde, de forma organizada e responsável, tratamos de repatriar nossos cidadãos com o devido acolhimento e agilidade. Nessa exitosa operação de resgate, recuperamos também parte da marcante história da nossa diplomacia. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Na ONU, onde o representante do Brasil ocupa a presidência no Conselho de Segurança, o embaixador Sérgio Danese foi incansável na busca de uma saída para a crise. Novamente o esforço diplomático de um brasileiro, trouxe esperança. Se não fosse o já previsto veto dos EUA, a resolução apresentada pelo Brasil teria sido aprovada por ampla maioria. Diante da expectativa que havia, a ONU perdeu uma oportunidade única. Com sua imagem abalada, poderia ter se saído melhor: o mundo esperava seu protagonismo como mediadora de uma ajuda humanitária num conflito descabido e sangrento.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">O Brasil e seu novo governo continuará atento e presente nas tarefas que lhe cabem, repatriar seus cidadãos e buscar amenizar os efeitos brutais da guerra. SOMOS DA PAZ! </span> </p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-29568238513667024242023-10-16T11:30:00.026-03:002023-10-16T12:01:04.705-03:00Diga NÃO à guerra!<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIwMi_-khkWCu-jTQeA-HuuIPckJf3cmaEpXTTQ41D-t5imH_oEj2_gcnvc8ecgJP_vTJyecEuzLbbe6EU8tv7FqMbgW6ksc9eldf4ga-y-XDeCQCL-itK3JyzC01IQre7Y3ETJVuWgbofMWAL1nrd-3b949yTO6IrE8ACfxmBBgTbng0VQg8-b8Chqs/s1044/IMG-20231016-WA0002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="860" data-original-width="1044" height="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiIwMi_-khkWCu-jTQeA-HuuIPckJf3cmaEpXTTQ41D-t5imH_oEj2_gcnvc8ecgJP_vTJyecEuzLbbe6EU8tv7FqMbgW6ksc9eldf4ga-y-XDeCQCL-itK3JyzC01IQre7Y3ETJVuWgbofMWAL1nrd-3b949yTO6IrE8ACfxmBBgTbng0VQg8-b8Chqs/w400-h330/IMG-20231016-WA0002.jpg" width="400" /></a></div> <b> Eduardo Galeano - Agência Brasil</b><br /><span style="font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Não importa aonde ela esteja, nem os motivos que a deflagaram: a guerra é uma tragédia humana. No Brasil, recentemente, morreram mais de 700 mil brasileiros, sem que fosse dado um tiro. A guerra foi contra um programa de vacinação, que os próprios governantes se encarregaram de fazer. No trânsito, por exemplo, sem atirar, entre mortos e sequelados são milhares de pessoas por ano. A presença de milicias armadas, o tráfico, o crime organizado, a repressão policial, gente incentivada a andar a armada, no campo e na cidade, também mata. Na semana passada, em Santa Catarina, quase não aconteceu o pior por causa da operação das comportas de uma barragem.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Infelizmente, o breve resumo acima serve para nos alertar: a violência está entre nós. Portanto, é tarefa nossa encarar essa triste situação. A guerra não nos serve, se tem alguém ganhando com ela não somos nós. O desafio está em transformar essa realidade numa preocupação da cidadania, a sociedade não pode ser indiferente ao que está acontecendo, mesmo quando distante dela. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">Para quem é da paz, escrever sobre a guerra é uma dificuldade. Encontrar as palavras certas que sensibilizem os outros, é difícil. Por acaso um vídeo do grande Eduardo Galeano, cobriu essa necessidade. Sabedoria nunca lhe faltou para explicar os horrores da guerra. Para ele, nenhuma guerra tem honestidade para confessar seus reais motivos. A seguir, algumas de suas citações:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">- Na guerra sempre os motivos são "nobres", ou matam pela paz, em nome de Deus, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia. Para dar suporte a essas mentiras, caso precisem, aí estão os grandes meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;">- Nesse mundo dos senhores da guerra, se gasta por minuto três milhões de dólares na indústria militar que é uma fábrica de morte. As armas exigem guerra e guerras exigem mais e mais armas.</span></p><p><span style="font-size: medium;">- Os cinco países que controlam na ONU o Conselho de Segurança, através do poder de veto, por coincidência, são os cinco países que mais fabricam armas. Até quando?</span></p><p><i><b>PS - Eduardo Galeano (1940/2015), jornalista e escritor, através dos seus livros e palestras, deixou um legado bem latino para o mundo. Sua proximidade com o Brasil era tamanha que o café que frequentava na Cidade Velha de Montevidéu se chamava Brasileiro, fundado em 1877. </b></i></p><p><br /></p><p><br /></p><p> </p>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1877586801415054598.post-85448357534257281172023-10-13T11:00:00.159-03:002023-10-13T11:04:26.554-03:00Guerra é uma tragédia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLbZV-HvijcnDQm851zxTY0-pZjJSSZvLfkvmzYSPRgQMYkhbCnVHSVIRYbG7wrVTFl1ggmfhKwaUsCMzgM1C83UBk70e-P4txKXQENBcJU0BkzWD60iY_0LdvVJZ-Z_hhV-DDhjqmZ5Edq4S1Kcif5SQPuwodGHcrlyugIc1uQnoxlNv6Xl3gEn3-E5k/s1600/IMG-20231012-WA0034.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1411" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLbZV-HvijcnDQm851zxTY0-pZjJSSZvLfkvmzYSPRgQMYkhbCnVHSVIRYbG7wrVTFl1ggmfhKwaUsCMzgM1C83UBk70e-P4txKXQENBcJU0BkzWD60iY_0LdvVJZ-Z_hhV-DDhjqmZ5Edq4S1Kcif5SQPuwodGHcrlyugIc1uQnoxlNv6Xl3gEn3-E5k/w353-h400/IMG-20231012-WA0034.jpg" width="353" /></a></div> <div><span><b style="font-size: small;"> Ao fundo uma cidade nas trevas, de Vitório Gheno </b></span><br /><p>O feriado do dia 12, chuvoso, sombrio e ameaçador para os estados do sul que se encontram alagados, foi um teste de superação. Ainda mais que ao ficar em casa, a alternativa que sobrou foi uma série ao vivo de destruição e mortes de mais um conflito entre Israel e o Hamas. As imagens das duas situações mexem com os nossos sentimentos, principalmente: as cenas de guerra. </p><p>As enchentes também provocam destruição e dor, mas são de ordem causal natural. Quase sempre são perdas materiais resultante de chuvas acima do normal. Infelizmente, parte do estrago se deve aos rios assoreados, a falta de uma boa drenagem e ausência de um planejamento urbano sustentável. Sem querer quantificar tragédias naturais, bem pior do que as chuvas no Sul é a seca no Norte. As últimas informações são alarmantes, 400 mil ribeirinhos estão retidos em suas casas sem comida, sem água e sem luz. Como os rios secaram, as pessoas não conseguem sair e os produtos básicos não chegam. </p><p>Quanto as guerras em curso, não tem nada de natural. Quando desencadeia o conflito é treva, ódio, crueldade e luta pelo poder. A vontade esmagar o inimigo é tamanha, que a morte de mulheres, idosos e crianças pouco importa. Na guerra não há racionalidade nas decisões tomadas, não há sinais de preocupação com as pessoas e muito menos arrependimento sobre as consequências. Um verdadeiro desatino humano, moral e ético. (*) </p><p>Os depoimentos dos brasileiros que estão chegando da zona de conflito mostra uma realidade que nunca foi nossa. A última guerra que o Brasil participou diretamente foi a do Paraguai (1864/1870), que aliás ninguém comemora. Argentina, Brasil e Uruguai tem vergonha de contar o que fizeram. Agora estão juntos no Mercosul, com fronteiras totalmente pacificadas. Um conflito armado entre eles, só na cabeça de um militar sem noção. </p><p>Outra guerra na América do Sul de repercussão internacional só ocorreu 118 anos depois, entre a Argentina e a Inglaterra. Conhecida por todos como a Guerra das Malvinas, a aventura bélica argentina durou dois meses e causou a morte de milhares de jovens soldados. Por trás da motivação do conflito, uma junta militar inconsequente e sanguinária. Um presidente na época desacreditado pela sociedade, o general Galtieri, e uma ditadura com os dias contados diante uma economia esfacelada. A história nos mostra que "os senhores da guerra" e seus planos mirabolantes, acreditavam que a retomada das Ilhas Malvinas uniria os argentinos e afastaria a crise política que já estava nas ruas.</p><p>Os anos se passaram e os novos conflitos trazem na sua origem o mesmo problema, lideranças em crise que buscam no conflito um pouco de unidade nacional. Está sendo assim com a guerra Rússia/Ucrânia e agora entre Gaza e Israel. Ao contrário do que aconteceu com as Malvinas, são guerras que se iniciam sem dar sinal de ter fim. São cidades bombardeadas todos os dias, sem se preocupar com as principais vítimas desse conflito: a população civil. A guerra só serve para gente desequilibrada, desumana que ganha dinheiro e poder com a morte. (**)</p><p><i><b>(*) A partir desse comentário não divulgo mais fotos que chegam mostrando morte e destruição. </b></i></p><p><i><b>(**) Os russos durante a guerra com a Ucrânia mostraram algo que poucos sabiam, terceirizaram a matança. O Grupo Wagner, um exército privado, fortemente armado, que atua em vários países, foi noticia que tem 40 mil homens preparados para matar. Especialistas avaliam que o custo de um exército desse tamanho e com essa mobilidade, não sai por menos de 4 bilhões de dólares por ano. Guerra é um grande negócio, que o diga os EUA. O país que mais vende armas no mundo.</b></i></p><p><b>PS - Vitório Gheno, o Gheno, é o mais longevo dos artistas plásticos em atividade. No final do mês completa cem anos. Nascido na pequena Muçum, Gheno ainda muito jovem deixou a família e foi tentar a vida em Porto Alegre. Foi lá que se envolveu com as cores e despertou o sentimento que até hoje carrega pela arte. Durante muito tempo morou entre Buenos Aires, Paris e Rio de Janeiro. De volta aos pagos, continua fiel a três de suas paixões: a pintura, o golfe e o Grêmio.</b> </p><p> </p></div>Mauro Passoshttp://www.blogger.com/profile/15976194002924162541noreply@blogger.com0