segunda-feira, janeiro 08, 2018

O quê nos espera em 2018?

Os primeiros dias do ano mostram o que nos espera em 2018. Sem querer ser pessimista, um breve resumo da semana já traz preocupação ao mais alienado dos brasileiros. Se não vejamos:

1- Dinheiro de emenda parlamentar ajuda pagar show de Safadão, no Ceará. A dúvida que fica é quem é o "safadão"?
2- Bolsonaro, a novidade da política, multiplica o patrimônio. Segundo a Folha, a família do presidenciável já conta com 13 imóveis. Nada mal para quem começou declarando ter um Fiat.
3- O prefeito de Porto Alegre, até parece que não tem o que fazer. Quer tropas federais dia 24, em Porto Alegre, durante o julgamento de Lula. O "prefeito sem noção" ao que parece não sabe que o efetivo da Policia Militar do RS é de 20 mil homens, a maioria lotada na região metropolitana. E pior, desconhece suas atribuições: não cabe a um prefeito requisitar as Forças Armadas. 
4- Na virada do ano, três ministros de Temer pediram as contas. Alguém sabe quem são?
5- Dos novos, só a filha de Roberto Jefferson, presidente do PTB, é lembrada. Mesmo assim porque Cristiane Brasil, nomeada para o Ministério do Trabalho, tem graves pendências na Justiça do Trabalho. Não assinava a carteira de seu motorista particular. Que belo exemplo.
6- Para quem não sabe, o lixão de Brasília está a menos de 18 km do Palácio da Alvorada. A montanha tem 55 metros de altura. Dizem que em 2018 vai ser desativado. Comento esse descaso urbano/ambiental outra hora.

Quem está livre das incertezas que nos esperam em 2018, é Cony. Faleceu sábado. Sobre ele também escrevo outra hora. O tempo que sobra nesse final de domingo está reservado ao atraso que estamos submetidos, graças ao nosso despreparado Congresso. Do nada aparecem propostas de emenda à Constituição, que exigem uma atenção redobrada de todos.  Me refiro, como exemplo,  a recente e surpreendente iniciativa de um dos mais antigos dos nossos deputados, Heráclito Fortes (PSB/PI). Não pelo tempo de Casa, nem pela constante troca de partido, mas por sua esperteza em querer taxar o vento e o sol. A PEC do parlamentar, se prosperar, fará do Brasil o primeiro país a cobrar royalties da energia eólica e solar. Esse novo imposto, sobre o sol e sobre o vento, vai acabar caindo no bolso do consumidor. Quem nos alerta é André Trigueiro, no oportuno artigo "Imposto sobre o Vento" (FSP 7/01):

" Enquanto o mundo abre caminho para as energias solar e eólica (eventualmente com subsídios), para cumprir o Acordo de Paris, o Brasil - que acaba de desonerar as petroleiras de taxas e impostos até 2040 - debate a reinvenção dos royalties, punindo fontes limpas  e renováveis".

Que mico!

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