Em apenas 100 dias, o Brasil é outro

                                                   Foto: Ricardo Stuckert

Sem gráficos e sem números, apenas com a foto acima comparando-a com uma notícia de abril de 2019, comentada semana passada na Rede Linkedln sobre os 100 primeiros dias do governo anterior, veio a necessidade de juntar os fatos e transformar num artigo "Em apenas 100 dias, o Brasil é outro". Como quase sempre quando escrevo é o título que dá o tom, o resto vem depois. (*)

Numa rápida passagem pelo tempo, só quem é muito distraído não vê as transformações em curso dentro do país. Em qualquer área do governo basta comparar o que tínhamos antes com o que temos agora, para se observar uma profunda diferença. Como na próxima semana volto a falar sobre energia solar no 18 Fórum de Geração Distribuída, dias 26 e 27, em Porto Alegre, a falta de tempo impede de abordar tudo que queria. (**)

Até agora o assunto mais importante do ano em termos de relações internacionais, foi o encontro de Lula com Xi Jinping. Como todos sabem a China é a segunda maior economia do mundo, nossa sócia no BRICS e nosso principal parceiro comercial. Se não bastasse, em razão dos bons acordos comerciais, Lula saiu da China com uma agenda de novos investimentos no Brasil que superam 60 bilhões de dólares.

 Nada disso aconteceu no governo passado, muito pelo contrário. Quem não se lembra dos inúmeros constrangimentos que passou o então embaixador da China no Brasil. Num mundo cada vez mais interligado e pragmático, ter um bom relacionamento é fundamental. Para bons observadores, a consideração e o tratamento afetivo dado pelo líder chinês Xi Jinping ao presidente Lula foi muito além das obrigações protocolares. (***)

(*) Nos 100 primeiros dias do governo anterior, o capitão Jair celebrou uma possibilidade que se abriu de vender abacates para a Argentina. Sem comentários. (Fonte: Linkedln, abril/2019)

(**) Como palestrante do 18 Fórum de Geração Distribuída, em Porto Alegre, sigo reafirmando minhas convicções: o sol é a energia do futuro. Aliás, nada diferente do que o Lula defendeu na China.

(***) A música Novo Tempo de Ivan Lins, de 1980, foi escolhida a dedo para receber Lula, quebrando o rigor protocolar da China. Com muito cuidado e sutileza o cerimonial chinês escolheu a música certa. A letra fala por si: "No novo tempo apesar dos perigos estamos na luta para sobreviver. Para que nossa esperança seja mais que vingança .... seja sempre o caminho que se deixa de herança" 

PS - A importância que tem para o país a boa política externa de Lula, ao trazer o Brasil para um protagonismo global, é inquestionável. O comentário que postei sobre isso na Rede Linkedln, bombou: teve mais de 4000 visualizações e uma centena de comentários, só no feriadão. De tudo que li segue um pequeno trecho de Makoto Shimizu sobre a histórica viagem de Lula à China: "A boa vontade e disposição de Lula em apresentar o Brasil como mais um protagonista para promover um mundo mais justo e pacífico, sem dúvidas gera ciúmes doentios dos tradicionais players, que terão que se esforçar e demonstrar concretamente as suas boas intenções com o Brasil".