Quem chega a Madri se impressiona: obra por todos os lados. Quando você conversa com as pessoas ou lê os jornais locais, desaparece a imagem que se tinha de uma economia pujante diante dos números de retração econômica e de desemprego crescentes. O caderno de economia do jornal El Mundo, mostra essa triste realidade. Segundo estimativas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico a crise deixará 4,7 milhões de desempregados em 2010. Um número assustador. A resposta do governo tem sido criar empregos através de obras com recurso público, tentando minizar os efeitos políticos e sociais da crise economica. Analistas e empresários com quem conversei não acreditam que essas medidas resolvam o problema no curto prazo. Até porque o déficit público já chega a 10% do PIB e o governo vai precisar controlar seus gastos.
Outro dado que preocupa, e vem chamando a atenção, é a taxa de desemprego na Espanha, que está muito acima das registradas nos demais países da OCDE, o que mostra que a recuperação será lenta. Setores importantes e muito ativos da economia espanhola, como por exemplo a construção civil, dependem, diretamente, da renda das pessoas, que também caiu de forma assustadora na Espanha. " Com uma economia centrada na construção, no turismo e nos gastos públicos (cerca de 50% do PIB), a Espanha carece de instrumentos suficientes para mudar o atual modelo produtivo no curto prazo", comenta a OCDE.
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