quinta-feira, março 25, 2010
COPEL: de olho na CELESC
A conturbada gestão da Celesc, prejudica a imagem da empresa e atrai compradores. Primeiro foi a Cemig. Agora, é a Copel. O que, numa primeira leitura pode parecer uma contradição (empresa mal administrada atrair comprador), no caso em questão é plenamente justificável. A Celesc, sempre foi uma excelente empresa, tem tradição e mercado consolidado. Suas ações estão em baixa em função da má administração. Os interessados sabem disso.
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Um comentário:
Mauro,
Os empregados da Celesc decidiram fazer greve por tempo indeterminado a partir de 30/03/2010, caso seja mantida a assembléia geral extraordinária, marcada para 31/03/2010, que decidirá pela alteração do estatuto da empresa.
As alterações visam basicamente mudar a forma como são escolhidos os diretores, tirando do acionista majoritário a prerrogativa de nomeá-los, além de diminuir-lhes os poderes.
Ora, toda mudança tem uma causa. Qual a causa de querer mudar a forma como são escolhidos os diretores, de forma que o governo não mais os escolha? A causa é que eles são mal escolhidos. E por que são mal escolhidos? São mal escolhidos porque os governantes que os escolhem priorizam os seus próprios e egoísticos projeto políticos e não a competência profissional.
Qual a causa de ser necessário diminuir os poderes dos diretores? Ora, isto é necessário porque decidem mal e o fazem porque não têm como objetivo principal agregar valor à empresa, nem proteger o seu patrimônio. Pelo contrário, tomam decisões que favoreçam os grupos externos que os mantêm nos cargos, os quais têm interesses divergentes aos da empresa, algumas vezes até escusos. Como decidem mal é necessário limitar-lhes o poder e vigiar-lhes as ações.
Muito bem, Garbelotto, então, pelo que você diz, você concorda que é necessário alterar o estatuto, a fim de melhorar a gestão? Negativo. A solução é muito simples: basta aos governantes escolherem diretores capazes, priorizando habilidades gerenciais, conhecimentos específicos e experiência no setor elétrico ou na própria empresa. E para isto não precisa mudar o estatuto; depende apenas de bom senso e de zelo pelo bem público. Bem, quanto a ter governantes sábios e zelosos do bem público, isto é assunto para outra postagem.
Um abraço,
Luiz Garbelotto
Eletricitário da Celesc Distribuição
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