Dia 8 de março ficou estabelecido como o Dia Internacional da Mulher. Para mim todos os dias deveriam ser delas, já que a luta é diária e elas estão sempre presentes, vencendo desafios e conquistando espaços. Duas mulheres me vieram à lembrança para comentar como exemplos dessa luta diária. A Albertina, que conheço desde 1985, e a Nujood Ali, que acabo de ler um pouco sobre sua história. Fiquei impressionado com o que li. Sua vida virou um best-seller mundial. A autobiografia "Meu Nome É Nujood" narra a luta de uma menina para se separar do marido após ser forçada ao casamento.
O pesadelo de Nujood começou quando tinha dez anos, e sua família a obrigou a casar com um homem com mais de 30 anos de idade. A história se passa no Iêmen, onde a pequenina Nujood era aluna da terceira série primária. Forçada a deixar a escola pelo marido, obrigada a fazer sexo e espancada, sua vida se transforma num verdadeiro inferno. Disposta a lutar por sua liberdade, Nujood se coloca contra a cultura de um país e enfrenta sua própria família. Foge de casa, apanha um táxi e vai direto a um tribunal defender o direito de se divorciar. Aí começa sua história.
Jornalistas iemenistas, organizações de direitos humanos, fizeram de Nujood uma causa de interesse internacional. Depois disso seu divórcio saiu. Após o divórcio, voltou à escola e a morar com sua família. Suas memórias viraram um livro que ficou por cinco semanas no primeiro posto da lista de livros mais vendidos na França. Em 2008, com 12 anos de idade, visitou os EUA onde foi celebrada como uma das mulheres do ano. Seu sonho é se tornar advogada e ajudar as meninas do seu país. ( a íntegra do texto sobre Nujood saiu no "New York Times", escrito por Nicholas D. Kristof)
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