segunda-feira, agosto 02, 2010

CURTAS da semana.

POLÍTICA

A frase da semana vai para o Collor, candidato ao governo de Alagoas em telefonema ao jornalista Hugo Martins, da Revista Isto É: "Se eu lhe encontrar, vai ser para enfiar a mão na sua cara, seu filho de uma p...". Pelo jeito não aprendeu nada.....

Lamentável e equivocada a linha que o candidato José Serra vem adotando. Ao atacar o Mercosul e países vizinhos, insinuar uma maior violência no campo num governo Dilma, desqualificar o movimento estudantil e sindical, Serra nega sua própria história.

João Pizolatti (PP/SC) foi o primeiro caso de candidatura cassada pelo TRE de Santa Catarina. Um bom sinal. A lei da Ficha Limpa começa a valer.

ESPORTE

MASSA que papelão! Não tenho o hábito de acompanhar a Fórmula 1. Aliás nunca foi minha praia. O episódio envolvendo Massa e o outro piloto da Ferrari só reforça o lado obscuro desse "esporte".

MANO Menezes é o personagem da semana. Novo técnico da seleção que vai disputar a Copa de 2014 no Brasil, começou fazendo a "fila andar". Figuras carimbadas de convocações anteriores não foram nem lembradas. O jovem goleiro do Avaí, Renan, com menos de vinte anos, foi um dos convocados. Boa sorte a todos.

BERNARDINHO depois de mais uma conquita, o nono título da Liga Mundial de Vôlei, tem que se tirar o chapéu para o técnico do Brasil. Com um time bastante renovado, Bernardinho "é o cara". Consegue (como poucos) unir e motivar para a vitória sua equipe.

A COPA - enquanto a escolha do técnico surpreendeu pela velocidade, a demora nas obras da Copa começam a preocupar. Em ano eleitoral pouca coisa acontece. Portanto, grandes decisões só a partir de 2011.

TOUR DE FRANCE - a mais importante prova do ciclismo mundial a Volta da França a cada ano que passa atrai mais pessoas. Esse ano, a vitória foi para o país vizinho: a Espanha!

PELO MUNDO

A proibição de touradas a partir de 2012 na Catalunha, norte da Espanha, deixou muitos touros rindo sozinho. O debate foi muito além das fronteiras catalãs, acabou se tornando um caloroso debate nacional.

O vazamento de informações sigilosas sobre a Guerra do Afeganistão tomou conta do noticiário global. Julian Assange, que comanda o site Wikileaks e que reune um grupo de hackers cujo objetivo é vazar informações secretas, de forma bruta, sem comentários, virou celebridade internacional.

Empresa americana anunciou essa semana que irá testar célula-tronco de embrião em seres humanos. No caso, as células serão usadas para reconstruir a medula de pessoas paraplégicas.

Inaceitável que leis primitivas e medievais perdurem no tempo. Todos ficamos perplexos com a notícia de que uma mulher por ter praticado o adultério seria morta a pedradas. E as pedras são pequenas para a morte ser mais lenta e mais sofrida.

A capa da revista Time da semana passada é a foto chocante de uma jovem afegã que teve seu nariz mutilado e orelhas extirpadas. Aisha, de 18 anos, foi punida pelos talebans por tentar fugir de casa, onde era maltratada pela familia.

Em Buenos Aires a emoção foi o tom do primeiro casamento gay. Aproveitando a nova lei, o ator Ernesto Larresse casou-se com Alejandro Vannelli, seu companheiro de 20 anos.

Cresce a escalada de conflitos entre muçulmanos e não muçulmanos na Europa. Na França o uso da burca pelas mulheres está proibido. Na Inglaterra, manifestações em várias partes do país preocupam as autoridades. A comunidade muçulmana é de 2,5 milhões de pessoas e muito presente na Inglaterra.

Enquanto isso no BRASIL a polêmica é a "lei da palmada". Venho acompanhando o debate. Agora é lei. O que vão fazer com ela não sei. Do que eu li o que mais gostei foi o texto de Rousseau, escrito entre 1765 e 1770 (bem antes das preocupações do Congresso brasileiro com as palmadas). Traduzido e publicado na Folha de São Paulo de domingo, sob o título "O episódio das palmadas":

"Como Mademoiselle Lambercier tinha por nós a afeição de uma mãe, tinha também a autoridade, e às vezes a levava ao ponto de, quando merecíamos, nos infligir a punição de filhos. Por um bom tempo ela ficou só na ameaça, e a mim essa ameaça de um castigo totalmente novo me parecia apavorante; mas, depois da excução, achei-o menos terrível do que a própria espera: e o que há de mais estranho é que aquele castigo me fez criar ainda mais afeição por aquela que me o impôs".

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