Quando li a manchete da Folha de S.Paulo de domingo, um ataque descabido à gestão da ministra Dilma Rousseff no Ministério de Minas e Energia, logo percebi a armação. Ao ler a matéria minhas suspeitas se confirmaram. A "denúncia" se referia a uma lei aprovada em 2002, no governo de Fernando Henrique, a qual permitia que casas de praia, por ficarem fechadas fora da temporada, fossem identificadas como moradias de baixo consumo, enquadrando-as dessa forma nas tarifas subsidiadas aos consumidores de baixa renda. Basta conhecer minimamente a ministra Dilma para saber que ela jamais concordaria com essa situação. Nem ela nem ninguém com o mínimo de bom senso. Como se tratava de uma lei, as alterações exigidas para corrigir as distorções criadas, necessariamente, precisaram tramitar pelo lento rito processual que o Congresso nos impõe. Todos nós também sabemos do ritmo do nosso Congresso, principalmente os jornalistas que trabalham na política. Portanto, o assunto que mereceu destaque na Folha dominical não se sustenta como exemplo de má gestão da ministra Dilma a frente do Ministério de Minas e Energia, como o jornal procurou registrar.
Alguns veículos de comunicação estão loucos atrás de fatos que possam prejudicar o crescente avanço da candidatura de Dilma à presidência. Alguns dias atrás recebi ligação de um jornalista da mesma Folha querendo saber sobre meu envolvimento com a candidata no período do novo arcabouço regulatório do setor elétrico brasileiro. Ele sabia que como deputado federal do PT ligado ao setor eu deveria ter me relacionado com a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Já nas primeiras perguntas percebi a razão da entrevista. Conforme conversávamos ficava evidente a intenção do jornalista de encontrar, nas minhas palavras, algo que desabonasse a conduta de Dilma a frente do Ministério das Minas e Energia. Como nada encontrou, nada publicou. Dilma fez uma verdadeira revolução no setor. Encaminhou através de uma emenda de minha autoria a retirada das empresas estatais do setor do PND - Programa Nacional de Desestatização. Criou os leilões de energia renovável, que possibilitou a entrada em larga escala da energia eólica na nossa matriz energética. Com os leilões os preços da energia caíram: durante o PROINFA, criado no governo Fernando Henrique, o valor do MWH eólico era de R$266,00; nos leilões criados por Dilma o valor da energia gerada caiu pela metade. A oferta aumentou e a indústria eólica passou a ver no Brasil enormes possibilidades de novos negócios.
Atender a demanda crescente de energia, como ocorre no Brasil, exige planejamento e muitos recursos. Esses dois requisitos básicos foram viabilizados graças à reestruturação do setor elétrico brasileiro. As digitais de Dilma estão presentes em todo o processo. Foi ela quem idealizou e implantou as medidas que induzem investimentos, garantem segurança jurídica e asseguram perenidade aos programa de expansão, tanto de geração como de transmissão. Sem dúvida, a sociedade que conviveu com "apagões" tem muito a agradecer às mudanças que ocorreram durante o governo Lula com a orientação e determinação da ministra Dilma.
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