Desde minha chegada a Lisboa percebi que a cidade estava com "ar de segurança máxima". No aeroporto, mais perguntas do que o habitual. Quando respondi que estava indo para Moura dar uma palestra sobre energia solar, logo veio a desconfiança (talvez por essa minha cara de "mouro"). Depois de apresentar a programação ficou tudo resolvido. Só então fiquei sabendo a razão para tanto controle: Lisboa é a sede da Cimeira da NATO ( Cimeira é como chamam grandes reuniões e NATO é o Tratado do Atlântico Norte). A NATO foi criada em 1949, após a 2ª Guerra, para combater o poder soviético sobre os países membros. O efetivo militar de todos os países é de 3,6 milhões de homens. Na agenda da Cimeira, a reaproximação com a Rússia e o escudo antimíssil.
A PRIMEIRA INTERVENÇÃO MILITAR DA NATO FORA DA ÁREA DO ATLÂNTICO NORTE FOI EM 2003 NO AFEGANISTÃO.
Ontem, voltando de Moura para Lisboa, pude ver o impacto sobre a cidade (e a vida das pessoas) de uma reunião desse porte. Além de Obama, Sarkozy, Angela Merkel e tantos outros, pela primeira vez participa da Cimeira da NATO, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev. Como era de se esperar, as medidas de segurança são máximas. A Ponte Vasco da Gama com uma única pista, ruas bloqueadas e o Aeroporto em estado de emergência. Os portugueses, incomodados com toda essa movimentação, aproveitam para reclamar e associar os gastos da Cimeira com a grave situação econômica por que passa Portugal. Já o Primeiro Ministro, José Sócrates, com a popularidade em baixa, busca na Cimeira um ganho político. Diante da grande visibilidade do encontro, declarou: "a Cimeira de Lisboa é um marco histórico para a NATO ."
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