quarta-feira, janeiro 25, 2012
Pinheirinho, violência e atrazo
Ontem a noite, no aniversário do Baratieri, fui cobrado por um dos meus leitores de que deveria ter comentado no blog a violenta participação da PM de São Paulo, no último final de semana, na operação de reintegração de posse da favela Pinheirinho, em São José dos Campos. Como o conflito se deu, justamente, nos dias que me deslocava de Montevidéu para Florianópolis, não fiquei sabendo do ocorrido. Prometi me informar para comentar. Lendo o que Elio Gaspari escreveu (FSP - 22/1), logo percebi que foi um desfecho onde todos perderam. Uma operação militar sem proporções, envolvendo 1800 PMs, só podia dar no que deu: dois dias de conflito, 34 presos e dois mil desalojados. Faltou diálogo, política pública, planejamento e vontade de regularizar uma área ocupada a oito anos. A opção, mais uma vez, foi de utilizar a força. Elio Gaspari nos lembra que o conflito podia ter sido evitado, caso houvesse sensibilidade no trato de um problema social de tamanha dimensão. Cita no seu artigo os bons resultados da empresa paranaense Terra Nova, especializada em regularização fundiária. Ela já resolveu 18 litígios e legalizou lotes de mais de 10 mil famílias. Foi chamada em 2008 para estudar a regularização da área em conflito. Não quizeram ouví-los. Deu no que deu. Todos perderam!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário