Em março de 2011, portanto há um ano atrás, o STF por 6 votos a 5 julgou que a lei da Ficha Limpa, sancionada em 2010, não poderia ser aplicada nas eleições de 2010. Como consequência, um série de "fichas sujas" voltaram ao cenário político. O mais emblemático dos retornos foi do senador Jader Barbalho, com direito a caretas do filho e tudo. As palhaçadas do rebento tiveram grande repercussão na mídia nacional. Hoje, para felicidade geral da nação, por 7 votos a 4, o Supremo votou pela constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa e sua aplicação para as eleições municipais desse ano. Outra situação escandalosa que a lei corrige é a do artifício da renúncia. Toda vez que um parlamentar se sentia ameaçado de ter seu mandato cassado, renunciava evitando a punição. Agora, quem renunciar para escapar da cassação se torna inelegível por 8 anos. Quem ganha com o resultado do Supremo é a democracia e a cidadania. A democracia porque ela vai evitar que quem foi condenado encontre abrigo no Poder Legislativo. E a cidadania porque a lei teve origem na mobilização da sociedade, através de um abaixo-assinado que posibilitou sua tramitação no Congresso.
PS- me enganei na contagem - foi 6 a 5.
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