terça-feira, março 13, 2012

O Japão depois de um ano de Fukushima

A semana começou com tanta notícia, que foi dificil escolher o comentário de hoje. Para os amantes do futebol a renúncia do Ricardo Teixeira, depois de 23 anos a frente da CBF, deve ocupar boa parte do noticiário esportivo do dia. A outra parte, penso que vai ficar por conta do cartão vermelho que o imperador Adriano levou do Corinthias. Para quem acompanha a onda de violência no mundo, o noticiário também está farto: ataques na Faixa de Gaza, assassinatos no Afeganistão e a crescente morte de civis na Síria.

Como ontem escrevi sobre o petróleo resolvi continuar no tema. Para subsidiar meu comentário de hoje sobre uma possível crise energética global, o apoio veio das informações de Paula Leite, enviada especial da FSP ao Japão. Ao completar um ano do desastre de Fukushima a recuperação das cidades atingidas tem encantado o mundo. No entanto, o desafio energético da quarta economia do mundo está longe de ser resolvido. O Japão não tem petróleo, nem gás. Seu potencial hidroelétrico está esgotado. Depois de Fukushima, das 54 usinas nucleares existentes só duas estão funcionando. Além do mais, depois do ocorrido, a opiniãopúlica tem se colocado contra a operação e construção de usinas nucleares. Só que, antes de Fukushima, o plano do governo japonês era elevar a participação da energia nuclear dos atuais 24% da energia elétrica gerada, para 50% em 2030, comenta Paula. Repensar a matriz energética exige tempo, inteligência, dinheiro e novas alternativas. Em razão das restrições naturais que o Japão tem, a saída da crise energética do país vai vir da inteligência e da determinação do povo japonês. O desafio é grande, afinal importam 99% do petróleo que consomem. Novas tecnologias e uso racional da energia é pauta do governo japonês para as próximas décadas.

PS- o Japão depois dos EUA e da China é o país que mais importa petróleo, e boa parte vem do Irã.

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