segunda-feira, abril 09, 2012

Lutando contra o tempo

A Europa tem muita coisa em comum: o mercado, a moeda, o livre acesso aos países do bloco e uma legislação trabalhista e previdenciária muito parecida. Até se deparar com a crise do euro, um paraíso ou muito próximo disso. Com a chegada da crise, e sem grandes alternativas para combatê-la, os governantes começaram a aplicar o receituário de sempre: reforma trabalhista, reforma previdenciária, corte nos salários e redução nas aposentadorias. Líderes europeus acreditam que com essas medidas irão vencer a crise econômica, mas não há nenhuma garantia sobre isso. E o que é pior a cada semana que passa crescem as reações. Inicialmente eram os sindicatos que protestavam contra as mudanças nas leis trabalhistas. Hoje é a sociedade que se mobiliza para preservar seus direitos. Países como Reino Unido, França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha, por exemplo, os trabalhadores se aposentam com 65 anos de idade
para homens e 60 para mulheres. Os valores mínimos variam de país para país de 400 a 800 euros. Embora tanto a pensão como o salário mínimo lá estão acima do que praticamos aqui, a ameaça embutida no contexto de uma recessão é cruel. Os trabalhadores sabem que a flexibilização significa mais demissões e menos salário. É por isso que eles estão na rua protestando e lutando pela preservação dos seus direitos. Se vão conseguir só tempo dirá.

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