Foi prazeroso ler o que o Fábio escreveu no último sábado (dia 2), no DC. Como não cabe aqui reproduzir na íntegra sua lúcida abordagem, penso que o exemplo por ele utilizado, a Ponta do Coral, retrata bem como a pior das elites se apropria do que é público. Ao lembrar que em qualquer outra cidade do mundo, a Ponta do Coral - motivo de disputa entre o povo e um especulador urbano - já teria um outro destino. A falta de pudor de certas autoridades no trato dessa disputa, utilizando-se do abandono da área como argumento para ocupá-la da forma mais inadequada e agressiva possível, é bem identificada por Fábio. E com sabedoria nos lembra, que:"em cidades bem cuidadas, o prefeito já teria solicitado, ao que se supõe proprietário, formalmente a limpeza do terreno. Em algumas cidades, o abandono e a sujeira são passíveis, inclusive, de desapropriação compulsória". E, segue:"o que não pode é o suposto proprietário usar a suposta sujeira e abandono, que ele mesmo mantém, como alibi da crença de que apenas um hotel manterá a assepsia do lugar".
Parabéns, Fábio! A cidade agradece a todos que não se cansam de lutar por aquele lugar.
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