RIO + 20

O que já era anunciado, se confirmou: o documento final da RIO + 20, acordado ontem a noite, ficou abaixo do esperado. Os principais motivos, até já tinha comentado: é muito dificil encontrar consenso num fórum onde participam 193 países, como também querer discutir um novo modelo de desenvolvimento num mundo em crise. Deu no que deu, as opiniões entre diplomatas e ambientalistas não convergiram. Longe do Rio, em Los Cabos, no México, líderes do G 20 debatiam a crise européia. Dois eventos tão distantes mas ao mesmo tempo tão próximos. Na Europa, pelo menos para mim, o problema maior é o desemprego. As medidas adotadas foram equivocadas e o arrocho fiscal só contribuiu para agravar a crise. Ontem parece que a ficha caiu, já falam em estímulo ao crescimento. Se, por obra do destino, os dois eventos se juntassem estaríamos mais perto do que fazer para um mundo melhor. A sustentabilidade como condição de desenvolvimento é fonte geradora de emprego e renda em larga escala. No meu entendimento, a comunidade internacional perdeu uma ótima oportunidade de anunciar na RIO + 20 uma mudança de paradigma: uma agenda global para criação dos empregos verdes, motivada pelo compromisso com a sustentabilidade.