A lei 12305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece como prazo para que os municípios realizem seus respectivos planos de gerenciamento do lixo, o mês de agosto desse ano. Por coincidência, em plena campanha eleitoral para prefeitos e vereadores. É, portanto, um bom momento para se saber o que vão dizer sobre o LIXO. Confesso, que tenho lá minhas dúvidas se irão dar a devida atenção a nova legislação. LIXO, não dá voto.
Para Carlos Silva, diretor executivo da Abrelpe (Assoc. Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), "o sistema de destinação de resíduos é um sistema complexo, com ações integradas e encadeadas. Não há solução única e nem medida isolada para lidar com os resíduos. Faz-se necessário um efetivo planejamento nesse sentido, através do qual deverão ser avaliadas as características dos resíduos sólidos, para então se definir a conjunção adequada e mais indicada para a situação local, que deve pautar-se pela melhor tecnologia disponível com custo acessível para a população atendida."
Em outras palavras, só gente comprometida com o LIXO poderá encontrar soluções racionais para um dos maiores problemas ambientais desse século. Poucas são as prefeituras (e prefeituráveis) envolvidas com o planejamento e gerenciamento do LIXO em suas cidades. Muito embora saibam que a lei 12305/2010 atribui a elas a responsabilidade do município sobre o LIXO produzido, empurram o problema com a barriga.
Só há uma maneira de resolver essa situação, que é cultural, técnica e ambiental: dar valor ao LIXO!Investir no LIXO, fazer dele uma oportunidade de negócio. Dar a ele um destino energético, transformando resíduos em energia. Planejar os novos aterros, com técnica apurada, aproveitando melhor o lixo tratado. Projetos dessa natureza necessitam de apoio e incentivo estatal. Que se forneçam essas condições, para que se viabilizem os investimentos que serão feitos. O desafio está colocado: LIXO não é problema é oportunidade. Que os novos prefeitos assumam essa bandeira.
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