quarta-feira, outubro 17, 2012

quando apertam demais ......a corda arrebenta

Os nossos jornais de hoje destacam as dificuldades do governo português na aprovação da peça orçamentária/2013. Já vinha comentando sobre os sinais da rua nem um pouco favoráveis aos cortes previstos pela Troika. A indignação social não para de crescer e já há quem defenda, dentro do próprio governo, a necessidade de se suavizar as medidas. O próprio presidente Cavaco Silva, aproveitando uma declaração de Christine Lagarde, a poderosa diretora-geral do FMI, mandou seu recado ao Primeiro-Ministro: não se pode cumprir os objetivos impostos "a todo o custo".

A classe média, funcionários públicos, pensionistas, doentes e desempregados são os grandes atingidos pela proposta orçamentária do governo. Quem ganha de 40 mil a 80 mil euros por ano, a classe média de Portugal, vai ser taxada em 45% nos rendimentos tributáveis. Funcionários públicos perderão o direito ao subsídio de férias e os pensionistas uma redução de 10%, para pensões acima de 3750 euros. O subsídio ao desemprego e o auxílio doença, limitados a 1048 euros, terão também um corte de 5%.

O sociólogo, Alberto Gonçalves resumiu a crise, assim:  "uma classe política sem vergonha e um país sem esperança". (Diário de Notícias, 14/10)

PS- A troika é formada por três elementos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É a troika que irá avaliar as contas reais de Portugal para definir as necessidades de financiamento do país.

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