quinta-feira, janeiro 10, 2013

Dilma e os riscos do setor

A leitura sobre a decisão da presidenta Dilma de antecipar sua volta para Brasília, é uma só: tomar a frente  os encaminhamentos sobre o setor elétrico. Quem a conhece sabe que jamais ficaria distante de um problema dessa natureza. Alguns especialistas aproveitam para associar a situação atual com o apagão de 2001. Me permito a discordar. Em 2001, o governo não tinha planejamento, investimento e compromisso com o setor. A crise, em parte, até serviu para justificar e acelerar o processo de privatização em curso.  Dilma, ao contrário dos responsáveis pelo setor na época, sempre teve uma relação de atenção com o setor elétrico brasileiro. Embora tenha nomeado pessoas capacitadas e de sua absoluta confiança na Eletrobrás, na Aneel, na EPE e no próprio Ministério das Minas e Energia, a presidenta sinaliza que está junto na busca de alternativas que afastem os riscos de um eventual desabastecimento. Numa matriz de base hídrica como a nossa, a água é o principal combustível. Se não chover nos locais das barragens, há pouco a fazer. No curto prazo, só nos resta acionar as térmicas disponíveis. O Operador Nacional do Sistema - ONS, responsável pelo despacho das usinas, sempre que pode procura evitar a geração térmica por poluir e custar mais.



PS-  em resumo: com os reservatórios baixos, só nos resta acionar as usinas térmicas. O custo da geração térmica é alto e vai ser repassado. Depois de analisar o resultado da reunião de ontem volto a comentar o assunto.



Nenhum comentário: