Entre tapas e beijos a MP dos Portos vai entrar para a
história pelas discussões, por intere$$e$, bocejos e cochilos. Contra o tempo e ameaçado dentro de sua
própria base de apoio o governo mostrou sua fragilidade política. Por muito
pouco não sucumbiu às articulações do líder do seu principal aliado, o deputado
Eduardo Cunha do PMDB/RJ. Outro que deu um susto foi Luiz Sérgio (PT/RJ),
ex-ministro de Relações Institucionais do governo Dilma. Por “coincidência” uma
de suas emendas era exatamente igual a do senador Álvaro Dias (PSDB/PR), um
dos principais oposicionistas ao governo.
A tumultuada sessão foi a mais longa da história da Câmara –
foram 23 horas. Muitos deputados tomados pelo cansaço – dormiram! Como votaram,
nunca vamos saber. As notícias que agora circulam é que o governo cedeu em
alguns pontos com receio de ver a medida provisória perder a validade. Até acho
que isso aconteceu. Entregaram os anéis para salvar os dedos. Como o final não
saiu bem como o governo esperava, acredito que algumas emendas serão vetadas
pela presidenta Dilma. Como o prazo para apresentar os vetos é de cinco dias, e
as feridas ainda estão abertas, o recado
já foi dado: quanto menos veto melhor.
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