domingo, novembro 29, 2015

Pragmatismo Político (por Frei Beto)

Num país que acaba de implantar o trigésimo quinto partido, falar em pragmatismo político parece piada. Boa parte dessa criatividade e diversidade política, não olha para o futuro - só pensa em si e nos  milhões do Fundo Partidário. Ideologia, boa parte deles, nem sabem o que é. Não sei se foi essa geleia que virou nosso quadro partidário que levou Frei Beto a escrever - o esquerdista fanático e o direitista visceral: dois perfeitos idiotas - ou trata-se apenas de uma mera coincidência.

Intelectual articulado e respeitado por todos, Frei Beto vem se consolidando como uma das boas cabeças pensantes que dispomos. Para reflexão, num final de domingo que encerra uma semana tensa, registro alguns trechos do seu texto:

- "nada mais parecido a um esquerdista fanático, desses que descobrem a nefasta presença do pensamento neoliberal até em mulheres que o repudiam, do que direitista visceral, que identifica a presença comunista inclusive no Chapeuzinho Vermelho".

- "os dois padecem da síndrome do pânico conspiratório. O direitista aquinhoado , por uma conjuntura que lhe é favorável, envaidece-se com a claque endinheirada que o adula. O esquerdista, cercado de adversários por todos os lados, julga que a história resulta de sua vontade." 

E assim segue Frei Beto e suas reflexões, sobre o vazio ideológico que estamos submetidos. E, conclui:

"Embora mineiro, não fico em cima do muro. Sou de esquerda, mas não esquerdista. Quero todos com acesso a pão, paz e prazer. Sei que os direitistas queiram reservar tais direitos a uma minoria, e sei que os esquerdistas queiram impedir os direitistas de acesso a todos os direitos - inclusive o de expressar suas delirantes fobias."

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