quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Os avanços da ciência diante da fragilidade da política.

Laurez Cerqueira, é baiano. Trabalhamos juntos em Brasília. Escrever sempre foi sua paixão. Prestes a se aposentar, mantem seu blog e se prepara para escrever seu próximo livro. Seu ultimo comentário no blog aborda os avanços das pesquisas com células-tronco no Brasil e em outros países. A medicina está cada vez mais perto de regenerar corpos inteiros. Para cientistas e pesquisadores um espaço sem limites para o conhecimento. No final do comentário, Laurez registra sua oportuna preocupação: 

As comissões de Bioética acompanham o desenvolvimento das pesquisa em vários países, debatem e procuram estabelecer critérios e padrões éticos de utilização dos resultados das pesquisas científicas na medicina.
Mas não dispõem de recurso e força política suficientes para influenciar governos e muito menos organismos internacionais como a ONU para dialogar com os setores fundamentalistas religiosos e tentar deter a utilização indiscriminada do resultado das pesquisas por empresas privadas.
Esse talvez seja o maior desafio da sociedade no momento, que quer usufruir dos benefícios das pesquisas científicas.
Pelo andar da carruagem, com a possibilidade de regenerar todos os tecidos, e, por conseguinte, o corpo humano inteiro, teremos que debater, em breve, o direito ou não de permanecermos vivos ou de interrompermos a vida quando quisermos e de forma assistida.
Por incrível que pareça, tudo isso acontece sem que problemas como o da pobreza extrema, da desigualdade, a consolidação e afirmação dos direito humanos tenham sido resolvidos, sem que o atraso cultivado por certas religiões, as guerras, a sanha capitalista e outras misérias humanas tenham sido reconhecidas e superadas.
O fato é que os passos da ciência têm sido muito mais avançados do que os da cidadania e da política.

PS- se você quiser acessar o artigo completo, entre no google c/ Laurez Cerqueira. O título é Entre replicantes e fundamentalistas.

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