segunda-feira, maio 23, 2016

Temer: nada como um dia depois do outro.

Penso que a semana que passou deve ter abalado o senhor Temer. Afinal, sem mulher, sem negro e sem cultura, seu governo queimou rapidamente a pouquíssima simpatia que tinha. Os erros começaram antes da posse, na distribuição dos ministérios. E não pararam mais. Como procuro registrar no blog um comentário politico por semana, seleciono sempre o que mais me tocou. Na semana passada,  RAFAEL MARTINI escreveu - Só por Deus mesmo. (DC 21 e 22 de maio)

Começa o artigo lembrando a famosa frase de Cunha, durante seu voto no processo de impeachment "que Deus tenha misericórdia desta nação".

Depois Martini manda um sutil recado para a parcela da sociedade que gostava de bater panela: "se o fim da corrupção foi a grande bandeira daqueles que vestiram a camiseta da Seleção Brasileira e foram às ruas pedir pela saída de Dilma, os primeiros atos do governo interino beiram o constrangimento".

Em seguida, para relembrar os desavisados cita alguns ministros de Temer: "dos 23 novos ministros, sete (Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Henrique Alves, Mendonça Filho, Raul Jungmann, Bruno Bueno e Ricardo Barros) são citados na Lava-Jato".

Quando o susto provocado pela lista do Executivo ainda causava perplexidade, chega a hora do Legislativo. Novamente Martini bota o dedo na ferida: "o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, maior partido da Casa e do presidente interino, Baleia Rossi, é acusado de favorecimento pela máfia da merenda escolar que atuava nas prefeituras no interior de São Paulo".

E Martini também relembra a escolha do novo líder do governo na Câmara, André Moura, cuja trajetória é, no mínimo, constrangedora:  "André Moura, do PSC-SE, é hors-concours. Deputado do baixo clero, membro de um partido nanico (PSC tem nove deputados), ele aparece em oito investigações no Supremo Tribunal Federal. Em três já é réu, acusado de desvio de dinheiro público...".

Martini encerra seu artigo alertando à nossa distraída sociedade de que o onipresente Eduardo Cunha, mesmo afastado da presidência da Câmara dos Deputados, continua dando as cartas graças a um grupo fieis de seguidores. Como o próprio Cunha diz, sem qualquer pudor, "que Deus tenha misericórdia desta nação". E de nós também...

PS.:  Hoje, foram as gravações vazadas de Jucá que deixaram Temer e seus pares em rumo......nada como um dia depois do outro.

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