O titulo acima - Utopia às avessas - pode ser aplicado em inúmeras situações. Silas Martí(FSP 1/5), por exemplo, utilizou para escrever sobre Detroit - a antiga capital mundial do automóvel. A cidade que conheci na década de 70, cortada por pontes, cheia de glamour, virou um fantasma - não tem nada e precisa de tudo. Casas em ruinas e bairros abandonados, o lugar lembra um filme de terror. Sair a noite, nem pensar.
Em poucas décadas, nos EUA, a nação mais rica, um símbolo da sua principal indústria - agoniza!
O que leva uma cidade a perder seu rumo, sua identidade sua energia?
Pelo que li, a resposta para Detroit ter se tornado uma pobre e triste cidade passa por um longo processo de desatenção de seus governantes: inicialmente com o esvaziamento da indústria automobilística, depois um tecido urbano esgarçado e esvaziado demais, acabaram criando um cenário propenso à desolação e ao abandono.
Por tanto, fica o alerta: as cidades quase sempre emitem sinais de esgotamento. No entanto, seus gestores (também) quase sempre não dão bola para isso.
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