quinta-feira, setembro 14, 2017

América sem Carbono, um caminho sem volta

A ideia da América sem Carbono nasceu em 2015, durante meu pósgrado na Universidade de Belgrano, na Argentina. Sempre que apresento a ideia, no primeiro momento há uma desconfiança. Depois argumentando com números e estudos que vem sendo feitos, tudo fica mais fácil. No fundo estão todos tão acostumados com o petróleo que não percebem que ele é finito. E que  na América Latina, na próxima década, poucos países vão ter o que usar para se mover.(*)

A Argentina, por exemplo, no passado tinha uma situação confortável em relação ao petróleo. Praticamente produzia o que consumia.  A revista Energia e Negócios da semana passada, apresenta dados e gráficos que mostram investimentos e produção em queda. As empresas do setor que investiram 7,3 bilhões de dólares em 2016, nesse ano vão investir 11% menos. A produção de petróleo acumulada segue também em queda. A previsão é de menos 10%. Um outro indicador relacionado a produção é o de número de poços perfurados. Em 2016 foi o pior ano, o número de poços ficou 30% abaixo da média histórica de perfurações.

O resumo que ora faço vem a confirmar minhas convicções: América sem Carbono, um caminho sem volta. Quanto antes entendermos essa mudança de modelo de desenvolvimento - melhor!

(*) Me arrisco a dizer que a Venezuela, pelas reservas que tem, e o Brasil, pelos resultados obtidos no pré sal, podem ter um pouco mais de tempo para organizar a travessia. Mas quanto antes começarem melhor.

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