A pesquisa Ibope encomendada pela CNI, de ontem, confirma o que todos estão sentindo: Temer é a crise. Sem legitimidade, sua permanência no cargo está nas mãos do que há de pior na politica. Para se manter no cargo, Temer negocia cargos e emendas. A rejeição a Temer, só cresce. Os índices levantados pelo IBOPE apontam que apenas 3% aprovam o atual governo. A pesquisa mostra também que só 6% confiam no governo. Diante desses índices de desconfiança e de rejeição, mais uma vez indago: o que fazer?
O esperado em situações semelhantes, sempre vem da politica. Afinal, a crise é política. Nasceu com o impeachment de Dilma e com a recusa de "aceitação do resultado", por parte de Aécio Neves. Só que o país está doente e as instituições também. E isso dificulta tudo. Sem instituições e partidos fortes, como esperar resposta para a crise?
Se por um lado os resultados da pesquisa não são nada animadores, dando a verdadeira dimensão do fosso que separa o governo da sociedade, também é fato que o tempo da enganação se encurtou. Até pode faltar consciência e vontade de engajamento na sociedade diante da desconfiança e da falta de grandes lideranças nacionais. Só que para o povo exigir mudanças - tem que ter mobilização. Ninguém acredita que a resposta venha do Congresso. O Poder Legislativo se apequenou em razão da proliferação dos partidos e da pobreza dos debates. Ressalvada as exceções de sempre, a maioria dos deputados e senadores está de olho em 2018. A prioridade deles é a reeleição. A saída, se um dia vier: virá das ruas!
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