O resultado de Porto Alegre, em nada surpreendeu. Quem acompanha minimamente o que está em jogo, já sabia que não iam deixar o Moro na mão. Quem não se lembra do pronunciamento do presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desembargador Thompson Flores, "Não li o processo, mas a sentença é irretocável". Lula sempre foi o alvo, como as provas não apareciam faltava um delator confiável. Leo Pinheiro, que se dizia amigo de Lula, foi preso pela primeira vez em 2014. O ex-presidente da OAS foi posto em liberdade em 2015, por decisão do STF. Logo depois de libertado, Leo Pinheiro volta a ser preso e ainda tem sua pena aumentada em 10 anos. Por coincidência, ou não, só então o delator começa falar o que querem ouvir. (*)
Ao contrário do que muitos vão falar e escrever sobre o "day after de Lula", o único que sai fortalecido desse desfecho de quarta-feira é o próprio Lula. Não fraquejou em nenhum momento, a seu favor mobilizou centenas de milhares de pessoas que foram as ruas protestar. Ampliou seu apoio em relação ao próximo pleito. Expôs as contradições e as artimanhas pouco republicanas de seus algozes. É por isso Lula: que amanhã é um novo dia.
(*) Segundo Tereza Cruvinel, em abril de 2017, Leo Pinheiro condenado a 27 anos de prisão, finalmente se rende a Moro e atende a Lava Jato. Aí começa o calvário de Lula, condenado por obra e graça de um delator.
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