Antes de embarcar para Chapecó, onde me aguarda uma agenda bem corrida, por acaso encontrei numa única página de jornal - um retrato fiel de um país sem rumo. E por coincidência, todas as notícias e opiniões publicadas coincidem com o que sinto nas ruas. (FSP 10/3)
- "Quanta abnegação e espírito público. Naquele que é provavelmente o pior momento da história recente do Rio - caos econômico e administrativo, profunda crise moral, soberania reduzida enquanto durar a intervenção militar -, a lista de candidatos ao governo do estado não para de crescer".(*)
- "A judicialização da política veio para ficar, dando, por extensão, muito maior relevância à mídia. O partido da justiça e os meios de comunicação tomaram uma parte do poder". (**)
- "Acusações, inquéritos, sentenças e recursos tornaram-se tão centrais quanto propostas macroeconômicas. Resta saber se, em meio a coletes blindados, denúncias e togas, a soberania popular conseguirá sobreviver". (***)
- "O ex- ministro Delfim Netto, teria recebido do consórcio Norte Energia R$ 150 milhões, por seus serviços para a usina de Belo Monte. A defesa de Delfim diz que ao valores recebidos são referentes a honorários de consultoria prestada e que ele não cometeu nenhum ato ilícito". (****)
(*) Depois de tudo que fizeram com o Rio, ainda querem mais. O Rio não merece tanta cara de pau.. Que o eleitor carioca afaste, definitivamente, os abutres da vida pública.
(**) Você já se deu conta, que agora quem pauta o noticiário é o Poder Judiciário. E que ministros do Supremo viraram celebridades.
(***) A soberania popular é a base da democracia. Sem Lula, a legitimidade da eleição que se avizinham vai ser questionada. Aqui dentro e lá fora. Os anos se passaram e as provas não apareceram. Por enquanto está tudo amarrado a um delator, Leo Pinheiro. Que aliás, em 2016 já tinha inocentado Lula. Ao que consta, depois o delator optou por colaborar visando uma redução da pena.
(****) Delfim Netto circula pelo poder há mais de 50 anos. Tornou-se famoso por pregar "o aumento do monte", para só então distribuir. O monte até que cresceu, mas a partilha só chegou nos de sempre. Agora, Delfim está envolvido com um outro monte, Belo Monte. Que ironia.
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