A indagação "para onde vamos" deve estar na
cabeça de muita gente: cientistas políticos, colunistas, jornalistas, advogados
de renome, políticos de todas as colorações, juízes e procuradores, religiosos
e videntes, militares da reserva e da ativa, empresários e trabalhadores,
alunos e professores, artistas,
militantes sociais e blogueiros de todo o tipo.
O tamanho da lista, que não
deve estar completa, me surpreendeu. O tema "para onde nós
vamos", no atual quadro político, é complexo. Requer muito conhecimento e
ainda assim o risco de errar é muito grande. Às vésperas de uma eleição com a
sociedade dividida como nunca, poucos apostam num final feliz. Como gostei muito do título, que se aplica em
quase tudo que nos atormenta, resolvi aproveitá-lo em algo que conheço melhor:
"para onde vamos se acabar o petróleo?"
Uma certeza todos temos, o petróleo é finito. E uma
incerteza, também: ninguém sabe quando irá acabar. Como consequência, uma
pergunta se faz necessária: para onde
vamos quando acabar?
O Brasil é o sétimo país no consumo de petróleo no mundo.
Pela ordem: EUA (20,4%), China (12,6%), Índia (4,3%), Japão (4,3%), Rússia
(3,7%), Arábia Saudita (3,5%) e Brasil (3,2%).
Pelo que se sabe carros convencionais, movidos a gasolina,
estão com seus dias contados. Em alguns países essas mudanças já estão em curso
(*). Em 2016, 750 mil veículos elétricos foram vendidos no mundo. A China
lidera o ranking. Recentemente, a Alemanha, anunciou o fim do diesel nos carros pela agressão que causam.
Na Europa a presença do diesel é muito forte: gasolina 49,4%, diesel 44,8% híbridos e elétricos 6,3%.
A grande motivação pelo carro elétrico passa pela questão da
sustentabilidade e pelo aquecimento
global. A eletrificação da mobilidade, que zera a emissão de poluentes, é o
grande desafio das próximas décadas. Para Gleide Souza, diretora de assuntos
governamentais do BMW Group Brasil, a transição para veículos eletrificados tem
que vir acompanhada de uma forte redução de tributos. Só vai se ganhar escala
com isenção de impostos.
O número de carros híbridos e elétricos circulando no Brasil
representa apenas 0,2% da nossa frota. Traçando um paralelo com a energia solar
fotovoltaica, a história se repete. Só vamos ter carros elétricos circulando
nas nossas ruas, quando houver preço e ganharmos escala. Aliás, carro elétrico e energia solar têm
tudo a ver. E é para lá que nos vamos.
(*) Quem acessou o blog de manhã cedo deve ter percebido um
problema de concordância. Peço desculpas pelo erro.
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