O recado veio do nosso mais novo estado, o Tocantins. Domingo, dia 24, quando foi anunciado o resultado da nova eleição para governador, a ficha caiu: 62% dos eleitores não quis votar em nenhum dos candidatos. O resultado embora vexatório, comprova o que já era previsível. O humor do eleitor está em baixa.
Afinal, razões não faltam. Partidos nascem num estalar de dedos, já temos mais de trinta. Um fundo partidário que não para de crescer e que a sociedade não aceita. Coligações partidárias obscuras, sendo muitas inexplicáveis. Políticos pouco confiáveis e uma renovação lenta. Uma eleição geral que se aproxima, sob suspeita e carregada de incertezas.
Se esse é o retrato do Brasil - o que nos espera não é muito animador. Achar que as velhas raposas da política, que costumam controlar a máquina e o fundo partidário, irão mudar sua maneira de agir e de se manter no poder é muita ingenuidade.
A renovação esperada só virá com muito esforço e no longo prazo. Nossa cultura politica é pela preservação dos quadros. Os instrumentos e recursos disponíveis aos que tem mandato, por si só já tornam a eleição desigual. Mudar as regras eleitorais, só através de uma reforma politica. E uma reforma politica só através do Congresso. E lá quem vota - obviamente - tem os seus interesses.
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