quinta-feira, junho 21, 2018

O silêncio nas ruas

O Campus da UFSC é uma região de grande concentração de carros. Em determinados horários, um verdadeiro caos. As obras inacabadas no seu entorno contribuem para isso. Não acontece nada para amenizar o problema. Os anos passam e o estresse só aumenta. Que contra senso, um centro de inteligência refém da falta de visão de gestores públicos. Para quem anda por ali, até a beleza do lugar  passa despercebida diante dos engarrafamentos desumanos. Na foto abaixo, a Praça Santos Dumont, entrada do Campus, com suas árvores encobrindo a igreja e o antigo teatro da UFSC.


Outro dia li de um cientista politico seu inconformismo de não ter ouvido dos postulantes à presidência da República, uma proposta de governo. Não ouviu e nem vai ouvir. O que move a politica hoje, não é o bom debate. Muito menos as boas intenções. São as coligações espúrias, de olho no tempo de TV. Na telinha vamos ouvir as promessas de sempre: "tudo passa pela educação.....no nosso governo não vamos construir cadeias, mas escolas". Tudo blá, blá, blá. Acabam não construindo nem uma coisa nem outra.

 Na semana passada o governo Temer anunciou remanejamento de recursos da educação e da saúde para subsidiar o diesel. Uma verdadeira aberração. Se subsidiar o diesel já é uma contradição para quem assinou o Acordo de Paris, imaginem então com recursos da educação. Até rimou, mas não pegou. Nas ruas, nenhum protesto. Só o silêncio. Aliás, um inexplicável silêncio...

Uma sociedade calada é um mal exemplo. Uma sociedade desinformada também. Ou exercemos na plenitude a cidadania, com seus ônus e bônus, ou afundamos. Ao contrário do que muitos pensam, a história mostra que as grandes transformações se deram nas cidades. Na urbi como diziam os romanos. No lugar que onde se vive.

Talvez por isso é que não me conformo com o que vejo na UFSC. Como também não entendo o silêncio dos responsáveis. Muitas vezes iniciativas  criativas ajudam o trânsito fluir, mas nem nisso pensam. Poderiam consultar especialistas na área e testar novas ideias: estudar ruas  de mão única, que sabidamente dão mais fluidez ao trânsito; avaliar a travessia em diagonal; as ciclovias bem pensadas; o corredor exclusivo para ônibus; e semáforos inteligentes. Alternativas que podem e devem ser testadas nas nossas caóticas cidades.

Quem sabe "amanhã há se ser um novo dia". Para nós e para o Tite.

Atualizando: E o Brasil? Que sufoco! O susto foi  grande.     

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