quarta-feira, julho 04, 2018

Brasil e Suécia: distintos no futebol e na política

Brasil e Suécia seguem na Copa. Dois times distintos, que só se enfrentarão se for na final. A única vez que isso aconteceu foi na própria Suécia, em 1958. Boas lembranças, nasce o craque Pelé e junto festejamos nosso primeiro título.

Não conheço a situação do futebol na Suécia. Não tenho ideia de quantos times e quantos  jogadores fazem parte da liga de lá. Acredito que não são muitos, bem menos do que temos por aqui. Pelo jeito sueco de ser, a paixão pelo clube e pelo  futebol também deve ser mais contida.

A razão desse comentário, que me levou juntar política com futebol, tem a ver com a Copa e com o momento político que atravessamos. A necessidade de evoluirmos como sociedade é urgente. Só através dela vamos entender melhor a paixão pelo futebol  e a falta que nos faz uma reforma  política pra valer.

Sem ter a pretensão de conhecer a Suécia, do pouco que sei é que se trata de uma das sociedades mais evoluídas que temos. Segundo Oded Grajew, "o sucesso do país se deve a consensos na vida pública".  Que diferença entre nós. Se no futebol temos alguma coisa para ensinar, na política temos muitas lições à aprender com eles. De pronto, o que me ocorre é como construir consensos numa sociedade dividida como a nossa. Uma tarefa tão difícil quanto aprovar a necessária reforma política no Congresso. Sendo assim, me desculpem os suecos: para nós é mais fácil ganhar a Copa.(*)

(*) Oded Grajew, idealizador do Fórum Social Mundial, presidente emérito do Instituto Ethos; conselheiro da Rede Nossa São Paulo.

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