quarta-feira, julho 11, 2018

O prende e solta de Lula, que vergonha

"O Brasil não é um país sério", a frase atribuída ao presidente da França, Charles De Gaulle, é de 1962. A declaração até hoje tem sua veracidade questionada. A motivação, segundo relatos da época, se deu em razão de um desentendimento internacional relacionado a proibição da pesca da lagosta no litoral do nordeste.

Naquele ano, no Chile, o Brasil conquistava o bicampeonato. Na sequência, outros títulos vieram e o nosso futebol passou a ser respeitado em todo o mundo. De Gaulle se foi e com o tempo o respeito que havia em relação a nossa Seleção também. Como consequência, o Brasil voltou para casa e a França festeja sua ida para a final na Copa da Rússia. Aliás, merecida.

Não sei porque escrevo sobre o passado distante de De Gaulle. Não faz sentido, nunca li nada sobre seu gosto pelo futebol e nem por lagostas. Talvez tenha sido por pura curiosidade sobre o que diria  de Gaulle de nós, diante das recentes trapalhadas do Poder Judiciário. Embora o prende e solta do Lula nada tenha a ver com a Guerra da Lagosta, que também prendia e soltava lagostas, o recente episódio teve uma repercussão muita negativa. Uma vergonha a mais na conta da nossa jovem democracia.

Por isso registro o que foi publicado sobre a ministra Carmem Lúcia, a presidente do Supremo:

"A presidente do STF não conseguiu liderar o tribunal e apontar o rumo certo quando o Judiciário caminhava para um abismo. Ao buscar um distanciamento do episódio do último domingo (8) e interditar um julgamento considerado crucial, Cármen não desempenhou o papel de juíza neutra, mas de árbitra ausente." (Bruno Boghossian, FSP 10/7)

Nenhum comentário: