Na última sexta-feira, mesmo dia que a diretoria da Nissan esteve em Florianópolis para conhecer o ônibus elétrico desenvolvido pela UFSC, forças contrárias a geração distribuída se movimentavam tentando impedir o avanço da energia solar fotovoltaica.(*)
Enquanto o presidente da Nissan do Brasil, Marco Silva, assinava um Termo de Cooperação com a UFSC para a pesquisa do reaproveitamento das baterias dos veículos elétricos para uso nas casas, aqueles que se negam a enxergar o futuro se mobilizavam para travar o processo de solarizar o país. (Marco Silva aparece à direita na foto; o pró-reitor de pesquisa da UFSC, Sebastião Soares, à esquerda).
Afinal, qual a polêmica levantada em relação a produção de energia solar descentralizada? Fui atrás para saber. Nenhuma novidade, o ranço de sempre. Com o crescimento acelerado da chamada geração distribuída, aquela que você gera a própria energia que consome, as distribuidoras através da Abradee (associação que as representam) alegam que o preço da energia solar se tornou competitivo e que portanto não caberia mais ele ser subsidiado.
Uma abordagem um tanto quanto fora da nossa realidade. Diferentemente do que ocorreu em outros países, a Aneel nunca compartilhou a ideia de subsidiar fontes alternativas de energia. Portanto, de forma muito resumida, o que está ocorrendo é o que repetidas vezes comentei aqui no blog. A energia solar se tornou competitiva por duas razões: ganhou escala e com isso o preço caiu (**); e por outro lado a energia elétrica está cada dia mais cara em razão dos impostos que são cobrados e da politica tarifária. Por esses dois motivos, é se que torna cada vez mais interessante para o consumidor produzir a própria energia que consome. Simples assim. E a Abradee sabe disso melhor do que eu!
(*) A chegada dos veículos elétricos é uma realidade. E a principal fonte para abastecê-los será a energia solar.
(**) A geração distribuída tem a cara da energia solar. E os números comprovam isso. De todas as fontes de energia, a solar fotovoltaica representa 77% do total instalado. Em dezembro de 2015, ano da Resolução 482 da Aneel, havia 1823 unidades geradoras instaladas. Em dezembro de 2017, eram 21.394. A projeção para o final desse ano é de 33.290 unidades geradoras instaladas. Como se pode ver, um crescimento acelerado e contínuo.
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