Foto de Uanderson Fernandes / Agência O Globo
No domingo à noite, o Brasil perdeu boa parte da sua história. O incêndio que destruiu por completo o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, nos deixa dois sentimentos: dor e vergonha. A dor pela perda do nosso maior acervo cultural; a vergonha pelo fogo, aparentemente, ter sido obra do descaso dos nossos dirigentes.
No domingo à noite, o Brasil perdeu boa parte da sua história. O incêndio que destruiu por completo o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, nos deixa dois sentimentos: dor e vergonha. A dor pela perda do nosso maior acervo cultural; a vergonha pelo fogo, aparentemente, ter sido obra do descaso dos nossos dirigentes.
Com mais uma desgraça que chocou o mundo, vide Mariana, o Brasil se apequena ainda mais. As primeiras informações que chegam são bastante reveladoras sobre a causa do incêndio: o descaso com o patrimônio público e o desinteresse com a cultura. O Museu Nacional tinha 200 anos, era o mais antigo centro de ciência do país. Seu acervo tinha 20 milhões de peças catalogadas, que lhe dava a condição de ser o mais importante centro de história natural e antropologia da América Latina.
Seu incalculável patrimônio estava sob a guarda da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que, como as demais universidades, passa por frequentes e crescentes cortes orçamentários. A causa da tragédia, em breve, será identificada. Provavelmente alguma coisa relacionada à segurança ou à falta de manutenção do Museu.
Recuperar o que se perdeu, nem pensar. Mesmo assim, nossos postulantes a presidência já levaram suas promessas para o horário político que dispõem. Por favor, nos poupem dessa hipocrisia. Até porque, segundo o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, o último presidente em exercício que visitou o Museu foi Juscelino Kubitschek: no final da década de cinquenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário