No domingo, de volta para casa, perto de Torres, uma mega caminhonete corta a minha frente de forma intimidadora. No vidro um adesivo do Bolsonaro e pela janela aquele gesto educado com os dedos. Em tempos de sociedade dividida e nervos a flor da pele, todo o cuidado é pouco. O tempo do ocorrido passou mas a curiosidade ficou. Logo me veio a pergunta: por que tamanha agressividade? A única identificação que tenho no carro é o adesivo do WWF, uma parceria antiga do Instituto IDEAL em dois dos seus projetos: o Selo Solar e o projeto América do Sol.
Logo me ocorreu que o adesivo do "W", como é chamado, tenha sido o motivo. O seguidor de Bolsonaro, atento a tudo deve ter seguido a declaração pública do seu líder: jogo duro com as ONG's. Em outras palavras, descompromisso com as questões ambientais. Tanto assim que já anunciou a fusão do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura. Adivinhe para quem vai sobrar...
No meio dessas incertezas todas, o anúncio do Relatório da ONU na semana passada sobre o clima é assustador. O risco de uma grande crise no planeta já em 2040 é real. O relatório, divulgado dia 8, pelo IPCC, descreve o quadro futuro como de horror: inundações costeiras, secas e grandes incêndios, escassez de água e alimentos e a proliferação da pobreza.
Segundo os autores do estudo a previsão dos danos causados seria da ordem de US$ 54 trilhões.
Trump, que depois da China, preside o segundo país que mais emite gases de efeito estufa, zomba das conclusões cietíficas e já abandonou o Acordo de Paris. E no Brasil, sétimo maior emissão emissor de gases de efeito estufa, o líder nas pesquisas para presidente também disse ter planos para abandonar o acordo. Que belo exemplo. Além de não debater o Acordo já trata de descartá-lo.
PS - hoje pela madrugada, a igreja mais antiga de Nova Friburgo amanheceu pichada. Adivinhe com que: com seis símbolos do nazismo - a suástica. A igreja tem 150 anos. Pura coincidência...
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