A prisão, seja onde for, não é nada fácil. O confinamento em si, já é uma tortura. Sair de lá maior do entrou, é um desafio e tanto. Lula encarou de frente essa situação. Nos 580 dias que esteve preso, com determinação, lucidez e fé, buscou forças para superar o desconforto, a solidão e a injustiça. Até seus algozes e desafetos reconhecem que Lula saiu de Curitiba bem maior do que chegou.
Nessa semana estive no lançamento do livro do jornalista Mauro Lopes, que escreveu sobre o afloramento da espiritualidade do presidente, quando encarcerado na Polícia Federal de Curitiba. Na contracapa do livro, Mauro publica uma carta que recebeu de Lula ainda preso. É sobre ela o registro que ora faço. (*)
Nas últimas cinco década, nenhum brasileiro esteve tão presente na vida política da nação como Lula. Principal líder sindical durante a ditadura militar, deputado federal constituinte e presidente da República por dois mandatos. Com uma história de vida reconhecida internacionalmente, de repente se vê preso. Quinhentos e oitenta longos dias de preocupação, tensão e solidão. Um quadro pronto para uma processo depressivo profundo.
No entanto, no dia 8 de novembro, quando Lula saiu da sede da Polícia Federal em Curitiba, o que se viu foi um homem iluminado trazendo de volta a esperança que nos faltava. A mensagem que ele deixa no livro de Mauro Lopes, "Lula e a espiritualidade", vai nessa direção:
"Não sei dizer com exatidão quando a espiritualidade entrou na minha vida. O que posso dizer com toda a certeza é que desde muito cedo aprendi a amar o próximo. Serei eternamente grato ao povo brasileiro pela bênção de poder governar esse país e transformar em ações concretas a minha crença mais profunda: a de que a vida só tem sentido se cada um de nós fizer as coisas com amor, generosidade e senso de humanismo". Lula
(*) Mauro Lopes é jornalista, editor do blog 247 e fundador do canal e site Paz e Bem.
PS - O comentário acima dedico a alguém muito especial. Um fiel seguidor do blog "De olho no futuro", Ricardo Baratieri. A partir de hoje, além de médico e amigo - afilhado.
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