Por falar em economia, a nossa vai de mal a pior. Segundo José Luiz Setúbal, presidente da Fundação Jose Luiz Egydio Setúbal, com quem me relaciono na rede Lnkdln, "só os fanáticos não conseguem ou não querem ver o desastre". De uma tradicional família de banqueiros, é óbvio que suas manifestações tem outro peso. (*)
Em busca de outras fontes para dar sustentação ao comentário, cheguei ao The Economist e a sua manchete "o presidente Bolsonaro é nocivo à economia do Brasil". Quando um dos principais jornais do mundo, fundado em 1843, em Londres, destaca o nosso fracasso econômico, é sinal que algo de muito sério está se passando por aqui. A dureza da palavra escrita tem valor agregado. Em qualquer grande jornal ela é discutida pelo Conselho Editorial, antes de ser publicada. Nunca é uma expressão grosseira de um sem noção.
Para me sentir mais confortável, já que não sou economista, tenho por hábito colocar na análise que faço a energia como referência. Com todo o respeito a outros indicadores e opiniões, ela é vital para a humanidade. Para reforçar o que penso, a Aneel já projetou o reajuste da energia elétrica para 2022 em cerca de 20%. Como sempre, bem acima da inflação. E pior: incidindo sobre um preço praticado em 2021 absurdamente alto!(**)
Quem vai pagar essa conta somos nós e quem mais vai sentir, serão os mais pobres. Até aí nada de novo, é o que está se passando nos três anos desse desgoverno. Só que agora o capitão Jair está falando para um povo vacinado, carregado de tristeza, cansado de tantas mentiras e empobrecido diante de uma inflação crescente. A vida para milhões de brasileiros nunca foi tão sofrida como agora. Segundo estudiosos, se esse grupo de pessoas fosse um país dentro do Brasil, seria o terceiro país mais pobre do mundo.
(*) A fundação criada pela família Setúbal atua em iniciativas sociais dedicadas à melhoria da qualidade de vida na infância, na pesquisa e ensino do conhecimento. Temas relevantes, com os quais me identifico.
(**) Além da energia elétrica, olhem só o que mais subiu esse ano: a gasolina passou de R$4,00 para R$7,00; o diesel de R$3,7 para R$5,4; o etanol de R$3,2 para R$5,3 e o GNV de R$3,2 para R$4,3. Se compararmos com a Argentina, por exemplo, encher o tanque de um carro pequeno no Brasil representa 30% do salário mínimo, enquanto no país vizinho, 6%! Sem falar no gás de cozinha, cujo botijão já compromete 12% do salário mínimo. Dependendo do tamanho do tanque e do consumo de gás, metade do SM já se foi. O SM que no governo Lula era 400 dólares, com Bolsonaro vale 180. Isso se chama - empobrecimento!
PS - Enquanto passeava de moto nos Emirados Árabes, o capitão Jair deve ter observado os preços dos combustíveis. Diferenças à parte, lá a energia é tratada como política de estado e fator de desenvolvimento. Enquanto aqui, para um público de um cercadinho cada vez mais esvaziado, a desculpa é "a Petrobras é um problema". Cabe lembrar que o atual presidente da Petrobras é um general do Exército de sua inteira confiança e muito bem remunerado...
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