De 2018 para cá, tudo mudou. Com a eleição para presidente, prenderam LULA o candidato que liderava as pesquisas. Olhem que isso não ocorreu na Nicarágua - foi aqui! Agora Moro e Deltan reconhecem que erraram. Depois veio a crise da vacinação, a pior delas, com mais de 615 mil mortes. Tão grave quanto as mortes por covid 19, são as vítimas da miséria que também morrem, só que pela fome. O retrato de um país que já foi feliz. (*)
Muitas vezes quando sento para escrever sobre um tema, acabo modificando a ideia inicial. Em nada me incomoda, aqui sempre tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. O desafio é encontrar o assunto certo. Quando estava em Porto Alegre, talvez influenciado pela cobertura do julgamento da tragédia ocorrida na boate Kiss, pensei em comentar o ocorrido. Não me senti nem um pouco à vontade, desisti.
De volta à Ilha duas participações no mesmo dia sobre energia solar e o planejamento do Instituto IDEAL para o próximo ano, me trouxeram de volta para a crise hídrica. Uma expressão que se popularizou e serviu para encobrir uma crise de gestão do setor elétrico. Só que com o passar do tempo e a chegada da chuva ficam evidenciadas as fragilidades do governo. O preço da energia elétrica continua sendo um dos mais altos do mundo e novos reajustes estão sendo anunciados. O impacto em 2022 vai ser grande: no bolso do consumidor e no desenvolvimento do país. (**)
O jornal Valor, de 2/12, chama a atenção para a má gestão energética do atual governo. Na capa, "Importação de gás dos EUA bate recorde com a crise hídrica", salientando que a crise hídrica fez o Brasil comprar volumes recordes de gás dos EUA. O país passou de sétimo para o quarto maior comprador de gás natural liquefeito (GNL). De janeiro a setembro deste ano foram gastos mais de 10 bilhões de reais. A matéria afirma que parte se deve, "A redução do contrato com a Bolívia que diminuiu em um terço a oferta de gás boliviano, que por anos foi a principal fonte para a Petrobras cobrir as oscilações da demanda doméstica". Uma grave denúncia que precisa ser apurada. (***)
(*) O número de brasileiros abaixo da linha de pobreza formam o terceiro país mais pobre do mundo. E ele está aqui entre nós....
(**) A pergunto que faço é quem vai conseguir pagar a conta da energia elétrica. A Aneel já anunciou o reajuste previsto para 2022: cerca de 20%! Como sempre, bem acima da inflação....
(***) Para tornar ainda mais suspeita a gestão energética do Brasil, a matéria do Valor lembra que o preço do GNL americano é três vezes maior que o importado da Bolívia. E ninguém diz nada....
PS - De um amigo bem informado recebi a seguinte mensagem: não existe garimpo legal. As licenças de prospecção não autorizam a comercialização do ouro recolhido nos rios assoreados e contaminados pelo mercúrio na Amazônia. Por trás é pura bandidagem. Quanto ao meio ambiente que se dane! (meu próximo comentário)
Nenhum comentário:
Postar um comentário