Os desencontros do setor elétrico: a conta quem paga somos
nós.
As notícias da semana confirmam minhas preocupações em
relação ao setor elétrico. As consequências da falta de planejamento, visão do
setor e falta de compromisso com o bem comum, só vai agravar a situação. O que
orienta e determina o que deve ser feito são interesses obscuros. Os técnicos
do setor não são ouvidos e as negociatas correm soltas.
No primeiro ano do governo Bolsonaro até o Tratado de Itaipu
correu o risco de ser alterado para facilitar uma venda bilionária de energia
por fora. Logo depois veio a inexplicável venda do maior parque eólico do sul
do Brasil em Santa Vitória do Palmar, RS. Até hoje não se sabe o motivo da
venda. Tanto assim que a Eletrosul dona do complexo, anunciou recentemente a
construção de um novo parque eólico, próximo dali. Os números envolvidos
apontam para uma estranha situação: não trocaram seis por meia dúzia, trocaram
seis por um.
No final do ano passado mais uma “trapalhada bilionária”, o
governo não recebeu o prometido de energia elétrica da Usina Termoelétrica Uruguaiana, da Ambar,
empresa de energia do grupo J&F, o mesmo que é dono da JBS. A CCEE repassou
os valores considerados justos pelo poder público, R$19milhões, mas a Âmbar
conseguiu na Justiça o direito de receber R$ 740 milhões, a ser depositado até
09 de março.
Não vou me estender até porque vou atrás de mais informações sobre os três casos: o Tratado de Itaipu, os parques eólicos da Eletrosul e a cobrança na Justiça por uma energia que não foi entregue. Tudo consequência de descompromisso com o Brasil, e do visível favorecimento daqueles que só pensam em si. Essa prática que não é de hoje está nos três poderes. O maior desafio que temos nas eleições que se aproximam é valorizar o nosso voto.
PS - Bolsonaro, que esteve recentemente na Rússia, como ele mesmo gosta de dizer - não é obrigado a saber de tudo. Como foi uma viagem muito rápida, nem deve ter tido tempo para se inteirar da causa de um possível conflito entre russos e ucranianos. A energia que passa pela Ucrânia, atende boa parte da Europa. Quem tem energia disponível - cuida!
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