segunda-feira, junho 06, 2022

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE (5/6)

Em Floripa, o dia 5 de junho caiu num domingo frio e chuvoso. No entanto nada impediu que várias manifestações acontecessem para reforçar a importância da data. Um mundo acometido por uma pandemia e uma guerra sangrenta, não pode ser o mundo que se busca. O desafio que temos é da superação. Não podemos nos abater, ainda mais quando governos insanos fecham os olhos para a vida e permitem a devastação do meio ambiente. 

O Dia Mundial do Meio Ambiente nasceu há 50 anos, na Conferência de Estocolmo. Na capital sueca, a ONU reuniu representantes de mais de 120 países e do evento surgiu o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O Brasil fez parte das tratativas e faz parte do Pnuma. Infelizmente, o atual governo trata com um incompreensível descaso acordos e compromissos passados.

Sem qualquer preocupação com o legado ambiental do país para as futuras gerações, o vale tudo virou política de Estado. A impunidade proposital incentiva os desmatamentos, queimadas, ocupações irregulares e o garimpo ilegal; por isso resistimos. Sem violência e com argumentos, os movimentos ambientalistas se diversificam e ganham o reconhecimento e a simpatia da sociedade. 

Grandes empresas começam a se identificar com a causa e fazem dessa aproximação uma melhor imagem de seus negócios. O grupo YPÊ, por exemplo, atualmente é uma marca reconhecida mundialmente por sua prática sócio ambiental. Seus projetos de plantio de árvores e recuperação de rios fazem parte de iniciativas exitosas em curso no Brasil.

Numa rápida retrospectiva dessas cinco décadas, tivemos nosso ápice na Rio-92, que até hoje é lembrada como o mais importante encontro ambiental do planeta. Como tudo que é nosso carrega um pouco de ufanismo, cabe um desconto: o sucesso foi mais pela visibilidade que teve do que pelos resultados obtidos. Enfim, é a nossa realidade. Tanto assim que o próprio Código Florestal, que completou dez anos, vem sendo ameaçado e modificado por interesses escusos num grande retrocesso.

Agora o guarda-chuva de proteção global para as questões climáticas e ambientais, é o Acordo de Paris. Com ele se inicia o processo de discussão para um novo modelo de desenvolvimento. As metas são ambiciosas e os desafios gigantes. No curto prazo a  guerra na Ucrânia é a principal preocupação. Ao expor as fragilidades da Europa diante sua dependência energética da Rússia, todos estão sem saber o que vai acontecer. A única certeza que se tem é que a guerra só traz destruição e morte. (*)

(*) Ao que parece o desabastecimento de diesel no Brasil é uma realidade. Segundo o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, em ofício enviado a ANP, o estoque de diesel S10 é de 38 dias. E a falta de trigo também começa a ser sentida no mercado internacional.

   

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