Foto: Ricardo Stuckert / Presidência
Na segunda-feira, dia 6, uma publicação na rede Linkedln
sobre o Mercosul com 1910 visualizações num único dia, me levou a retomar o
assunto. O comentário é sobre como
perdemos espaço nas relações comerciais com os vizinhos no último governo. Para
quem já tinha exportado para os países do bloco 27 bilhões de dólares, a conta
dos desatinos de um governo que se fechou em si, nos fez cair para 12 bi de
dólares em 2020.
No mesmo dia no evento da posse do novo presidente de BNDES,
Aloysio Mercadante, o presidente Lula aproveitou o momento para criticar as
taxas de juros praticadas pelo Banco Central. A taxa de 13,75% veio do governo
anterior e assim como nossas perdas comerciais dentro do Mercosul nunca sofreu
ataques do chamado mercado. Quando se trata do Lula questionar o Banco Central
pela mais alta taxa de juros que já tivemos, a reação é imediata como se não fosse responsabilidade de um presidente acompanhar a política monetária.
Ao contrário de como alguns comentaristas trataram o
ocorrido, Lula foi preciso na sua intervenção. Relembrou sua época de
sindicalista, da boa relação que tinha com Antônio Ermírio de Moraes e sua
eterna luta contra os juros altos no Brasil. Outra liderança empresarial citada foi seu
vice por oito anos, José de Alencar. Falecido em 2011, durante os dois mandatos
cobrou publicamente as taxas de juros proibitivas praticadas no país. (*)
Os gráficos e os números utilizados, como a repercussão que
teve o artigo anterior, são públicos. As políticas econômicas e as relações
comerciais com o mundo são de responsabilidade do governo que assume. Portanto,
sem estresse, as cobranças sobre as taxas de juros precisam continuar. A maior
taxa que já tivemos, 13.75%, é do governo anterior. Ela dificulta o crescimento
e afeta a vida das pessoas. A nós só resta esperar que o esforço de traze-la para
um patamar aceitável seja alcançado.
(*) Antônio Ermírio de Moraes era um empresário diferenciado.
Bem diferente dos que estão na moda. Uma pessoa com histórias para contar.
Nos conhecemos nos anos 90 quando defendíamos em palestras e seminários a
Eletrobras pública. Três décadas se passaram e as ameaças continuam. Em 2014, com 86 anos, Antônio Ermínio nos deixou.
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