quinta-feira, fevereiro 09, 2023

O Brasil, o Mercosul e as taxas de juros

 

                                                                   



                                          Foto: Ricardo Stuckert / Presidência

Na segunda-feira, dia 6, uma publicação na rede Linkedln sobre o Mercosul com 1910 visualizações num único dia, me levou a retomar o assunto.  O comentário é sobre como perdemos espaço nas relações comerciais com os vizinhos no último governo. Para quem já tinha exportado para os países do bloco 27 bilhões de dólares, a conta dos desatinos de um governo que se fechou em si, nos fez cair para 12 bi de dólares em 2020.

No mesmo dia no evento da posse do novo presidente de BNDES, Aloysio Mercadante, o presidente Lula aproveitou o momento para criticar as taxas de juros praticadas pelo Banco Central. A taxa de 13,75% veio do governo anterior e assim como nossas perdas comerciais dentro do Mercosul nunca sofreu ataques do chamado mercado. Quando se trata do Lula questionar o Banco Central pela mais alta taxa de juros que já tivemos, a reação é imediata  como se não fosse responsabilidade de um presidente acompanhar a política monetária.

Ao contrário de como alguns comentaristas trataram o ocorrido, Lula foi preciso na sua intervenção. Relembrou sua época de sindicalista, da boa relação que tinha com Antônio Ermírio de Moraes e sua eterna luta contra os juros altos no Brasil.  Outra liderança empresarial citada foi seu vice por oito anos, José de Alencar. Falecido em 2011, durante os dois mandatos cobrou publicamente as taxas de juros proibitivas praticadas no país. (*)

Os gráficos e os números utilizados, como a repercussão que teve o artigo anterior, são públicos. As políticas econômicas e as relações comerciais com o mundo são de responsabilidade do governo que assume. Portanto, sem estresse, as cobranças sobre as taxas de juros precisam continuar. A maior taxa que já tivemos, 13.75%, é do governo anterior. Ela dificulta o crescimento e afeta a vida das pessoas. A nós só resta esperar que o esforço de traze-la para um patamar aceitável seja alcançado.

(*) Antônio Ermírio de Moraes era um empresário diferenciado. Bem diferente dos que estão na moda. Uma pessoa com histórias para contar. Nos conhecemos nos anos 90 quando defendíamos em palestras e seminários a Eletrobras pública. Três décadas se passaram e as ameaças continuam. Em 2014, com 86 anos, Antônio Ermínio nos deixou.

Nenhum comentário: