segunda-feira, maio 01, 2023

Dia Internacional do Trabalhador



                                                         Foto: Site do PT

A data e a celebração do Dia Internacional do Trabalhador remontam de 1886 após uma greve de trabalhadores em Chicago, que reivindicavam a redução da jornada diária de trabalho de 17 horas, para oito horas. Os enfrentamentos com a polícia resultaram em trabalhadores mortos, feridos e presos. Se as coisas mudaram nas relações de trabalho, muito se deve ao movimento sindical organizado.

No entanto a luta por direitos é perene. Sempre haverá brechas na legislação, má fé do empregador e fraqueza de lideranças sindicais. Nas últimas décadas, com as mudanças estruturais em curso nas últimas, os sindicatos perderam força e condições deploráveis de trabalho voltaram a ser notícia aqui e no mundo todo. 

Durante a ditadura militar no Brasil, Lula, um líder sindical do ABC, por sua firmeza e habilidade nas negociações se tornou uma referência no mundo. Quando percebeu que a luta pela desigualdade social ia além do movimento sindical, Lula junto com diferentes setores da sociedade criou o Partido dos Trabalhadores. Para dar visibilidade e voz ao partido o então líder sindical se elegeu deputado federal Constituinte. A estratégia deu certo, o PT cresceu e em poucos anos se tornou o maior partido político da América Latina.

Ao perceber as limitações de um deputado, ou senador, para mudar o que precisava ser mudado, Lula optou pelo caminho que poderia lhe dar essa condição: a presidência da República - pelo voto! Foram quatro tentativas sem nunca colocar sob suspeição o resultado das urnas. Nunca se lamentou e muito menos desistiu do seu objetivo. Com o tempo que tinha fortaleceu o partido, deu visibilidade a suas propostas e percorreu o mundo contando a sua extraordinária história de vida.

Em pouco tempo, Lula se tornou um líder mundial. O único presidente com três mandatos, num país democrático. Como todos sabem, só não foram quatro porque não deixaram. Esse breve relato sobre Lula, no Dia do Trabalhador, tem a ver com o visível preconceito de parte da sociedade em relação a ele. Sua importância global é inquestionável, só que tem alguns que não querem ver. Seguem os fatos que reforçam a narrativa. 

Os 100 primeiros dias do seu governo, já mostram seu protagonismo global. A agenda que Lula montou confirma isso. Num ritmo sem igual esteve na Argentina, no Uruguai, nos EUA, na China, em Portugal, na Espanha e na Arábia Saudita. Sem falar que na primeira semana recebeu em Brasília o primeiro Ministro da Alemanha, Olaf Scholz, e em junho está prevista a visita de Macron.

Ao contrário do outro, Lula se relaciona muito bem com o mundo lá fora. Como poucos sabe definir prioridades, sem se descuidar dos graves problemas internos. Esteve presente em todas tragédias causadas pelas fortes chuvas que caíram no país, sabendo da importância que é estar junto com os atingidos nesses momentos de sofrimento. Em relação aos atos de terrorismo do dia 8, quando vândalos destruíram os prédios símbolos dos poderes da República, numa ameaça à democracia, Lula prontamente decretou intervenção federal em Brasília trazendo a segurança que a sociedade esperava diante um dia de terror. 

Portanto, nesse Primeiro de Maio, em particular, é tempo de reflexão.  A passagem de Lula pela China foi marcante. Pela primeira vez o rigoroso protocolo chinês foi quebrado para recebê-lo ao som de Novos Tempos, de Ivan Lins. Em Portugal foi aplaudido de pé por onde passou. Na Espanha, seu o compromisso com a paz entre Rússia e Ucrânia foi Capa do principal jornal espanhol. Enfim, um breve resumo de um líder sindical brasileiro e sua exitosa caminhada. Suas falhas podem e devem ser comentadas, mas não por preconceito. Ódio e preconceito juntos levam qualquer país ao atraso.    


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