segunda-feira, abril 22, 2024

Domingo no parque

Parque da Luz - FLORIPA

Quis o destino que no meu mandato de vereador (1996/2000), encampasse um movimento que crescia na sociedade para que um antigo cemitério abandonado, se transformasse num parque: o Parque da Luz. O resultado de uma luta de anos, é hoje o principal espaço público urbano no centro da cidade. O nosso Central Park, guardadas as devidas proporções. 

Domingo, 21, estava lá, acompanhando o deputado @marquito.sc, num evento. Numa tarde linda e ensolarada, a luminosidade do parque foi como se fosse uma forma de gratidão. Embora o parque já faça parte da vida da cidade, mesmo assim é bom estar atento. Floripa está à venda e tudo acontece por lá. Pela manhã, na rede Linkedln, quando comentei nossa preocupação, a reação foi imediata. Em poucas horas centenas de visualizações demonstravam o interesse pelo tema. 

A preservação do Parque da Luz é obrigação do poder público, como de uma praça, de uma UPA, de uma escola ou de uma praia. A limpeza da cidade e um transporte público de qualidade, também. Na capital dos catarinenses, parece provocação, as prioridades são sempre outras.  O prefeito age como a cidade fosse dele, as demandas saem da sua cabeça, sem dar atenção a sociedade organizada com seus diversos e  legítimos interesses. 

Enquanto isso o atraso como forma de governar vai se estabelecendo. Por mais que se alerte, a percepção do errado não atinge igualmente à todos. O Parque da Luz é um exemplo vivo da importância de se sonhar juntos. A conscientização do direito a cidadania fica nas pessoas, não se perde no tempo. O que se precisa é falar sempre a verdade, não permitir que as notícias falsas dominem a informação de massa. Em Santa Catarina 21 prefeitos foram presos em menos de um ano. As pessoas não associam a bandidagem praticada com quem os apoiou e os colocou lá. No entanto, de sã consciência, nenhum catarinense concorda com o que fizeram - se sujaram no lixo que era para eles cuidarem. 

PS - O pior é que os desatinos vêm de cima. No mesmo domingo, pasmem: um capitão afastado do Exército por má conduta, que apoia publicamente a ditadura e seus torturadores, organiza um evento no Rio de Janeiro, em defesa da democracia. Uma loucura, mas tem gente que ainda cai.   


  

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